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Estava frio, e a claridade do quarto me incomodava bastante, tentei puxar minhas cobertas e virar de lado, mas algo no meu braço atrapalhou o movimento.

- Acho que ela está acordando – escutei Robe dizer.

Aos poucos me lembrei de onde eu estava e o por que, graças a Deus não sentia mais dor e aparentemente também não estava com náuseas, para falar a verdade eu estava com fome, muita fome. Abri os olhos e me deparei com um olhar amêndoa intenso, suspirei alto e sorri para ele antes de perceber o que estava fazendo.

- Está se sentindo melhor? – Doutor Eduardo me pergunta. – parece que andou abusando este fim de semana -  seu sorriso é tão brilhante que fico hipnotizada por ele, imaginando como seria beijar aquela boca.

- Ela abusou sim doutor – Robe fala, me tirando dos meus devaneios.

Ela estava em pé do outro lado da cama junto com a enfermeira que nos atendeu. Pisquei algumas vezes tentando clarear meus pensamentos e acordar direito para lhe responder. A enfermeira aproveitou que eu havia acordado e começou a checar meus dados vitais, medindo minha pressão e minha temperatura.

- Aqui está! – vejo entrar pela porta a Doutora Vanessa com um prontuário na mão.

Doutor Eduardo vai até ela e eles analisam os dados e conversão baixinho. A enfermeira termina de me examinar e acaricia meu rosto.

- Você parece bem melhor agora, está até mais corada.

- Obrigada – respondo meio rouca ao ato maternal daquela senhora.

Doutor Eduardo volta ao meu lado da cama e pega na minha mão, aquele toque tira quase todo o meu folego e eu dou uma pequena tossezinha para disfarçar meu encantamento pelo médico.

- Os resultados dos exames não apontaram nada de anormal, foi apenas um susto por conta de uma indigestão – ele me explica – mas mesmo assim Aline, você tem que tomar mais cuidado com o que come, nada de exageros está bem?

- ok – simplesmente respondo.

- Na terça, durante a sua consulta, vou lhe passar uma dieta para que isso não volte a ocorrer – ele me analisa por alguns segundos e depois solta a minha mão – vamos lhe dar alta e uma receita para os enjoos.

Ele me entrega alguns papeis enquanto a enfermeira, muito eficiente, tira o acesso do soro do meu braço.

- Até terça Aline, e se cuida – ele se despede de mim – Mãe. – ele fala ao chegar na porta.

Eu e Robe nos olhamos assustadas, o que ele disse?

- Tchau querido, não esquece do jantar hoje lá em casa. – a enfermeira responde enquanto me ajuda a levantar sem nem olha-lo.

E Agora? - rascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora