Capítulo 4 - Melissa

770 77 12
                                    

~Eu amo vocês, por favor não me matem! Sei que faz bastante tempo, mas entre surtos de estres com trabalho, faculdade e contas, acabei deixando o livro de lado e quando peguei de novo para escrever, não tinha ideia do que colocar no texto! *suspiro* Foram meses difíceis, mas para vocês terem uma ideia, me levou só duas horas para escrever um capítulo novo! Minha cabeça é estranha. (.-.)

De qualquer forma, espero que me perdoem. Na mídia, a imagem cagada e cuspida da Melissa, só que a Melissa prefere batom escuro.~

Capítulo 4.

Bram estava mais distante, as mãos nos bolsos de sua calça, o sorriso fácil em seus lábios enquanto ele nos dava algum espaço. Melissa cheirava a cigarro, licor e limão, antes seu cheiro era suave, como lavanda e cidreira seu cabelo estava ainda mais curto, na moda flapper, em ondas idênticas até o queixo e seus olhos pesadamente contornados com maquiagem escura e batom vermelho. Seus olhos verdes cinzentos sempre me fizeram perguntar se ela e Bram seriam parentes, mas eu sabia que não.

-Quando voltou? –Perguntei com a voz embargada, percebi que chorava e ela se afastou um pouco e secou minhas lágrimas.

-Ora vamos, não chore, eu não voltei para ver minha melhor amiga chorar! –Ela disse e ambas rimos enquanto sentávamos lado a lado na grama embaixo da copa da árvore.

-Me conte tudo! –Pedi e assim começou uma tarde inteira de risadas.

Acontece que Bram havia se atrasado para busca-la na estação de trem, a carreira de vedete não tinha saído como ela planejara, mas ela havia visto e ouvido o bastante para tentar de novo, mas antes, queria visitar os amigos.

-Chicago! Consegue imaginar? Clubes e jazz até onde a vista alcança, oportunidades, Cassia!

-Mas não é perigoso? Vi no jornal que a cada semana, mais e mais pessoas são mortas em Chicago!

-Oh, pare com isso, não pode acreditar em tudo o que esses jornalecos dizem o que eles sabem? Já estiveram lá?

-Mel, eu não sei... –Falei e ela franziu o cenho, desapontada por não ter minha aprovação. –Mas estou feliz com o que quer que faça, mas escreva desta vez!

-Escrevo, é que em Batom Rouge tudo era uma correria, eu tinha meu trabalho diurno, tinha meu trabalho noturno, e ainda fazia audições ás tardes, queria escrever só quando assinasse um contrato. –Ela explicou-se. –O que obviamente não aconteceu. –Ela suspirou e tomou seu último gole de chá. –Quero algo mais forte, o que você tem?

-Hum, vinho e conhaque.

-Traga o conhaque, você vai beber comigo. –Ela disse. –E você também, senhor invisível. –Ela disse apontando Bram que encolheu os ombros e sentou-se a mesa de chá enquanto eu ia para dentro buscar o conhaque do escritório de papai.

-Dona Cássia, com quem conversa la fora? –Mara perguntou e ri.

-Melissa voltou de Batom Rouge, não é ótimo? –Ela bateu suas palmas juntas e sorriu para mim.

-Que coisa boa! E o senhor Bram, como está?

-Bem como sempre. –Dei de ombros. –Vou buscar o conhaque de papai.

-Deixe que eu pego, levo para lá com os copos.

-Obrigada, Mara. –Disse-lhe sorrindo e voltei para a mesa onde Bram e Melissa conversavam entre si.

-É melhor o conhaque estar embaixo dessa saia. –Melissa disse e ri.

-Mara vai trazer. –Disse sentando a mesa que sempre tivera quatro lugares. –De que falavam?

Queimada ( #2 Duologia Arruinada)Onde histórias criam vida. Descubra agora