Capítulo 7 - Bram.

540 62 4
                                    

~Olá pessoas lindas que leem Queimada! Como vão? Eu vou bem obrigada! :D Na mídia, coloquei uma das músicas que ouço enquanto escrevo. Mas vamos falar de coisa boa, a topterm! Mentira(:P) Escrevi esse capítulo e os próximos em uma tarde na serra acompanhando e cuidando da minha filhota doente (um dia mostro a Kira para vocês, ela estava doentinha na época e a gente levava ela para todo lado por causa dos remédios dela).

Aproveitem o capítulo! \o/ ~

A enfermeira me guiou sem dizer nada pelos corredores até o consultório onde seria minha primeira consulta oficial ali. Na porta eu podia ler o nome de Lyzander. Ela me empurrou para dentro, onde Lyzander escrevia algo em alguns papeis sobre sua mesa. Ele apontou o divã e me sentei nele. Não era confortável quando a espreguiçadeira em meu quarto, mas teria que servir. Eu me sentia bastante exposta usando apenas uma camisola e chinelos, mas assim eram as ordens e eu as seguiria.

-Aceita uma bebida? –Ele perguntou e apertei o tecido da camisola. Eu podia aceitar um pouco, eu definitivamente precisava. Fui arrastada de casa contra minha vontade para um sanatório e ainda vi minha mãe depois de muitos anos e ela estava destruída. Mas e se fosse um teste? –Não tem pegadinha, só estou sendo educado. –Ele disse. Será que podia ler mentes? "Me tire daqui, me tire daqui!" –Quer a bebida ou não? –Ele insistiu e suspirei.

-Sim, por favor. –Respondi e ele apontou o armário no canto da sala onde garrafas de líquidos coloridos e um par de copos de whiskey estava. Fui até lá e me servi de duas doses de um líquido vermelho que parecia promissor, mas era apenas licor de lichia. Gemi em satisfação ao doce ardor do álcool descendo por minha garganta e ele riu.

-Pode ficar a vontade. –Ele dissera e me servi de mais duas doses antes de voltar para o divã. –Como se sente?

-Aquecida. –Respondi lambendo os lábios e ele sorriu levantando-se de sua poltrona e vindo até onde eu estava.

-Que bom. –Ele disse enquanto eu bebericava o licor aos poucos. Ele sentou em uma cadeira de couro ao lado do divã. –O que achou do seu quarto? –Ele perguntou e reparei que estava com alguns papeis numa prancheta e pegou uma caneta de seu bolso da camisa.

-O que eu preciso responder pra que me tirem daqui? –Perguntei indo direto ao ponto e Lyzander suspirou.

-Você terá de ficar aqui até que possamos curá-la.

-Mas não estou doente, Lyzander!

-Doutor. –Olhei para ele enraivecida. –Veja bem, você vê pessoas que nem eu, nem sua família vemos. Até que não os veja mais, não poderá sair.

-Isso é ridículo, Bram estava bem ali, como pode não tê-lo visto?

-Por que ele não estava lá.

-Certo, então ele não estava lá, já posso ir?

-Não é assim que funciona.

-Como funciona então?

-De manhã e pela noite, você terá sessões de terapia, a tarde, terá sua sessão na mesa de tratamento.

-No que exatamente consiste esse tratamento.

-Faremos algumas incisões...

-Quer dizer agulhas.

-Isso, nas suas têmporas.

-Minha cabeça!

-Essas incisões estarão conectadas a uma máquina de baixa voltagem, que enviará choques diretamente ao seu cérebro. –Levantei-me subitamente, sem saber muito bem o que fazer, o copo rolando de minha mão e manchando o tapete de Lyzander de bebida.

Queimada ( #2 Duologia Arruinada)Onde histórias criam vida. Descubra agora