Capítulo 5 - A Conversa.

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~Oi de novo! Para quem interessar, se quiserem dar uma olhada, é só pesquisarem lá no Pinterest pelo título da história e o que aparecer com "Nana Luna" é esse o painel de fotos :) Tem fotos de como eu imagino os personagens, as cicatrizes da Cássia, os vestidos, etc. Na mídia, o vestido da esquerda é o da Cássia na cena no balanço. Sem mais delongas, segue o capítulo!~

Capítulo 5.

Enquanto esperava meu pai e Kassian voltarem, concordei em ler o livro para Pete, que ouvia na maioria das vezes, calado, mas fazia comentários engraçadinhos sobre Lídia e a senhora Bennet vez ou outra. Estávamos em meu divã, ele com a cabeça deitada em meu colo enquanto eu me apoiava no conforto do espaldar. Havia descido para buscar vinho e cada um tinha sua taça, eu claramente mais acostumada à bebida que ele.

Consegui ler até o baile em Netherfield quando ouvi a porta da frente abrir e bater. O susto me fez pular alarmando Pete.

-Cássia? –Papai chamou lá embaixo.

-Rápido, para dentro do meu armário! –Ordenei puxando Pete pelo colarinho para fora do divã. Ele ria, mas me obedeceu prontamente.

Deitei em minha cama e me cobri com o lençol, pondo o livro embaixo de minha cabeça, e não apaguei a luz. Quando papai e Kassian chegaram à porta, tudo que encontraram foi uma garota que se esqueceu de apagar a luz antes de dormir.

-Mas que coisa, será que ela não pode lembrar-se de guardar as coisas em seu devido lugar? E porque diabos ela precisa de duas taças, ela só tem uma boca! –Kassian disse e ouvi o tilintar das taças e da garrafa. Droga, droga, droga!

-A outra deve ser de água. –Papai sugeriu.

-Ou ela teve "visitas". –Ele disse e senti a ironia em sua voz, aquilo doeu. Por que eles não acreditavam que eu poderia ter amigos?

-Não fale assim da sua irmã, Kassian.

-Desculpe pai.

-Amanhã resolveremos tudo. –Papai disse enquanto partiam apagando a luz antes de sair.

Sentei em minha cama olhando para a porta e então olhando minhas mãos, contemplando as possibilidades de meu futuro. Será que me trancariam em um sanatório? Precisava falar com Bram urgentemente.

-Você está bem? –Pete perguntou saindo do armário uma vez que não me mexia e acendeu meu abajur.

-Eles acham que sou louca. –Murmurei.

-Quem acha?

-Meu pai e meu irmão. –Expliquei e cruzei os braços. –Acham que vejo coisas que não estão lá.

-Por exemplo?

-Por exemplo meu noivo. –Suspirei. –Oque é ridículo, conheço Bram desde criança, brincávamos no lago juntos!

-Eles já conversaram?

-Bram e Melissa estavam lá no dia que isto aconteceu. –Falei gesticulando em minha direção. –papai também viu tudo, não entendo como ele possa achar que estou louca por causa de um defeito em uma câmera fotográfica.

-Não seria o caso de pôr os dois, cara-a-cara. Assim ele veria que Bram existe e seria o fim disso tudo.

-Isso é desnecessário, mas provavelmente será o caso. –Suspirei. –Você provavelmente deveria ir. Está tarde.

-Sim, você está certa, mas eu não me importaria de terminar o capítulo com você, estava ficando interessante. –Sorri.

-Tudo bem. Mas só mais um capítulo. –Falei e ele deitou de bruços aos pés da minha cama enquanto eu lia.

Queimada ( #2 Duologia Arruinada)Onde histórias criam vida. Descubra agora