Capitulo 09

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Estávamos nós dois, deitados na cama. Eu observava a chuva que caía tranquila lá fora. Adorava chuva!

Um vento frio entrava pela janela e refrescava o quarto. Não era problema porque sentia o calor do Dani me cercar de todos os lados... ele era o meu sol. Enquanto eu o tivesse comigo nada seria mais importante que o manter feliz.

Eu nunca havia me apaixonado realmente por alguém. Não sabia os sintomas nem se era saudável a relação que eu estava tendo com o Dani... eu quase o sufocava... quase o obrigava a ficar comigo.

Eu era obsessivo por ele e isso estava claro. Eu delirava por ele... não queria pensar na nocividade que isso poderia causar a ele mais tarde. Por hora eu só queria o deixar curar-se por si só de todas as feridas que causaram nele... mais tarde, no futuro, iríamos conversar sobre o NOSSO futuro.

Eu encarava a minha pintura nu e ri ao notar novamente que eu estava excitado ali no desenho.

Meu pau estava envergado para cima e ultrapassava o umbigo... eu podia até ver as veias saltadas que o Dani desenhou perfeitamente. Então ele havia realmente notado tudo sobre o meu pau. Isso me deixou satisfeito e me fez sorrir. O guri era um safado!

-Dani? -beijei sua cabeça.

Meu anjo estava com a cabeça escorada no meu peito e inspirava profundamente. Seus cabelos longos se espalhavam pela sua face e pelo meu peito. Sentia a macies daqueles fios lindos e de diversas tonalidades misturadas.

Ele se mexeu mostrando-me que estava atento e de quebra deu um beijo no meu mamilo que fez meu pau fisgar.

-Por que você desenhou Aphrodite?

Senti o sorriso dele contra mim. Ele se mexeu devagar e se aconchegou mais no peito como se fosse uma espécie de travesseiro.

-Porque eu sempre a achei incrível. -sua voz veio um pouco rouquinha. -Uma professora de filosofia ensinou que ela era a deusa do amor... e quando olhava pra você na rua sempre te imaginava como um filho dela. -sua voz estava baixinha e envergonhada.

-Jura que você achava isso? -perguntei surpreso.

-Sim.

-E por quê?

-Senhor Lopes, o senhor é lindo! Charmoso e incrivelmente lindo. Eu acho o senhor muito... -ele fez uma pausa. -gostoso!

Ri da vergonha que se imprignava na voz dele. O puxei pra mim o beijei.

-Então nós dois somos filhos de Aphrodite.

-Isso não seria incesto? -a voz pasma dele me fez rir.

-É. Talvez! -beijei sua testa. -Vou preparar nossa janta. Amanhã vamos sair cedo! Precisamos arrumar nossas coisas e descansar.

-Tudo bem! -ele pulou da cama e saiu correndo pelado pela casa.

Me levantei assustado e corri atrás dele.

-Dani! Onde você vai?!

-Preparar a comida! -a cara de obviedade dele me fez rir.

Neguei com a cabeça e me aproximei dele. O peguei no colo e levei pro quarto novamente.

-Não. Você fica aqui e eu faço algo pra nós. -o depositei na cama e beijei seus lindos lábios vermelhos.

-Mas eu quero ajudar!

-Vai ajudar ficando aqui e descansando.

-Não estou cansado! -ele franziu a testa. -Talvez um pouco! Mas posso ajudar.

-Dani, por favor, descanse.

Seu olhar se suavizou e ele acentiu. Me abraçou e sussurou no meu ouvido "não coloque fogo na casa".

CORAÇÃO DE VIDROOnde histórias criam vida. Descubra agora