Capitulo 10

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-Obrigado por me mostrar que vale à pena viver pra presenciar o mais simples sorriso... Dani... você não sabe o quanto sou grato por ter te abordado aquele dia à noite! Eu... -o puxei pra perto de mim.

Era hora! Eu não ia mais fugir do inevitável!

-Eu amo você, Daniel! Eu amo você! Eu amo você, Daniel! -e o beijei.

...

Mesmo depois do beijo, eu continuava com ele em meus braços. E eu esperava que ele jamais saísse dali. O lugar dele era em meus braços!

Sua cabeça estava no meu ombro e suas mãozinhas espalmadas no meu peito.

A diferença de tamanho e altura entre nós era engraçada. Nós éramos um casal muito improvável.

Eu conseguia admitir sem problemas que eu era bonito. Mas minha beleza era um tanto rude... meio bruta, como admirar uma bela casa toda de pedra. Já a beleza do Dani era delicada, como se fosse esculpida por anjos.

Eu diria que ele era a pessoa que todos procuram pra ter pro resto das suas vidas. Aquela pessoa que quando chega te faz pensar "Por onde você andava esse tempo todo que não do meu lado?!"

Mas eu era meio suspeito pra falar, já que eu estava apaixonado. Morrendo de amores, pra ser mais exato.

Eu sentia o calor dele me cercar, seu cheiro e sentia as ondas do oceano batendo em nós dois de vez em quando. A respiração dele era tranquila, calma e eu sentia uma calma que eu não reconhecia.

Eu havia dito ao Daniel que o amava, mas o silêncio dele não me incomodava. Me dava certa segurança, porque, no fundo, eu temia que ele confessasse que não sentia o mesmo por mim. Eu ficaria desapontado.

-O senhor me assusta um pouco. -depois de alguns minutos em silêncio, ouvi o Dani sussurrar com uma voz rouca.

-Assusto? -minha voz saiu rouca também.

-É. No bom sentido, eu acho. -ele suspirou. -Não pense que não estou contente por isso que o senhor disse.

Ele fez uma pausa, pensando que eu iria dizer algo. Então continuou.

-Só não sei como reagir a isso. -ele apertou seu peito com as mãos. -Sinto muito.

-Dani. -me afastei pra olhá-lo. Seus olhos estavam realmente assustados e isso me partiu o coração.

Me aproximei dele e novamente o beijei. Foi um beijo calmo e carinhoso pra que ele entendesse tudo que eu sentia por ele.

-Não se sinta pressionado a nada. Eu disse aquilo porque é verdade! Eu sei que sou um filho da puta, controlador e desnaturado... mas eu te peço uma chance pra mim te fazer feliz! É só isso que eu quero.

O puxei pela mão até a areia e ali me ajoelhei. Ri baixinho da face horrorizada dele.

-Você quer, oficialmente, ser meu namorado? -questionei polidamente.

Bem, mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer essa pergunta e estava feliz que a frase não me fez morrer engasgado. Eu jamais havia feito tal pedido.

Franzi a testa e acrescentei rapidamente:

-A aliança eu não tenho nesse exato momento, mas...

Fui interrompido por ele que pulou em cima de mim, cobrindo minha face e beijos e rindo alto. Eu ouvia a risada dela iluminada por uma felicidade que eu deseja ficar eternizada na voz dele. Uma risada de pura felicidade! Como se ele fosse o ser humano mais feliz do mundo.Eu mesmo não consegui conter as risadas ouvindo as dele.

CORAÇÃO DE VIDROOnde histórias criam vida. Descubra agora