Capítulo 6 - "Vizinho"

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Após receber, pela primeira vez, um beijo de seu Cavaleiro Salvador, Angelina acordou.

Feixes de luz solar atravessavam alguns poucos buraquinhos da janela de seu quarto, dando alguma claridade ao local. Angelina sentou-se em sua cama, e meio sonolenta esfregou os olhos enquanto pensava no sonho que acabara de ter.

"Isso nunca aconteceu antes!" - pensou ela.

Realmente, em todos os sonhos ele nunca a havia a beijado. Lembrou-se então do sonho da noite passada. Ele tinha a tentado beijar, chegado bem perto, mas o despertador a acordou quando chegou à hora do beijo.

"Eles também nunca foram assim. Um tão próximo do outro.".

Geralmente tinha um sonho daquele por semana, ou mais. Nunca tivera um atrás do outro. Sendo que em um deles Angelina chegou tão perto do Cavaleiro, que a beijou.

Percebeu então que talvez, esses sonhos que tem desde pequena tenham algum significado em sua vida. Arregalou os olhos com o susto, da possível, descoberta.

"Será?" - duvidou em sua mente.

Poderiam sim ter algum significado. Voltou a debater com sigo mesma. Pois nunca os tinha tido assim, dessa forma tão... intensa. E os cenários estavam mais reais, tanto que nesse último, podia ouvir o barulho da água quando tocada por seus pés em fuga. E se tivesse um significado esse, parecia ficar mais visível a cada sonho que tinha.

Lembrou-se então que não conseguia ver o rosto do Cavaleiro.

"Quem deve ser?" - se perguntou.

Angelina não fazia a menor ideia de quem era seu Salvador, ou porque ele aparecia sempre que as Trevas ameaçavam sua vida. Tinha uma única certeza nesse contexto. A que, com certeza, as Trevas era "Aquilo" que a apavorava de dia, e também, em seus sonhos.

Vendo que não tinha muitas pistas, do que poderia significar os sonhos, decidiu esperar por mais. O que, em sua opinião seria aquela noite.

Entretanto, constatou ali, que seus sonhos não eram um mero capricho de sua mente. Os tinha porque estava relacionado a alguma coisa que viveu, ou ia viver. Agora a pergunta que pairava em sua mente, era o que poderia ser tão poderoso a ponto de ter tais sonhos?

Levantou-se espreguiçando e notou que a câmera do seu celular estava piscando: mensagem. Antes de fazer qualquer outra coisa foi ver o que era, mesmo já tendo uma ideia de quem poderia ser e o que queria. Pegou o celular, apertou um botão e a tela acendeu. Viu serem 09h e 32min do dia seguinte e constatou ser uma mensagem. Desbloqueou a tela com sua digital e abriu o SMS.

Paty

"Angelina preciso que você me ajude a arrumar minha festa.

Não vai dizer que não pode! Vai se rapidinho. Prometo !

Me encontra na minha casa,

Bjosss  s2"

Pronto já tinha o que fazer durante o dia. Porque quando Patrícia dizia ser rápido, com certeza demoraria o dia todo. Lembra-se até hoje do dia de um show, em que Patrícia não conseguia se arrumar sozinha, tinha que ter a opinião das amigas. Assim Angelina e Fernanda foram ajudá-la. Demoraram tanto tempo, que quando viram a hora, o show já tinha começado. Sabia que seria assim, então o melhor a fazer era correr para terminar o quanto antes.

Arrumou-se, tomou um rápido e delicioso café, e foi para a batalha. No caminho ligou para Fernanda, para perguntar se ela também ia. Com uma voz de tristeza ela confirmou que sim. Passou em sua casa no caminho, e logo chegou à casa de Patrícia.

- Temos muito a fazer! – disse logo de início. Com uma cara de preocupação, enquanto as guiava para a área dos fundos onde aconteceria a festa.

Sua mãe tinha esquecido de fazer o pedido dos refrigerantes, então teve que ir comprar em uma cidade vizinha, porque ficaria mais barato. Iria demorar, por esse motivo tinham que começar os preparativos da festa. Sua mãe não sabia que hora chegaria mais seu pai, avisou Patrícia.

Passaram-se cerca de quatro horas até os pais de Patrícia, Fabio e Paulina, chegarem. Até àquela hora já tinha arrumado metade do jardim. Entre posicionar moveis, tirar plantas do caminho, arrumar um lugar para pista de dança, e arrumar um lugar para colocar bebida e comida. Para Angelina, Fernanda e seus pais tudo estava pronto, mas para Patrícia sempre faltava algum detalhe.

Vendo a indecisão da filha com as coisas, seus pais decidiram que Angelina e Fernanda podiam ir embora se arrumar. No fim as duas decidiram ficar para terminar o serviço e ajudar a indecisa amiga.

Ficaram arrumando tudo por mais uma hora e meia, alguns outros detalhes que Patrícia achava bonito. Foi quando se deu por vencida e viu que não tinha mais nada para fazer. Finalmente estava tudo pronto para a festa e estava na hora de voltar para casa e se arrumar.

Já eram sete horas quando Angelina chegou na rua de sua casa. A festa começaria às oito e meia. Não estava cansada mesmo depois de tudo que fez, estava um pouco suja, mas sem cansaço. O que resolveria com um belo banho de água quente, depois tinha a, difícil, tarefa de escolher uma roupa descente.

Naquele momento, percebeu que não tinha pensado em Gabriel durante aquele tempo, e nem Patrícia tinha falado dele, misteriosamente. Achou bom tê-lo esquecido por esse tempo, tinha que esquecê-lo.

Antes de atravessar o portão e adentrar sua casa, notou que novos vizinhos se mudavam para a casa ao lado.

Era um lugar de cores claras, sempre bem cuidado pelos antigos inquilinos, que tinham se mudado para outra cidade depois que o Sr. Castellini recebeu uma grande proposta de emprego. Não esperava novos vizinhos tão cedo.

Passando em frente para ver quem poderia ser, viu apenas alguns funcionários de uma empresa de mudança carregando moveis claros e eletrodomésticos de última geração.

Sem conseguir ver quem eram seus novos vizinhos, decidiu ir para casa, logo teria que ir à festa de Patrícia.

Chegou na porta, segurou na maçaneta e girou.

Ela abriu de maneira estranha, leve quase sozinha.

- Estranho - disse.

Terminou de abrir a porta...

- Gabriel!

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Até daqui a pouco!

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