"E eu ouvi a sua voz clara como o dia
E você me disse que eu deveria concentrar-se
Era tudo tão estranho
E tão surreal
Que um fantasma deve ser tão prático
Só se por uma noite
E a única solução era ficar e lutar
E meu corpo estava machucado
Eu estava incendiada
Mas você veio sobre mim como um rito sagrado
E, embora eu estava queimando
Você é a única luz
Só se por uma noite"
(Florence And The Machine - Only If For a Night)
Os flocos de neve caiam em uma dança lente e majestosa sobre todo o lugar. Sobre a neve já acumulada no chão perfeito, sobre sua cabeça desprotegida e sobre aquele grande farol antigo onde a luz ficava a correr de um lado para o outro, procurando alguma coisa.
Angelina usava um vestido vermelho-paixão que cobria seus pés e pulsos, era feito de um tecido leve. Estava descalço, mas não sentia o gelo congelar seus pés.
- Onde estou? – se perguntou.
A neve não parava de cair e todo o lugar era abraçado por um tenebroso silencio sepulcral.
Com o vestido enrolando-se em seus pés ela começou a descobrir o lugar.
Andou ao redor do farol, extremamente alto, e não viu nada além do branco e da luz percorrendo tudo em sua frente.
O lugar começou a assusta-la.
A procura de um abrigo ou algo que a protegesse do mal Angelina tentou entrar no farol. No entanto, quando segurou na velha maçaneta daquela imensa e quase apodrecida porta de madeira, ela não abriu.
O desespero começou a procura-la.
Tentou em todas as outras portas e até janelas, entrar no lugar, contudo todas as tentativas falharam, pois tudo estava fechado, lacrado.
O desespero a atingiu.
- O que eu faço agora?
Não tinha uma resposta para a pergunta.
- Calma – disse ao levar as mãos no rosto e pressioná-lo. – Calma.
O medo já a assustava e a desesperava cada vez mais. Sabia perfeitamente o que estava para aparecer...
As Trevas.
Com as mãos escondendo o rosto ela pode sentir pela primeira vez o frio. Suas mãos estavam gélidas e somente elas estavam, o gelo do lugar praticamente as congelava, as transformavam em pedra. O frio que elas exalavam começou a doer seu rosto e a levou a desprotege-lo.
Uma dor fulminante começou a faze-la querer arrancar as mãos fora. Tinha que aquecê-las de alguma forma então as enrolou no vestido.
Foi quando o frio do lugar começou a ser sentindo por todo seu corpo e quando notou os flocos de neve pararem de cair. Cessaram-se por completo e uma brisa quente começou a soprar, aquecendo-a e dando vida a seus membros novamente.
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PROMETIDOS (Concluída)
Teen FictionTodo mundo esconde segredos! Contudo, imagine esconder um segredo capaz de destruir sua vida. Um segredo capaz de te dominar. Um segredo mortal e devastador. Um segredo capaz de te impe...