O exército de Arland chegou a Holteburg pela madrugada. Avançaram pela avenida principal em direção ao castelo. Foi Germanus quem deu a cruel ordem.
- Queimem tudo. Não há razão para deixar nada disso de pé.
E foi assim que casas foram destruídas e pessoas mortas. Alguns resistiram, é bem verdade. O cheiro da fumaça acordou Wine, Alfarr e o taverneiro. Eles agarraram as armas que tinham e avançaram contra os invasores. Mas nem todo seu ódio foi capaz de superar o treinamento dos soldados do oeste. Caíram como crianças cairiam diante de um cão feroz. Suas histórias têm um ponto final aqui, inscrito com sangue.
Não há honra na guerra. Não há um lado certo ou errado. E os habitantes de Holteburg perceberam isso naquela noite. Eles odiavam seu rei, sim, como o odiavam. Mas naquela noite, sendo atacados por aqueles cruéis estrangeiros, muitos chegaram a clamar por seu nome. O medo faz o homem esquecer. Os maiores ídolos nascem da dor.
Depois de seu massacre pessoal, o regente dispôs seus homens às portas do castelo de Odrr. Soaram as trombetas e berraram como animais. E quando o próprio rei surgiu ante a amurada, chacoalharam seus escudos e bateram nas armaduras anunciando a batalha porvir.
Germanus deu o último aviso, berrando a Odrr que se rendesse. Sua resposta foi uma flecha que lhe atingiu o ombro, ricocheteando na armadura. Foi a deixa para que iniciasse a invasão.
Investiram contra o muro com toda a força. A guarda do castelo respondendo com flechadas que mal acertavam o alvo. Poucos caíam, e suas perdas eram insignificantes. Outra lição da guerra: a vida vale menos que uma moeda de prata.
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Guerras de Mármore
FantasyApós um abusivo aumento de impostos para alimentar seus exércitos, uma crise se instaura em Holteard. Na capital do reino, Holteburg, um grupo de cidadãos se reúne em busca de uma solução. Ao mesmo tempo, um bárbaro ronda pelas proximidade com seus...