Cavalguei rumo ao sul para seguir para oeste. Sim, é tão estranho quanto soa. Mas é assim que as aventuras acontecem não? E se não fosse dessa forma, não teria me deparado com esse incrível acontecimento.
Eu seguia pelas terras baixas de Holteard – nesse caso baixas, de fato, sem a velha história Alto Egito, Baixo Egito – quando uma grande legião surgiu no horizonte. Cansado de me deparar com exércitos o tempo todo, resolvi prosseguir para oeste antes do planejado. Mas eles me viram antes disso.
Fui interceptado por um batedor do tamanho de uma criança, e fiquei espantado em como ele conseguiu me alcançar com aquelas pernas tão curtas. Era um anão de Lytelland.
Tendo ouvido as notícias recentes, os habitantes do sul seguiam agora para Holteburg, a fim de reclamar, eles próprios, o trono. Apressado em seguir meu caminho, e sem vontade de escolher um lado na guerra – ainda que o rei de Nirvana tenha me ajudado, e por isso há certo sentimento de gratidão por minha parte – dei-lhes certas informações para que prosseguissem seu caminho e eu o meu.
Segui pelo resto do dia, sem descansar.
Quando o Sol ia se pondo, o encontrei.
Estava lá, depositado sobre a relva, a face serena, como uma criança a dormir. Segurei-lhe a mão, um último fio de esperança em meu coração. Mas não havia nada a sentir. Só o vazio e o silêncio da morte.
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Guerras de Mármore
FantasyApós um abusivo aumento de impostos para alimentar seus exércitos, uma crise se instaura em Holteard. Na capital do reino, Holteburg, um grupo de cidadãos se reúne em busca de uma solução. Ao mesmo tempo, um bárbaro ronda pelas proximidade com seus...