Capítulo 11

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Cynemaer contemplava a estrutura a sua frente. Disposta no topo de uma elevação na terra, a construção circular era composta por grandes colunas rochosas, ligadas por pedras retangulares que se apoiavam sobre cada par. O bárbaro tentava encontrar alguma lógica naquele monumento aparentemente sem sentido.

- Então foi daqui que viemos. – disse para si próprio.

Sentou-se à sombra das pedras, acendeu uma fogueira e esfolou um coelho para o jantar. Quando o Sol se pôs, estava bem alimentado e descansado. Preparava-se para dormir quando algo estranho aconteceu.

Um ser desconhecido passou ali por perto. Vestia um longo capuz, que não permitia que seu rosto fosse contemplado. Ciente das lendas da região, Cynemaer sacou o machado para o caso de um ataque da criatura. A entidade, no entanto, passou ao largo e só parou por alguns segundos para contemplá-lo. O bárbaro teve calafrios, mas sabia que aquela criatura – que era velha, ele sabia, muito velha – não lhe faria mal. Em sua mente, rogou aos deuses que afastassem aquela coisa dali.

Logo o condenado partiu, em sua jornada eterna, e Cynemaer pôde dormir em paz.


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