Learning to Fly

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Quando o último marshmallow caiu no fogo, nenhum Mortal ou

Conjurador estava acordado para ver. Os dois Incubus híbridos

observavam em um silêncio protetor enquanto os quatro amigos dormiam

no acampamento.

Ridley pôde ouvi-los murmurando enquanto caía no sono. Seu último

pensamento antes de dormir foi em Link, em saber que ele estava ali.

Como nos velhos tempos.

Depois disso, seus sonhos foram preenchidos por velhas lembranças. Ela

não estava pensando em despedidas, nem em meninos ou anéis nascidos

das brasas. Ela não tinha como saber que planos mais perigosos que

qualquer fogueira — e definitivamente mais grudentos que qualquer

marshmallow — foram postos em ação.

Como poderia?

Em vez disso, continuou dormindo, sonhando com coisas muito mais

misteriosas que um anel. Ainda mais misteriosas que um Feitiço

desconhecido — Ligando eternamente uma Sirena, uma Natural, uma

Guardiã, um Rebelde e dois Incubus — sob uma lua cheia de verão em um

condado Conjurador.

Uma lua cheia era feita para magia.

Magia e lembranças.

Uma menininha de cabelos louros se sentava entre os dois galhos curvos

do carvalho mais antigo do terreno da infame Fazenda Ravenwood, lendo um

livro que era ainda mais velho que a árvore. Enganchou as pernas magricelas

em torno de um tronco coberto de cascas e mais espesso que sua cintura, mas,

de qualquer modo, não era o lugar mais seguro para uma menininha ou para

um livro grande.

— Sabe que não deve ler isso, Rid. — Uma vozinha feminina chamou de

baixo.

— Bebê — provocou Ridley, sem desgrudar os olhos do livro. — Você sabe

que não deve trocar a própria fralda.

— A tia Del vai arrancar sua pele quando descobrir que você andou

roubando coisas do armário dela outra vez. — Lena, um emaranhado de

cachos escuros e olhos verdes, gritou da segurança da grama abaixo da

árvore.

— Fofoqueira — disse Ridley, virando mais uma página. — Seu dedo está

duro?

As páginas eram tão grandes que, quando Rid tentava virá-las,

esfregavam no jeans desbotado, quase se rasgando. A lombada do livro era

quase do tamanho de suas costas.

— Pior para você. — Ao falar, Lena se jogou na grama, tirando um

caderno e uma caneta do bolso. Destampou a caneta e abriu em uma página

em branco com um suspiro. — Bem, diga. O que está acontecendo, Rid?

SirenaWhere stories live. Discover now