O telefone de Ridley estava desligado, assim como sua resolução. Mesmo
com carregadores perdidos, ninguém acidentalmente perdia cem ligações,
nem mesmo Link.
Entendido, com grande clareza.
Rid havia prometido um dia, e Nox poderia tê-lo. Nox e sua Sirena
misteriosa, ela pensou. Se Ridley soubesse mais sobre a Sirena na foto,
talvez entendesse o segredo por trás do próprio Nox.
Sua armadura de batalha era bastante simples: o armário ofereceu um
vestido floral vintage de alcinha, botas pretas de couro com tachas e uma
jaqueta também com rebites combinando.
O armário, pelo jeito, favorecia Saint Laurent. Vai entender.
O sol subiu lentamente, como se não tivesse nada melhor para fazer. O
dia começou tarde e continuou com chá no lobby e uma torre de macarons
da Ladurée, a casa de chá parisiense da Avenida Madison. Rosa, doce de
morango e, claro, chocolate, talvez melão. Os melhores sabores.
Em outra vida, Ridley teria achado perfeito.
Nox tomou xícaras minúsculas de espresso como se fossem chocolate
quente. Ridley não suportava café.
— O mundo já é um lugar suficientemente amargo — falou ela. — Vou
ficar com chocolate mesmo.
— Chocolat chaud — disse Nox.
— Isso também. Agora me dê as coisas boas. — Ela alcançou o prato
mais próximo de biscoitos.
— Un de chaque, é isso que você quer. — Nox sorriu, oferecendo a Ridley
um macaron de caramelo meio salgado. Ele parecia particularmente
deslocado com suas roupas de boate: jeans preto, um paletó vintage preto e
uma gravata fina preta, cercado por rosa, roxo, biscoitos em tom pastel e
docinhos.
— O que é isso? — Ridley colocou o macaron na boca, fazendo uma
careta. Coisas doces com um pouco de salgado não eram sua preferência, e
sim as coisas doces bem doces.
— Bem, em Paris não são tão indulgentes, mas os italianos entendem.
Uno di tutti. É isso que digo quando entro em uma confeitaria romana. Um
de tudo. Experimente o de coco.
Ela já havia experimentado.
Então experimentou de novo. E de novo, e de novo, até a torre de pratos
ficar vazia, exceto pelos farelos. Com a boca ocupada com tanto açúcar, ela
não teve muito tempo para perguntas. Ainda não, pensou. Em breve.
Depois do café da manhã, perambularam pela Madison até o Museu
Whitney. Equipes de construção tinham aberto as calçadas, táxis
buzinavam e guinchavam, pessoas andavam rapidamente e tagarelavam ao
telefone.
Era uma perfeita manhã nova-iorquina. Ao menos, deveria ter sido — e,
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Sirena
FantasyRidley Duchannes nada tem de heroína de romances açucarados. Ela é uma Sirena e não hesita em usar seus poderes para enfeitiçar o que cruzar seu caminho, sejam Conjuradores das Trevas, Incubus ou Mortais. Desde que sua família lhe virou as costas, s...