Another Brick in the Wall

12 2 0
                                    


— Não estamos perdidos. Quão grande pode ser o Brooklyn? E tenho

um faro de cão d'caça, lembra?

— Cão de caça são três palavras — disse Ridley. — E você quer dizer cão

farejador.

— Tanto faz. — Ele tomou um gole da Coca-Cola alojada entre o assento

e a porta. Carros antigos como o Lata-Velha não contavam com luxos como

porta-copos ou fluido de limpador de para-brisa, quanto mais dois faróis.

— Tem certeza de que você sabe aonde está indo? Onde fica seu

apartamento? — Ridley o olhou, desconfiada.

Ele cuspiu o refrigerante de volta na lata com um suspiro. Era o mais

próximo que conseguia chegar de tomar um gole; como qualquer Incubus,

Link não precisava de comida ou sequer a desejava. Mas isso não

significava que não sentia falta.

Ele suspirou, chacoalhando a lata.

— Não é um apartamento. Não exatamente.

— O que é, exatamente?

— Um estacionamento — falou, olhando Rid de lado.

— Excelente. — Ela tentou parecer irritada, mas, na verdade, não estava

surpresa.

— Concluí que dormiria no Lata-Velha. Até onde sei, nós nos divertimos

muito aqui. — E afagou o painel afetuosamente.

— Seu plano era se mudar para Nova York até vencer na vida e dormir

no carro o tempo todo?

Link deu de ombros.

— Quanto tempo pode demorar? Sou um cara talentoso.

Ridley puxou um papel da bolsa e pegou do painel o telefone antigo e

nada smart de Link. Achou o teclado e lentamente digitou as letras com as

pontas de suas longas unhas vermelhas.

— Esquece. Eu cuido disso.

Era hora da segunda parte do plano, encontrar a banda, e Link não podia

ter facilitado mais. O roadie do Sofrimento deu a ela o telefone do

guitarrista e avisou para ligar quando chegassem. Aqui estamos.

a caminho endereço pf — Rid, do Sofrimento

— Cuida? Cuida de quê? — Link franziu o rosto.

— Conheço algumas pessoas. — Ela o afagou no braço. — Sempre

conheço.

— Desde quando? — Agora foi a vez de Link desconfiar.

A mensagem seguinte foi quase instantânea e incompreensível.

palhaço vomitante myrtle duane.

Ridley tentou decifrar.

— Parece que vamos ficar com um cara chamado Duane — falou. — E

talvez uma garota chamada Myrtle.

— Como é que nunca ouvi falar nessa gente?

Ridley se remexeu.

SirenaWhere stories live. Discover now