Livro 3: Mudança

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No helicóptero, MacMiller estava com McClane a sua frente além do piloto Daniel johnson, um rapaz calado e quieto, que mal interagiu com o agente, exceto o necessário. A casa segura ficava em Assuão, no lado oeste do rio Nilo. A viagem de helicóptero estava programada para durar cinco horas e alguns minutos. Porém, enquanto Mac e McClane conversavam tranquilamente sobre família, casa, e televisão o inesperado aconteceu. Eles já estavam a pouco mais de cinco horas no ar e um RPG foi lançado. Apesar da manobra urgente e sem preparação, o impacto foi mais do que o suficiente para abalar a aeronave. A parte de traz do helicóptero estava completamente em chamas, alarmes e luzes estavam enlouquecidos e o piloto desesperado para tentar ao menos pousar aquela peça de metal flamejante de modo que todos pudesse sair vivos. Mas nem mesmo os esforços incessantes foram o suficiente para impedir um pouso forcado. O pequeno helicóptero caiu e como um carro em alta velocidade, rolou várias vezes fazendo todos se chacoalharem "Então é assim que meu whey protein se sente dentro da squeeze."foi a primeira coisa que McClane pensou enquanto o helicóptero girava e girava levantando terra, pedregulhos e pedaços metálicos que se desprendiam da mesma. O local do acidente ficava num campo de futebol amador e por sorte apenas a coruja na trave estava perto para ver o que aconteceu.


Mac completamente zonzo, não consegui enxergar direito e um apito gritava em sua cabeça. Olhou para frente e viu uma parte considerável da hélice a poucos centímetros do seu rosto. O metal quebrou e perfurou o peito do piloto e do passageiro. Ele soltou-se do cinto de segurança, e arrastou seu corpo com esforço para fora. Havia muita poeira e terra voando, atrapalhando a visão. O cheiro de combustível estava impregnando o ar. Com escoriações por todo o corpo, MacMiller entendeu o que aconteceu e por muito pouco a explosão não o matou, mas o choque foi o suficiente para joga-lo para frente com violência e fazendo-o desmaiar.


Passou várias horas até Jonatan acordar. Seu corpo inteiro doía, sua cabeça parecia estar completamente solta no pescoço. Ataduras improvisadas estavam em partes distintas do seu corpo e o cheiro de ervas inundava o lugar.
tentou abrir os olhos algumas vezes, mas a luz fez sua cabeça doer ainda mais. A opção de levantar foi imediatamente impedida por uma mão suave e quente em sua testa. Apesar de não ser a intenção, aquilo o assustou ainda mais. Ele não sabia onde estava quem era a pessoa atrás dele, por que ele estava ali, onde estavam seus amigos, entre outras perguntas sem respostas.
Quando seus olhos se adaptaram, percebeu que a dona da mão era uma criança, com pouco mais de doze anos. Com roupas simples, um Hijab verde surrado e descalça. Em seu rosto, medo e aflição eram visíveis. Ela tremia ao perceber que Mac estava acordado. A criança falou alguma coisa num idioma que Mac não tinha a menor ideia do que significava.
Quando seu cérebro começou a trabalhar novamente, ele lembrou-se do acidente.
- Você sabe falar meu idioma? - Perguntou ele.
- Um pouca. - Respondeu ela, ainda aterrorizada
- Meu nome e Jonatan. - Mac se apresentou numa tentava de fazer a jovem se sentir um pouco mais inclinada a interagir com o estrangeiro. - Qual e o seu?
- Amidala. - Respondeu ela, de maneira objetiva.
- Obrigado por me ajudar, Amidala. - E com um movimento de cabeça perguntou. - Onde estou?
- Você estar no casa perto do Lago Nasser. - Esclareceu ela. - Eu cuidar de você depois que cair do céu.
- Obrigado novamente. Mas Agora - Disse Mac, tentando novamente se levantar. - Eu preciso ir.
- Não pode. Seguro não. - Tentar explicar a jovem assustada.
- Não se preocupe jovem, eu não estou sozinho.
E com isso, ele se levantou e procurou nos bolsos da calca o comunicador. Na expectativa de que ele não estivesse quebrado na queda. Por algum motivo o pequeno fone estava intacto. Uma luz vermelha piscava incessantemente indicando que havia uma chamada em espera.
- Aqui e MacMiller requerendo suporte, eu repito preciso de reforços.
- Graças a deus você está vivo - Disse uma voz feminina do outro lado. - Pensamos que estivesse morto.
- McClane e o piloto estão. Fomos abatidos no ar. Estou próximo ao lago Nesser.
- Você está bem?
- Um pouco, ferimentos leves pelo corpo, meu braço parece que foi deslocado, mas uma local me ajudou.
- Mandamos uma segunda equipe para te achar e talvez, caso vocês estivessem mortos, completar a missão. Algo aconteceu e perdemos o contato com eles antes de chegarem ao Egito. Decidimos esperar e rezar para que algum de vocês respondesse.
- Quanto se passou?
- Ainda temos sessenta horas antes da declaração oficial de guerra.
- Você sabe eu estou?
- Sua localização aparece para mim como ao sul de Assão. Você está a dez quilômetros a noroeste da casa segura.
- Certo estou indo para lá agora.
- Negativo Mac. As imagens de satélite mostram que o lugar foi complemente destruído por chamas. Os bombeiros locais estão tentando controlar as labaredas.
- Espere um segundo. - Mac ainda tentava digerir tanta informação. - Eu fui atacado em uma área supostamente neutra, quase morri, dois soldados Ômega foram mortos, a casa segura foi destruída, e reforços foram abatidos no ar?
- Exatamente. Eu sou a sua única ajuda.
- E quem e você exatamente?
- Meu nome e Ashley Whinton. E serei seu suporte técnico na sua missão.
- Ok. Me de a localização da suposta base inimiga.
- Seu PDA ainda está inteiro?
- Sim.
-Como você conseguiu isso? - Ashley estava curiosa. Assistentes pessoais digitais, ou PDA, são como computadores portáteis. Muito uteis e compactos, porem sensíveis a impactos. E uma queda de helicóptero com certeza teve impacto suficiente para fazê-lo em pedaços.
- Você não vai querer saber onde ele esteve.

O Ataque do CorvoOnde histórias criam vida. Descubra agora