A lua brilhava intensa na noite fria do sul egípcio. As estrelas enfeitavam o céu e tudo indicava que a noite correria calma, mas a Al Gharban chegou para mudar esse diagnóstico. Amidala extremamente assustada se agarrava as pernas de Samirah enquanto a casa era cercada. Os terroristas não tentaram negociar, simplesmente abriram fogo com tudo o que tinham. Ela, Mac e Amidala se abaixaram para tentar se proteger dos projeteis inimigos. Mac, gritou estridentemente quando um tiro acertou de raspão seu braço esquerdo, e nesse momento os terroristas sessaram a saraivadas de tiros contra eles. Samirah rapidamente virou a geladeira numa tentativa improvisada de criar um escudo enquanto Amidala dava os primeiros cuidados ao homem ferido. Mac quase chorou de dor, enquanto recebia os curativos improvisados da jovem egípcia que tentava fazer o melhor com os panos rasgados da sua camisa. Samirah contou sete soldados armados de Ak-47. "Por que os terroristas gostam tanto de Ak?" pensou. Eles estavam em formação de meio círculo, cobrindo a frente e a lateral da casa.
-Quando eu falar corram para a porta dos fundos, entendeu? - Disse Samirah para os dois.
Com um sinal de cabeça rápido, Amidala respondeu e voltou sua atenção para Mac, terminando o curativo.
O Soldado Ômega, experiente em combate, sacou uma granada, esperou o aval da egípcia, puxou o pino e jogou-a pela janela. – CORRAM! - Foi tudo que Samirah precisou dizer. Todos correram para os fundos da casa enquanto tinham tempo. Três segundos depois a granada explodiu, juntamente com dois dos sete inimigos e destruindo uma por inteira. A estrutura frágil da casa começou a ruir com a onda de choque causada pela explosão e a cozinha logo cedeu, sobrando apenas escombros. Enquanto isso Samirah corria em direção a um carro azul parado a alguns metros da casa. Ela quebrou o vidro, abriu a porta traseira e Amidala rapidamente entrou e deitou-se no banco. A egípcia tentava incessantemente fazer uma ligação direta quando Mac sentou-se no banco do carona. Depois de alguns segundos, que para todos no carro pareceu uma eternidade, o veículo ligou e saiu de ré a toda velocidade, assustando ainda mais alguns pedestres que desavisadamente estavam próximos. Deu uma meia volta com o carro no transito noturno e saiu a toda em direção a autoestrada.
-Ashley você está na escuta, cambio. - Chamou Mac. Os inimigos logo perceberam que seus alvos tinham fugido e passaram a persegui-los.
-Ashley responda. Você está na escuta, cambio - Chamou novamente. Onde estava o suporte?
-MacMiller, estou aqui! - Disse ela. Sua voz estava ofegante, indicando que talvez ela tenha corrido para atender ao chamado.
-Temos problemas. Tem hostis nos perseguindo. preciso de um lugar seguro para nos esconder! - Mac estava gritando com o comunicador, tentando fazer sua voz sobressair os barulhos de tiros disparados pelos perseguidores.
-Existe uma autoestrada a poucos quilômetros na sua frente. Entre nela e pegue a segunda saída a esquerda. Depois, entre na primeira a direita e a segunda à direita. Vai dar numa feira movimentada. Lá você deverá seguir a pé e se misturar na multidão.
-Entendi. - Respondeu ele. Depois virou-se para a condutora e falou: - Pegue a auto estrada, vamos para a feira comercial.O tiroteio seguiu. Os inimigos estava se aproximando, Amidala podia perceber isso enquanto estava deitada no banco. Suas costas estavam viradas para o acento do banco. O cheiro de sangue aumentava, e fazia ela ter enjoo. O medo dominava cada parte do seu corpo, sua visão estava desfocada e seu ouvido zunindo. Sua cabeça doía por causa dos impactos contra o banco. " Para a esquerda" gritou alguém no banco da frente. Seu corpo tremia de frio, de dor e de medo. Ela temia por sua vida e pela vida se Samirah, que a havia acolhido depois de ser sequestrada. Ela era sua única família depois do que aconteceu com seus pais. "Queria que Abilaha estivesse comigo." pensou Amidala em meio ao tiroteio sem fim. Abilaha era sua boneca, que fora um presente de sua mãe, antes da invasão que a matou. Ela a guardou e a protegeu com sua vida, pois a presença de sua mãe se fazia quando a boneca estava por perto. E mesmo sabendo que a mãe não estava mais viva, Abilaha ainda a acalmava.
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O Ataque do Corvo
ActionDepois dos atentados terroristas ao países europeus em 2015 e em 2016 a ONU cria uma forca tarefa para combater e eliminar possíveis terroristas em potencial. Encabeçado pelos Estados Unidos e Russia essa forca tarefa, conhecida apenas por U.A.C.T. ...