Six

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Gargalhei novamente quando Carter atacou meu pescoço, e me causando cócegas. Dei um beliscão em sua coxa, o que resultou em grito.

–Não precisa de violência. –resmungou em meu ouvido. Me separei dele, saindo de cima do mesmo.

–Nem fiz nada. –finjo inocência. –Vamos parar, porque isso está muito gay. –falei e olhei para ele. E depois caindo em risada.

Ficamos nos olhando por mais alguns segundos e depois cada mudou sua visão para algum canto do quarto.

Peguei minha camiseta que estava na cômoda ao meu lado e vesti.

Mesmo que nós dois não tenhamos feito nada, eu continha alguns chupões em meu corpo, Carter até que não tinha quase nada comparado a mim.

–E agora? O que acontece com a gente? –falei com a voz baixa.

–Não contaremos para ninguém. –respirou fundo. –Desculpa, mas não quero que ninguém saiba sobre nós. Não estou pronto para falar para todos que tenho um relacionamento com um menino, e que ainda mais é meu melhor amigo. Não estou pronto para receber comentários sobre nós dois, e também, eu acabei de terminar com a Maggie. Vamos deixar rolar.

Me sentei na beirada da cama e mexi a cabeça com concordância.

–Tudo bem então. –calcei meu tênis. –Eu já vou indo então. –Me levantei e olhei para ele, que também se levantava.

–Você ficou bravo? Não é? –perguntou. 

–Não. Claro que não. –olhei para o relógio no meu pulso. –É que realmente está na hora de eu ir. Já vai dar quase oito e meia. E também, amanhã tem escola cedo. Se eu for muito tarde, eu acabo me atrasando para a escola amanhã. Você sabe como eu sou.

Ela concordou. Sai do seu quarto e andei rapidamente até a porta da frente. Eu ouvia seus passos atrás. E também me sentia observado.

Parei na frente da porta e abri. Queria sair depressa. Precisava falar com alguém.

Sai da casa e virei para trás quando Carter me chamou. Olhei para ele, o mesmo estava de cabeça para baixo, mas logo levantou.

–Matt...É, por favor... Não conta para ninguém. Nem pra Stassie. –engoliu o seco. –Não quero que ninguém saiba.

Mexi a cabeça concordando. Não sabia o que responder. Eu me senti um pouco mal com isso.

Me virei novamente e sai andando, escutei a porta bater com força, mas continuei andando rápido.

Até que fui parado bruscamente. Me virei para ver quem tinha me parado, e vi Carter.

–Me desculpe. Não queria te magoar. –falou rápido.

–Mas não magoou. Eu que sou burro. –falei rindo, para tirar o ar tenso.

–Certeza? Não quero ficar mal com você no nosso primeiro dia de namoro.

Gargalhei, mas senti minhas bochechas esquentarem.

–A gente ta namorando? Você nem pediu. E também quem disse que eu queria ser seu namorado? Ein? –falei com a sobrancelha arqueada.

–Estamos sim. Pedirei... Mas num futuro longinho. Eu disse e fique quieto. Eu que mando na relação. –falou.

–Ah tá. Vai sonhando. –falei debochado e me virei, começando a andar novamente.

–Vai me deixar sozinho aqui? –perguntou alto.

–VOU. –gritei sem me virar.

Senti me segurarem novamente, mas nem me virei para saber quem era, pois já sabia.

Ele ficou do meu lado e andando junto comigo, em direção a minha casa.

Durante o percurso ninguém falou nada, apenas risadas baixas e empurrões um no outro.

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Abri a porta da minha casa e deixei Carter entrar por primeiro e logo após entrei também, fechando a porta atrás de mim e a trancando.

Joguei a chave na mesinha de centro e fui para o meu quarto. Subi as escadas e quando abri a porta do meu quarto, encontrei Carter esparramado na minha cama.

–Depois eu que sou folgado. –falei me jogando em cima dele. –Na verdade, nem te convidei para vim aqui.

Ele resmungou alguma coisa que não entendi, pois sua cara estava enfiada no travesseiro.

Sai de cima dele e me joguei ao seu lado. Tirei meus tênis com o pé mesmo e me enfiei debaixo da coberta.

Me virei para o outro lado, ficando de costas para o Carter. Senti ele se mexendo e logo senti seu braço gelado, rodear a minha cintura.

–Pode tirar seu braço dai. Essa posição é muito ruim. –falei tentando me afastar, mas ele me apertava mais ainda.

–Não. Pra mim está ótimo. –Falou e riu depois quando viu que me arrepiei. Mas poxa, a boca dele estava em meu pescoço, você quer o que né.

–Durma e cala a boca.

–Mas foi você que começou a falar.

–Cala a boca.

–Tá. –disse bufando.

Rapidamente senti o sono vindo. Eu estava quase dormindo, quando o meu celular começou a tocar. Grunhi de raiva e tirei o braço do Carter ao meu redor e peguei o celular do meu bolso.

Nem olhei para ver quem era que estava ligando e atendi.

–Alô? –perguntei sem animação nenhuma.

–Matt? Desculpa por te acordar, eu acho. –Ouvi a voz da Mag e me sentei na cama. Com certeza Carter também ouviu e porque o mesmo também se sentou. –É... o Carter está com você? Estou tentando falar com o ele, mas o ele não atende.

Olhei para ele, ele mexeu a cabeça em negação, respirei fundo. –Não, ele não está. Eu não o vi o dia inteiro.

–Huuum... Tá. Se ele te ligar ou mandar mensagem, fala para ele que eu preciso pedir desculpas para ele. Eu não queria fazer aquilo. –Ouvi sua voz soar embargada, parecendo que estava sofrendo para não chorar.

–Tá, ele falo com ele. –disse calmo.

–Obrigada Dino. Te amo.

–De nada. Também te amo.

Tirei o celular do ouvido, quando ela encerrou a ligação. Coloquei na cômoda, embaixo do abajur e me deitei novamente. Carter também se deitou e me abraçou. Esse menino ta carente. Por deus.

–Amanhã vou conversar com ela. –falou baixo. Falei só um "Uhum" e fechei os olhos. Meu sono só aumentava. Por mais que os dois sejam meus melhores amigos, eu não quero me intrometer em nenhum assunto dois. Isso é muito chato.

Carter colocou sua perna esquerda em cima de mim e me abraçou mais ainda.

–Você é muito gay oriental. –falei rindo, ainda com os olhos fechados.

–Você 'tá andando muito com a Stassie. –falou e beliscou meu braço.

–Cala a boca, to com sono. –falei tentando soar bravo, mas acho que não adiantou.

–Não falo mais nada. –disse sussurrando.

–Eu agradeço. –falei, também sussurrando.

Nem notei quando dormi.

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