We need to talk.

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Matthew Espinosa POV

—Não, seus pais. –Hailey falou se jogando se jogando em cima de mim, me abraçando.

Abracei-a de volta e logo após fui abraçar meu irmão que estava ao lado dela. Fazia muito tempo que não o via, pois com palavras dele, ele não vinha a minha coisa porque não se sentia bem-vindo.

Se ele soubesse que minha mãe o prefere a mim, sendo que ele nem é filho dela. Às vezes me sinto ofendido.

—Vamos para a cozinha ou vamos ficar plantados aqui? –minha mãe falou depois que soltei meu irmão. Ri e fui até a cozinha, depois que meu pai e minha mãe foram para lá.

[...]

—Soube que você ta namorando senhor Matthew? –ergui a cabeça e olhei para o meu pai.

Revirei os olhos e ri.

—Soube errado então. –falei. –Não estou namorando. –falei olhando para o meu prato na mesa.

—Mas... Alguns passarinhos disseram que você estava ciscando em algum ninho diferente por aí. –olhei para o meu pai e ri negando com a cabeça.

—Se você diz... Quem sou eu para negar o que você fala. –falei brincando e me levantei e, levei meu parto e copo para a pia para ser lavado depois.

Virei para a mesa onde todos estavam reunidos e chamei Justin e Hailey com a mão. Vi os dois se levantarem e repetirem os meus gestos de minutos atrás.

Subi a escada indo para o meu quarto e me joguei de barriga na cama. Ouvi a porta do meu quarto sendo fechada e me virei, olhando para o teto.

—Soube que você é gay. –Justin falou, me fazendo levantar a cabeça do travesseiro e virar para olha-lo.

—Legal. –murmurei jogando minha cabeça na cama novamente.

—Legal? Só isso que tem para nos dizer? –perguntou.

—Só. –falei simples. Ouvi os dois bufarem.

[...]

—Então o Carter te largou? –Hailey falou sem interesse enquanto mexia em seu celular. Respondi ela com um "uhum" e o quarto voltou ao total silencio novamente.

Eu tinha contado tudo para Justin e Hailey. Eu não queria, mas eles fizeram pressão, e me fazendo contar tudo, sem esconder nada.

Justin não abriu a boca desde que comecei a falar tudo. Acho que entenderia como sente ao descobrir que seu único meio irmão que não vê ao muito tempo é gay. Não deve ser fácil.

[...]

—Vocês não vão dormir aqui? –perguntei para Justin. Ele sorriu para mim e negou com a cabeça.

—Não. Temos que levar a Hailey para a casa dela. Mesmo namorado há dois anos, a mãe dela não confia em deixá-la dormir na minha casa ou qualquer outro lugar onde eu esteja. –falou e revirou os olhos no final. Ri.

—Ela fala como vocês não tivessem feito nada nesses anos. –falei rindo. –Sua mãe é muito inocente, gatinha.

—EI. Não fala assim da minha mãe, mesmo que seja verdade. –Hailey falou me dando um tapa.

Mostrei a língua para a mesma e voltei a minha posição inicial. Totalmente deitado na cama.

—Eu fiquei sabendo que a ex da Stassie ia dar uma festa hoje, va... –Justin foi totalmente cortado pela sua namorada.

—Ficou sabendo como? Quem te contou? Qual nome dela? –A loira falou se levantando e puxando celular das mãos de Justin. Ri da cena.

—Meu amigo me contou, e devolva meu celular aqui. –Justin pediu e saiu correndo atrás da namorada - já que mesma saiu correndo do meu quarto-, e me deixando sozinho no quarto.

Meu celular apitou varias vezes notificando que alguém tinha mandado mensagem, cliquei.

"Me desculpa."

"Me perdoa."

"Sinto sua falta."

"Não fiquei bravo comigo."

"Eu não queria ter feito aquilo com você. Eu sou um babaca. Um babaca totalmente idiota. Idiota. Me perdoa. Eu não aguento ficar longe de você."

"Eu não sou Carter sem Matthew."

"Desculpa."

E mais mensagens chegavam, com vários emotions de carinhas tristes e corações partidos.

Eu apenas fiquei observado as mensagens, não me mexi, não falei e até não respirei. Meu coração começou a bater freneticamente.

[...]

E depois de ignorar Carter e desligar o celular para não receber nenhuma mensagem ou ligação. Decidi ir à festa da Crystal, pois as melhores festas é ela que produz.

Coloquei minha jaqueta e passei perfume. Me olhei pela ultima vez no espelho e sai do meu quarto e desci a escada. Fui até a cozinha e encontrei meu irmão e Hailey.

—Cadê meus pais? –perguntei e me sentei no banco da bancada.

—Eles saíram, acho que foram ao cinema se não me engano. Não prestei muita atenção. –Hailey falou e se levantou. –Vamos? As brigas sempre acontecem cedo.

Me levantei depois dela e vi Justin fazer o mesmo. Meu irmão e Hailey e se beijaram na minha frente, me fazendo revirar os olhos e fazer um som de nojo, causando risos dos dois e comentários como "isso é inveja" e "e para de criancice".

Saímos de casa e a trancamos. Pegamos o meu filho a.k.a carro e fomos em direção a festa.

[...]

Estacionei o carro em algum lugar útil e vago -já que todos os lugares estavam ocupados- e saímos do carro logo após. Liguei a alarme e fomos para a festa, que da esquina onde estávamos da pra ouvir a música alta e em bom som.

Andei em passos lentos e cansados até a entrada da casa. Olhei para trás e para os lados e notei que tinha perdido Hailey e Justin de vista, bufei.

Entrei na casa desviando das pessoas já bêbadas e de meninas -que parecia que estavam sem roupa no corpo- querendo falar comigo. Fui até a cozinha e peguei o copo que me entregaram. Peguei sem desconfiar das pessoas que me deram, já que estes estudaram comigo um bom tempo.

[...]

Bebi, bebi, bebi até não ter consciência das coisas direito. Sai do jardim e entrei na casa e fui até o fundo da casa, e encontrando um montinho de pessoas dançando juntos.

A casa estava vazia, diferente dos fundos. Ali parecia mais divertido. Peguei outro copo, já um garoto conhecido me entregou e bebi tudo, fazendo-me fechar os olhos e sentir a garganta arder.

Sorri e comecei a dançar no ritmo da musica que tocava. Vi quando duas meninas começaram a dançar coladas a mim. Sorri maldoso e coloquei as mãos em ambas a cinturas, e começando a dançar juntos.

Senti a mais alta das duas começar a beijar meu pescoço, me fazendo sentir pequenos arrepios. Motivo: Bebida. Comecei a mordiscar a orelha da ruiva -a mais baixa- ouvindo a mesma falar para que saíssemos dali e fossemos para algum lugar com menos barulho. Exemplo: meu carro.

Parei de dançar com as duas e peguei em ambas as mãos e comecei a puxar as duas para sair dali. Ouvi vozes falando de mim, mas nem liguei.

Deixei as duas irem à frente e parei na cozinha para beber mais alguma coisa. Abri a geladeira e peguei uma garrafa de vodca. Fechei a mesma e me virei e me assustei vendo ele me olhando.

Precisamos conversar.

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