You'll regret it, idiot

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Matthew Espinosa POV

—Cara, porque o Carter está ficando na sua casa? —Nash perguntou e olhou pra mim logo após de colocar a mão no ombro de Carter.

—A mãe dele foi viajar um tempo com a Maggie, e ela não queria que ele ficasse sozinho na casa e fizesse besteira. —falei rindo e xinguei Carter logo após de ele me bater.

Os meninos também riram e logo rumaram a uma conversa sobre as meninas do colégio. Levantei-me de onde estava sentado e rumei até a cozinha para pegar o refrigerante e as comidas.

Abri os armários e peguei tudo que seria necessário e coloquei sobre o balcão. Virei-me novamente para pegar os copos e me assustei logo após de me virar e dar de cara com o Aaron.

—E aí? —falei e Aaron maneou a cabeça e começou a me ajudar com os copos e etc.

—Ta tudo bem por aí? —ele perguntou e olhei para ele, já que eu tinha me virado.

—Sim, tudo de boa. —falei. —Por quê?

—Hum... Nada não. —disse e abaixou a cabeça e logo voltou a olhar para mim. —Vem, vou te ajudar a levar essas coisas para a sala. Sorri e peguei tudo e com a ajuda de Aaron, fomo para sala alimentar os meninos.

Chegando à sala, coloquei as coisas na mesinha de centro e me sentei ao lado de Carter, já que era o único lugar vazio.

Os meninos se encontravam entretidos ao algum jogo de ação não importante por mim que aparecia na televisão. Joguei minha cabeça para trás, encostando-se ao sofá e bufei entediado. Odiava jogos, e ainda mais de ação. Fechei meus olhos e viajei em meus pensamentos nada normais para uma pessoa da idade. Brincadeira, eu só pensei em Carter. Triste vida.

Mexi-me no sofá e instantaneamente coloquei minha cabeça sobre o ombro de Carter. Mas rapidamente abri os olhos e retirei minha cabeça dali. Olhei para os meninos e ninguém olhava para mim, apenas Aaron que ria segredamente e negava com a cabeça. Senti uma mão em minha perna e olhei para ao lado e vi Carter sorrindo mínimo para mim. Mas rapidamente ele tirou a mão da minha perna.

—E você, Matt? —sai de meu mundo e virei meu rosto para olhar Cameron.

—Eu o que? —perguntei confuso.

—Comendo muitas meninas? Não ouvi mais nada depois daquela festa que você saiu com as duas meninas. —disse rindo, e me fazendo ficar sem graça.

—To tranquilo. —respondi simples e seco. Não gostava daquelas perguntas.

—Fiquei sabendo que a Natasha tava querendo dar para o Carter. —Gilinsky falou rindo e jogou uma almofada na cara dele. —Na verdade, muitas meninas querem dar para ele. Fiquei sabendo que elas estavam bem felizes ao saber que iria à festa desse sábado.

—Ah! Safado. —falou Cameron. —Quando crescer quero ser que nem o Carter.

Os meninos se puseram a rir, me fazendo a rir também. Mas só ri para parecer simpático. Os meninos continuaram e logo começaram a contar as historias de Carter com as meninas. As histórias não eram nada bonitas. Eram até nojentas de ouvir.

Levantei-me do sofá e fui até meu quarto para pegar meu celular. Abri a porta do mesmo e andei até a cama para pegar meu precioso e colocando no meu bolso logo depois. Sai do cômodo e desci a escada indo para sala novamente.

Cheguei lá e os meninos ainda estavam na conversinha. Revirei os olhos e me sentei novamente no sofá. E não prestando atenção no que eles falavam me pus a mexer em meu lindo celular. Olhei todas as notificações das minhas redes sociais e logo após, decidi responder todas as cento e poucas mensagens da Stassie.

E só voltei a prestar atenção no mundo ao meu redor quando ouvia a campainha soar. Bloqueei o celular e quando me movimentei para levantar e atender a porta, Carter já estava lá.

—Cam! —fechei e torci ao máximo para aquilo não ser real. A voz da Rebecca soou em toda a minha casa.

E lentamente, abri meus olhos e olhei para os lados e vi cinco meninas falando alto e cumprimentando os meninos, que sorriam e olhava para o outro após olhar as bundas delas.

Como mamãe me educou super bem, cumprimentei elas. Na hora que Rebecca chegou a minha frente, eu quis chorar. Ela praticamente se jogou em cima de mim para me dar e oi, e como eu estava sentado, ela colocou a duas mãos nas minhas coxas para se abaixar e me dar um beijo no rosto. Esse que fiz questão de limpar -sem que ninguém notasse-, só por sentir o batom ficar na minha bochecha.

Olhei para os lados a procura de Carter, e sorri falso ao vê-lo com Ailee colada em seus braços. Voltei a olhar ao redor e olhei Aaron que me olhava confuso, sem entender nada. Mexi a cabeça em negação e me levantei para ir tomar alguma coisa na cozinha, já que na mesinha de centro só tinha bagunça e sujeira.

Andei até lá e fui direto para a geladeira pegar refrigerante. Abri a porta do mesmo e peguei o que queria e logo após fechei-a. Andei até o balcão e me sentei nas cadeiras. Abri a latinha de refrigerante e tomei um gole. Deixei a latinha sobre o balcão e peguei meu celular pra terminar de responder a Stas.

—Achei mesmo que estaria aqui. —ouvi a voz do Cameron e levantei minha cabeça para olha-lo. —Posso me sentar?

Assenti com cabeça e fiquei o olhando enquanto se sentava em minha frente. Voltei a mexer no celular e tomar meu refrigerante, enquanto sentia Cameron prestar atenção em todos os meus movimentos.

—Por que o Carter 'ta ficando na sua casa? —me questionou e fiz uma pequena careta sem que ele notasse. Nash já não tinha perguntando isso?

—A mãe dele foi viajar com a Mag, e como ela não queria que ele ficasse sozinho, ela decidiu que ele ficaria aqui depois de conversar com a minha mãe.

—Hum. —soltou -logo depois de eu terminar de falar- mexendo a cabeça. —Esses dias... Eu 'tava olhando vocês e vi que vocês estavam... Como posso dizer? Mais próximos.

—Cla... —fui interrompido antes de terminar.

—Não como amigos. —falou. —Como se tivessem tendo algo.

Soltei uma gargalhada alta, fazendo-me tampar minha boca com a mão. Continuei rindo enquanto olhava a cara do Cameron.

—Você só pode estar louco. —falei e tomei mais um gole do meu refrigerante antes e continuar a falar. —Nós somos melhores amigos. E seria muita loucura se agente tivéssemos algo. —ele me olhou estranho e negou com a cabeça.

—Vocês estão estranhos. —disse e saiu dali sem mais nem menos. Fiquei olhando a porta por onde ele saiu durante alguns minutos. Até que voltei à realidade com a chegada da Rebecca na cozinha. Soltei palavrões mentalmente e sorri falso ao olha-la.

—Por que está sozinho ai? —perguntou a se sentou ao meu lado. —O que está fazendo? Com quem tanto conversa? Vi que saiu da sala. Por quê?

Soltou tudo de uma vez enquanto colocava o braço ao redor do meu corpo. Larguei meu celular que estava em minhas mãos em cima da bancada e rapidamente tirei o braço ao redor de mim.

—Você não gosta de mim? Por quê? Eu fiz alguma coisa errada? Pode falar. Não ficarei brava.

—Calma! —exclamei não muito alto quando afastei ela de mim. —Não é isso. Só que é meio complicado.

—Por quê? —perguntou com voz de choro. Fiz careta e abaixei a cabeça, não estava a fim de lidar com isso. —Me diz o porquê.

Respirei fundo e levantei minha cabeça para olha-la. Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas. Coloquei minha mão sobre o ombro dela antes de falar.

—Eu sei que você gosta muito de mim, e coloca muito nisso. Mas é que... Eu gosto de outra pessoa, e eu e ela estamos juntos. Desculpa.

Ela sorriu triste e se levantou de onde estava sentada. Me deu um beijo na bochecha e deu a volta para sair da cozinha, mas antes que eu voltasse a mexer no meu celular, ela parou na porta e olhou para mim e falou:

Você vai se arrepender, idiota. —e saiu dali rapidamente.

Essas pessoas estão doidas hoje. Pensei.

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