O Abrigo

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Cheguei no abrigo de manhã cedo, não conseguia parar de pensar na Cassie, não sabia oque ela iria fazer ou pensar, só sabia que estava bem. Tinham muitas pessoas no abrigo, umas cem ou até mais, cheio de carros do exercito e varios onibus grandes estacionados do lado da frente do acampamento. eles estavam servindo café da manhã então fui até o refeitório e comi algumas coisas que estavam servindo lá. Sentei em uma mesa sozinho e comecei a comer, Cassie não saia da minha cabeça, não conseguia nem comer direito, então parei um pouco. olhei para o lado e vi duas garotas sentadas na mesa ao lado, elas pareciam bem familiares. olhei direito e eram Jade e Erica, não acreditei, levantei e fui até elas, quando elas me viram levantaram e me abraçaram, a ficaram muito surpresas e felizes por eu estar bem. elas disseram que já estavam ali naquele abrigo fazia três dias, que vieram de outro abrigo que misteriosamente o exercito fez uma evacuação. E nós continuamos a conversar até a hora do almoço, elas me mostraram a barraca em que elas estavam, e outras coisas. Erica disse que conheceu um garotinho no outro acampamento, mas ele acabou sendo morto em uma invasão de criaturas pelo oque me disseram, e a unica coisa que sobrou dele foi esse ursinho de pelúcia marrom que ela agora segurava a todo momento para lembrar dele. mas nossa conversa foi interrompida, quando uma sirene tocou do lado de fora e um carro maior chegou com o general do exercito. Todos nos reunimos até onde o carro estava para vermos oque estava acontecendo. o general disse que estavámos fazendo uma evacuação para uma base militar ali perto, que descobriram um jeito de detectar o virús em pessoas. no momento que ele falava os onibus ao lado ligaram, e ele pediu para só as crianças embarcarem e os adultos e ovens irem para a casa principal do acampamento que iriamos ter uma reunião. Alguns pais não queriam deixar seus filhos irem sozinhos, mas o general os convenceu que seria melhor para eles.

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Todos os adultos e jovens mais ou menos da minha idade se juntaram na casa principal, inclusive jade e erica. O general subiu em um tipo de palco que tinha lá, e era o mesmo general que me deixou sozinho. Olhei para a porta da casa e vi uma caminhonete vermelha estacionada lá fora, então falei para jade e erica para me esperarem aqui que ia no banheiro mas já voltava, então sai e fui até a caminhonete, Cassie estava escondida atrás dela, quando me viu me abraçou e me deu um beijo, mas logo depois me deu um tapa por eu ter deixado ela lá sozinha. Perguntei para ela como ela me achou e ela disse que ouviu os barulhos lá fora e viu os soldados me levando. quando sairam eu desci e peguei a caminhonete e os segui até aqui. Fiquei muito feliz por Cassie estar aqui.

Do lado de fora conseguimos ouvir o general falando:

-Nós conseguimos um jeito de detectar o virús em crianças, mas em adultos o procedimento era mais complicado. e de repente ouvimos muitas vozes discutindo dentro da casa. E logo em seguida ouvimos muitos tiros, Cassie e eu nos escondemos atrás da caminhonete.

De repente os tiros pararam, não havia mais som algum, e vimos o General saindo de dentro da casa junto com alguns soldados, eles entraram no carro e foram atrás dos onibus. Cassie e eu entramos na casa para ver oque tinha acontecido, e todos lá dentro estavam caidos no chão com um ou dois tiros no peito. Inclusive Jade e Erica. Erica ainda estava com seu ursinhos nas mãos, eu o peguei e o abracei, e o coloquei na minha mochila.

Vimos alguem se mechendo lá dentro, era um garoto um pouco mais novo que eu pela aparencia, ele usava óculos e a bala tinha pegado de raspão no seu ombro esquerdo. ele gemia de dor. Cheguei perto dele para tentar o acalmar e perguntei o nome dele, e ele disse que o nome dele era Dylan. O levantei e o levei para a caminhonete, mandei Cassie ver se tinha mais alguem vivo lá dentro.

Coloquei Dylan no banco de trás e fui até a ala médica do acampamento, peguei uma pomada e ma tala. Passei a pomada no ferimento de Dylan e ele gemia de dor. Cassie voltou e disse que não havia mais ninguém lá dentro vivo, então pedi para que ela me ajudasse a colocar a tala no ombro de Dylan. Acabamos e entramos no carro e dirigi em direção a casa de campo onde nós estavámos antes de virmos para o abrigo. Dylan precisava descansar, era uma ou duas horas de viagem até a casa.

No caminho perguntamos para Dylan oque ele fazia antes de tudo isso acontecer e perguntei se ele tinha familia. Ele disse que era engenheiro de bombas e que tinha uma irmã que se chamava Marina, e seu pai que se chamava Eduardo, Mas os dois Morreram lá no tiroteio do acampamento.

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Chegamos na casa. Levei Dylan até o quarto e o coloquei na cama, Cassie foi fazer alguma coisa para nós comermos. Dylan deitou na cama e logo dormiu, fui até a cozinha e Cassie estava com a mochila aberta e nela tinha várias pistolas e uma M16, perguntei onde ela pegou tudo isso, e ela disse que pegou lá no acampamento, quase todos ali estavam armados. Todas as armas estavam carregadas e algumas ainda novas.

Tudo que aconteceu naquele abrigo estava muito suspeito, e eu já estava achando que os parasitas contaminaram o pessoal do exercito e agora eles estão se aproveitando da confiança que temos neles e matando os que sobraram. Contei para Cassie e ela disse que fazia sentido, e que devem ter levado as crianças para exterminarem em outro lugar. Nós tinhamos que salvar aquelas crianças. Temos que ir até a base militar, Cassie pegou um mapa e viu que a base ficava a uns 90km dali onde estávamos.
Resolvemos fazer um plano e sair de manhã, não sabíamos oque íamos encontrar lá, mas tínhamos que estar preparados, e não podíamos confiar em ninguém, e esse é o pior pesadelo do ser humano, não poder confiar em ninguém.
Dylan era o mais jovem dali então ele poderia se infiltrar la dentro fácil.
Nós decidimos fazer o resto do plano quando ele acordar.
Enquanto esperávamos nós comemos um pouco e arrumamos as armas para passar essa noite.
Qualquer coisa podia acontecer, mas tínhamos que ter esperança.

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