Capítulo 16

317 15 3
                                    


 Depois de algumas semanas de muita tristeza as coisas começam a voltar ao "normal". Faculdade, trabalho e agora passar a maior parte do tempo cuidando dos meus melhores amigos que perderam a mãe. O enterro foi simples só para alguns amigos e familiares e o pai de Diogo pagou tudo, mas evitou ir até lá para não ter nenhum conflito e isso foi bom porque evitou brigas, eu fiquei tão empenhada em consolar os meninos que nem tive tempo de ir visitar o túmulo de mamãe, mas irei na semana que vem sem falta. É sexta feira e estou indo para faculdade, Lorenzo e eu não estamos nos falando direito, apenas por mensagens de texto e troca de olhares, mas hoje ele pediu para que assim que eu chegasse fosse diretamente vê-lo em sua sala, então caprichei na produção, afinal me sinto um pouco melhor sem nenhuma mensagem, recado maldoso nem carta. Diogo ainda sofre, mas pelo menos voltou a estudar e trabalhar, está triste, mas está tentando superar tamanha perda aos poucos. Estou com um vestido rosa claro solto com um pequeno decote, nada vulgar, mas sedutor e bonito, sapatos baixos até porque estou indo para faculdade. Prendi meus cabelos só na parte da franja e fiz uma maquiagem leve, passei um perfume e peguei meu casaco, está um pouco fechado o tempo hoje. Tomo meu café e vou para fora esperar Mary, preciso conferir minhas economias, deve ter um bom dinheiro para comprar meu carro é chato depender dos outros, mesmo sendo os amigos ou a família. Ela chega e entro no carro

 – Bom dia amiga – nos cumprimentamos com um beijo no rosto

 – Bom dia, está bonita, hmm e cheirosa... quando é assim hmm... – dou risada, palhaça 

– Hmmmm nada, mas é isso mesmo... Aí Mary preciso de um tempo com ele, depois de tudo isso. 

– Eu sei, mas tem que ser logo lá na faculdade? Essa pessoa que está ameaçando vocês pode ser de lá, sei lá eu fico aflita, essa pessoa tem fotos sua nua amiga, cuidado. – olho pela janela, ela tem razão 

– Eu sei, mas não podemos ceder a essa pessoa Mary, já chega não acha? – olho para ela 

– Acho sim, não dá pra fugir mesmo, ai quem ganha é essa pessoa idiota? – isso mesmo olho para ela, está um pouco estranha

 – O que houve? 

– O que? – ela me olha de relance 

– Você, o que houve? Te conheço somos melhores amigas lembra? – paramos no sinal e ela me olha 

– Ronald houve... ele voltou de sei lá onde ele estava e veio até minha casa, ele voltou pelo Diogo, mas foi me ver

 – Droga Mary o que aquele idiota queria? – ela me olha

 – Me pedir perdão, acredita? Ele só queria o meu perdão – o sinal abre 

– E você?

 – Eu só mandei ele ir embora, mas sinceramente? Queria perdoar, serio eu não gosto de viver odiando ninguém, mas ele não merece, foi tão filho da puta comigo 

– Eu entendo, mas se você estiver pronta para perdoar não é errado, mas só perdoar, nada de amizade e muito menos namoro de novo por favor! – ela me dá um tapa no ombro 

– Eu não estou maluca e sabe de uma coisa? Não senti nada quando o vi Anne, foi como se nunca o tivesse amado antes 

– Ah eu entendo, isso é bom porque quer dizer que você seguiu em frente de verdade! – aperto sua mão no volante e ela sorri 

– Precisamos comemorar isso então! – olho séria para ela 

– Mary só faz algumas semanas que ...

 – Eu sei, to falando de uma noite de garotas e não de balada – oh sim, já estava ficando preocupada

 – Ah tudo bem, só nós duas? – chegamos na faculdade 

Psicologia Atrativa ❤Onde histórias criam vida. Descubra agora