Capítulo 4

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Depois dessa loucura toda voltamos a decoração, Lorenzo me ajudou bastante e terminamos uma boa parte das coisas até o almoço. 

– Hei almoça comigo? – pede todo carinhoso, me puxando para perto e eu derreto 

– Acho melhor não, nós não podemos chamar muita atenção – passo as mãos nos cabelos bagunçados dele, tão macios 

– Ah pare com isso, eu almoço com alguns alunos as vezes e estamos juntos num projeto, isso é paranoia sua, só nós sabemos que estamos juntos, os outros não – ele está certo, não há mal nenhum nisso 

– Tudo bem grandão, vamos comer onde? – ele começa a rir 

– Grandão? – me aperta e eu perco a respiração, ele me beijar lento e me olha sorrindo eu o beijo de volta rapidamente e nos afastamos

 – Vamos comer fora – pego minha bolsa e suas coisas, volto para cozinha tiro o avental pego o dele e os guardo 

– Okay professor, vamos nessa – saímos pela cozinha e digo aos outros para irem almoçar e retornarem após duas horas, todos saem contentes e vamos caminhando para fora da cozinha em silêncio. É até estranho estar ao seu lado, me sentindo tão bem sendo que algumas horas atrás eu estava uma pilha de nervos e querendo fugir dele o máximo possível. Passamos pelo corredor e encontramos com a professora Diana que nos para 

– Olá queridos, como está na área da cozinha? – ela está bonita como sempre, seus lindos cabelos negros estão soltos e ela está vestindo um vestido verde claro um pouco justo. Lorenzo a responde 

– Tudo uma delícia – oh é como, eu penso e o olho de relance 

– E você mocinha, dando muito trabalho para esse cara aqui? Faça o bater as coisas com as mãos, afinal ninguém mandou ele ter esses músculos, não é? – ela dá uma piscadela brincando, que ousada! Ele dá risada e pede para que ela pare de mentir, eles parecem próximos, ela pelo menos quer ser... 

– Hum, pode deixar – digo sem graça

 – Bom, temos que ir – Lorenzo diz e dá um aceno para ela que sorri e abre caminho. Tenho certeza que ela quer algo com ele e o pior é que ela é atraente e tem sua idade. Quando entramos no carro ele quebra o silêncio

 – Quer ouvir música? Pode escolher – eu ponho o cinto e digo que não emburrada. Ele sai com o carro para a estrada com olhar interrogativo

 – O que houve? – hunf não posso dar crise de ciúmes, afinal nem estou com ciúmes... então decido mudar o mau humor ou ele vai perceber.

 – Nada, onde vamos? – acabo ligando o rádio baixinho

 – Vamos num lugar que gosto bastante, comer uma massa deliciosa que tal? – adoro massa! Logo abro um sorriso

 – Super apoio! Vamos nessa. – aumento o som e ele abre as janelas. Está um dia claro, amanhã começa a primavera! O sol está raiando, mas não muito quente. Passamos por uns bosques e me pergunto onde estamos indo, nunca fui para esse lado da cidade. Começa a tocar uma música que gosto muito do Imagine Dragons e eu começo a cantar baixinho e ele sorri para mim 

– Você tem uma linda voz – ele me acompanha e até que canta bem, muito bem!

Paramos perto de uma árvore e o restaurante é do outro lado. É um lugar antigo feito de madeira e bem bonito, nós entramos e nos sentamos numa mesa afastada. Agora entendi o porquê me trouxe em um lugar longe da cidade, aqui é vazio e ninguém poderia nos interromper ou impedir de ficarmos mais à vontade. Olho em volta, é pequeno o lugar, tudo de madeira escura, o balcão, as mesas tudo bem limpo. Há uma música tocando, uma senhora limpando o balcão, um rapaz que estava limpando as mesas para e vem até nós.

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