Capítulo 21

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Acho que já bebi demais, não me lembro mais quantos copos já tomei durante essas dez músicas que tocaram, mas estou meio tonta preciso ir ao banheiro, vou abrindo caminho por entre as pessoas até conseguir chegar. Faço minhas necessidades, lavo as mãos e o rosto e refaço minha maquiagem. Dou uma arrumada no cabelo e saio. E agora onde eles estão? Ando pelas mesas, percebo aquele cara de novo que parece Lorenzo, está dançando e conversando com a tal mulher, vou andando mais para o canto onde eles estão e a mulher parece estar se oferecendo muito para ele, ele parece hesitante e se esquivando dela, cheguei mais perto e percebi que é ele sim e a Diana é a vaca que está se esfregando nele!!! Ele parece um pouco tonto, evitando a boca insistente dela que quer beija-lo. Vou andando até eles mais rápido, a raiva tomando conta de mim, vejo que o show deu uma pausa e o pessoal se dispersa pelo bar atrapalhando minha chegada, algumas luzes se acendem e consigo ver melhor quando ela se joga nele abertamente, quase o engolindo. Ela pega as mãos dele e as envolve a sua volta, ele parece surpreso de olhos ainda abertos, vou mais perto e paro quando vejo que ele cede ao beijo dela, eu fico ali sentindo um enjoo enorme. Eu não acredito nisso, eu não posso... eu estou ofegante, a raiva se foi e só sinto dor, meus olhos se enchem de lagrimas com aquela cena, o Lorenzo que tiraram de mim nos braços de outra, outra e não outra qualquer, mas dela, essa ordinária... eu vou indo para trás, ele a empurra de leve, mas ela insiste... vejo que Mary e Heitor me olham assustados com minha expressão suponho, viro para a cena horrenda e eles já cessaram o beijo e percebem minha presença. Lorenzo fica sem jeito, ele está olhando em meus olhos como se pedisse desculpas, e nos meus eu só tenho magoa e dor. E ela, bem ela está com aquele sorriso nojento no rosto. Faço que não com a cabeça e saio correndo. 

– Anne espere – ouço Mary gritar, mas eu continuo correndo para saída do bar e quando saio corro mais, não sei para onde estou indo, mais não posso continuar aqui. Paro no estacionamento ofegante e chorando, eu não acredito nisso, meu Lorenzo... tudo bem que não estamos mais juntos, mas dói, dói tanto. Aquela mulher nojenta fez de tudo e conseguiu. Ela conseguiu... eu me sento no chão. Mary chega

 – Hei amiga não fica assim vem aqui – ela me puxa e me abraça, ficamos ali até os outros chegarem sem entender nada. 

– Eu quero ficar sozinha por favor – eu digo 

– Mas amiga... – Mary diz 

– Por favor! – eu grito e eles começam a sair devagar olhando para trás preocupados. Heitor vem até mim e pega na minha mão

 – Vem comigo vou te tirar daqui – ele diz e eu hesito

 – Me deixe por favor – ele segura minha mão e me leva até uma moto preta turbinada parada no estacionamento.

 – Vem, não precisa falar nada, só vamos dar uma volta, te deixo em casa se quiser – ele me dá o capacete e eu olho para o objeto hesitando... 

– Só se você quiser, confia em mim? – ele me olha sério, nos olhos. Como posso confiar em alguém que acabei de conhecer? Mas eu coloco o capacete mesmo assim e subimos na moto 

– Certo, me leve para um lugar legal, quero esquecer isso – digo e me agarro nele enquanto ele dá a partida. A galera para ao ver a cena, estão na entrada do bar quando passamos voando na moto, uau isso é excitante, essa moto corre muito. Meus braços ao redor do seu corpo malhado, sinto o vento em meu rosto, as luzes passando rápidas, a adrenalina no meu corpo. Isso é tão gostoso, deito meu rosto em seu ombro e tento absorver tudo o que aconteceu, será que vou superar tudo isso? Oh céus não consigo nem ser normal por uma noite que algo estraga! Continuamos voando pela noite e eu só quero que esse momento não acabe, porque sei que quando acabar eu vou desabar.

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