Capítulo 23

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Depois de muito esforço consigo ficar pronta para faculdade, certo é sexta feira Anne, você vai para uma premiação cujo um quadro com seu rosto estará exposto e logo após fará uma viagem super legal com seus amigos, então anime-se! Certo vamos lá, pego meu casado, estou de calça escura e tênis, está ventando e espero que a noite esquente um pouco mais. Ainda bem que a praia que vamos é distante e a previsão é de sol por lá, eu amo o frio, mas praia e frio não é legal. Pego minha bolsa e saio, vou de ônibus hoje pois perdi a carona, Mary foi cedo por causa do desfile que terá depois da semana das provas, ou seja, daqui a duas semanas mais ou menos. Ponho meus fones e entro no ônibus, está vazio por milagre! Estou ouvindo minhas músicas quando de repente começa a tocar uma música linda que me lembra Lorenzo, aí céus porque agora? Lembro do dia em que fomos no campo de girassóis, o lugar mais lindo que já vi, só nós dois e o pôr do sol....pare com isso agora Anne, suspiro e sinto um aperto no peito, vai passar! Respiro fundo e mudo de música.

Assim que chego na escola encontro Edu 

– Por favor venha comigo agora mesmo mocinha – ele gruda no meu braço e me arrasta até a sala de artes

 – Sim senhor – o sigo e vamos até o meu quadro, é uma pintura abstrata de mim, cheia de cores e pinceladas marcantes, tem meu sorriso em um lado, meus olhos em outro, meu nariz, meus cabelos estão esvoaçantes, é lindo e não digo isso por ser eu mesma na pintura, mas por parecer ser outra pessoa.

 – Ficou perfeito! – fico paralisada sorrindo para a pintura 

– Bem estamos falando de você, impossível não ficar perfeito – ele se aproxima de mim me olhando nos olhos – Vamos ganhar hoje, vamos ganhar! – ele diz rindo

 – Sim, vamos sim! – me aproximo do quadro que é enorme 

– Bom me ajude a escolher a moldura, eles vão vir buscar logo, logo então qual dessas? – ele aponta para duas molduras lindas uma branca e uma preta, elas são iguais de madeira com várias ondas, mas de cores diferentes e eu escolho a preta, pois vai destacar mais as cores da pintura que são marcantes e fortes 

– Boa escolha – o sinal bate 

– Ah lá vamos nós! E eu estou sem cafeína – digo a caminho da porta 

– Me encontra no primeiro intervalo para o café? 

– Claro, eu venho até aqui – digo e lhe dou um tchauzinho 

– Ok boa aula! – eu saio, essa sala me traz boas lembranças, passamos dias e dias nela eu tinha apenas que ficar conversando com ele enquanto ele pintava e captava a minha alma, minha essência como ele dizia. Lembro de um dia que eu estava contando sobre o cara que eu gostava, mas que era proibido, claro que não disse quem ou porque, mas eu lhe contei que estava sofrendo e triste, e ele me ouviu...:

"– Sabe Anne se essa relação te faz sofrer é porque não é o certo, relacionamento amoroso é para sermos felizes entende? ele fala e continua suas pinceladas e eu estou tentando pintar algo em um papel na mesa 

Eu sei Du, mas o problema é que a culpa não é nossa ... olho para ele, que está sério me analisando 

Quando se quer muito algo, nada nem ninguém pode tirar de você ou impedir você, lembre-se disso ele me fala sério, até sinto um arrepio. "

Ele disse isso tão sério nesse dia, mais eu entendo o que ele queria dizer, mas mesmo assim não é tão simples. Chego na aula e me sento, me lembro que também riamos muito durante a pintura:

" – Ok você está muito seria se solte vai, preciso captar seu sorriso perfeito ande – me diz, mas eu estou tímida hoje, oh céus

 – Aí Edu eu não sei isso é meio novo para mim, posar e tal – ele ri 

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