Esquecendo por um momento.

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Nós dois ficamos olhando enquanto Ernest voltava para o apartamento, com uma expressão nada feliz no rosto.

Me sentindo um pouco mais ousada por causa da bebida, que ainda não saiu totalmente do meu sistema, encaro Bryan e o questiono.


-O que é que você está fazendo aqui ? E como diabos foi que você me encontrou? - Pronuncio essas perguntas em alto e bom som.


-Você está saindo com aquele babaca? - Ele questiona ignorando totalmente minhas perguntas.

E senhor amado, se tem uma coisa que eu odeio mais do que ser ignorada. É ser ignorada.

-Você não respondeu as minhas perguntas! - Digo de forma rude e impaciente.

Não sei o porquê, mas estou morrendo de vontade de socar esse rosto lindo dele.


-Voce sabe muito bem porque eu estou aqui Clara! Eu disse que viria mesmo que você não me desse o endereço. Existem várias maneiras de se encontrar uma pessoa.

Eu hein!

Acho melhor eu fugir enquanto é tempo.

Quando eu não retruco nada de volta, ele me olha e claro que nota que estou o encarando de forma esquisita.

A verdade é que sempre o achei meio estranho, algumas atitudes dele são questionáveis e suspeitas. Mas porque eu não me afasto? Essa é a grande questão.


-Enfim, vai aceitar a carona ou prefere ficar aí parada? - Pergunta impaciente.

- Você não estava até agora brigando para me levar embora? Porque se tiver mudado de ideia eu posso ir com o Ernest. - As vezes algumas provocações caem bem.

É impagável a cara que o Bryan faz, quando me escuta dizer tal coisa.
E eu sorrio internamente.

Bom é inegável que ele ainda sente ciúmes de mim.


- É claro que eu vou te levar, só não quero ficar a madrugada toda aqui parado no meio da rua. Então se puder agilizar essa parte, eu agradeço.

Tão doce ele.

Bom é agora ou nunca. Eu vou embora e esqueço que um dia eu tive um carro. Ou eu peço ajuda dele para tentar encontrar aquela lata velha. Com todo respeito carrinho.

-Perdi o meu carro em algum lugar. - Disparo sem nem pensar.

Ele é velho, mas é meu! Se eu não encontrar vou ter que ir fazer uma denúncia de roubo.
E eu odeio ter que fazer coisas desse tipo.

Mas, Bryan faz uma careta engraçada, quase como se fosse realmente começar a gargalhar. Tenho certeza que o motivo de chacota sou eu.


Lanço um olhar desagradável em direção a ele, para mostra que não estou gostando nada do que está acontecendo.

- O que é tão engraçado ? - Questiono.

-Na verdade, querida. Mandei sua lata velha de volta para o seu apartamento. Aquilo era um perigo para as pessoas que passavam por ele.


Odiei a forma como ele falou do meu carro e minha expressão deixava isso bem claro. Quem ele pensa que é para dizer isso, só porque tem dinheiro e tem esses carrões de luxo.

O meu é velho, mas me leva para onde eu quero. Ou quase sempre leva... Mas isso ele não precisava saber.


-Meu carro pode ser bem inferior ao seu, mas também me leva para os lugares que preciso. Fora que ele já faz parte da família, então não admito que o insulte desse jeito!

Apaixonada por um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora