Apaixonada por um CEO

Mais recordações.

Eu desejo mais que tudo recordar desses detalhes da minha vida, só que ficar relembrando essas coisas me deixa exausta, mesmo que eu esteja dormindo ou coisa do tipo. Essas lembranças sugam muita energia. Quando forço bastante para lembrar alguma coisa do passado, é como se desse uma pane na minha cabeça e eu apago completamente, esses momentos me apavora mais que TUDO, pois não consigo escutar nada à minha volta, nem um movimento sequer no quarto, é um completo vazio e um silêncio absoluto. Tem vezes que acho que não conseguirei mais voltar, são nesses instantes que eu me esforço para recobrar a consciência. Não posso deixar o vazio me levar embora.

Sinto uma pontada forte dentro da cabeça, como uma enxaqueca infernal, e sei que outra lembrança ameaça de chegar. Eu estou cansada, mas não é como se eu conseguisse evitar que elas cheguem, tudo que eu posso fazer é esperar pelo momento que elas vão embora.

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-Então me conte sobre você. Pergunta o homem a minha frente. Esse que eu reconheceria a quilômetros de distância. Mas a Clara desse dia está desconfiada, apreensiva e posso dizer que até mesmo um pouco com medo.

-Eu não tenho nada para contar, sou apenas uma mulher que quer conhecer o mundo só isso. Eu pareço insegura e meus olhos brilham de nervoso. Da pra ver que não estou nada confortável com o rumo da conversa.

-Porque será que eu não acredito. Diz o homem.

-E porque será que eu não me importo. Retruco desinteressada.

Caramba tinha me esquecido de como eu era um pé no saco nessa época.

-E porque será que eu não me ofendo com suas grosserias? Ele diz sorrindo.

-Ta já chega estamos parecendo duas crianças... E cadê nossas bebidas que não chegam? Pergunto impaciente.

Nesse dia eu estava em algum tipo de bar sofisticado, para essa gente cheia de frescuras. Eu ainda me lembro de me sentir deslocada no jantar e ainda mais inapropriada nesse bar. Caramba bar tem que ter aspecto de bar e não de um salão de festas cheio de Mimimi

-Calma já vai chegar gatinha! Ele diz sorrindo, por um momento eu havia perdido o foco, quando olhei para aquele sorriso, e para aquelas covinhas encantadoras.

-Apreciando a vista? Ele diz orgulhoso.

-Até parece! Murmuro.

Nossas bebidas chegam e por um momento ficamos em silêncio, apenas degustando do champanhe caro que ele fez questão de comprar. Eu queria mesmo era uma tequila bem forte, mas fazer o que ne, esses riquinhos bestas não sabem beber.

-Que tal se a gente fizer um jogo. Ele propõe todo feliz. Eu apenas reviro os olhos.

-Se envolver algum assunto sexual eu estou fora... muito obrigada. Digo mexendo minha taça quase vazia.

-Ah que pena... você acabou com todas as minhas esperanças agora.

Sua cara de coitado quase me faz cair da cadeira de tanto rir.

-Tá fala logo que jogo é esse... digo bebendo o restante do champanhe. Bryan não perde tempo e a enche novamente.

- Eu faço perguntas pra você de qualquer gênero, tanto pessoal quanto profissional, as que você não quiser responder terá que virar a taça de champanhe toda de uma vez só , o mesmo vale para mim. Vamos estipular 10 perguntas para cada um, mas poderemos pular somente 5 delas. Você pode começar fazendo a primeira pergunta se quiser.