17. O Divórcio

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Haroub ajuda Abla a fazer-se a cama, mas ele não a dizia nada. Era óbvio que algo aconteceu. A sua cara estava cheia de pontos de exclamação e palavras não ditas. "O que se passa , haroub. Estas as assustar-me. "

*****
O que lhe preocupava não eram os negócios que foram mal, nem era de isso que o seu pai queria falar.
'É a reputação da nossa familia em linha, esta familia vem a ser honrada à varias gerações.' Ele ainda ouve o seu pai dizer. 'Você é homem certo para o trono, eu o escolhi como o meu sucessor. Mas lideres começam dentro de sua propria casa e depois a comunidade. Por isso eu e a sua mãe tomamos a liberdade de escolher para ti uma segunda esposa.'

Quando o seu pai falava, Haroub ficou mudo. Talvez ele tenha concedido esse tipo de liberdade por parte seus pais. 'Você escolheu uma esposa para ti e nos aceitamos, so apenas pedimos que aceite a esposa que escolhemos para ti.'
Pais sabem melhor, ele pensa "Quem seria ela?" Ele não pode deixar de perguntar.

"Latifa." A sua mãe disse. "As nossas familias sempre foram amigas a vários anos, ela é uma boa muslima, religiosa e muito bonita. Teriam filhos lindos." e não pintados como os que a Abla o daria.
Mas se ele não podia manejar uma única esposa, consegueria duas?
Ele preferia divorciar Abla a ter de se casar com outra por pura conveniência. Um amor não cura o outro.

"O que nos dizes? Podemos proceder om a negociação?" O pai de Haroub pergunta.

"Eu acho que a opinião da minha actual esposa conta mais do que qualquer coisa." Haroub diz e levantasse retirandosse do compartimento antes que eles comecem a fazer novas propostas, não tinha nada para ouvir ali.

*****
Divórcio era uma optima solução. Ela já a vem o implorando para que faça isso, para que diga três vezes as palavras que a livrará dele; pois depois de tamanha obscenidade que cometera não haveria juiz que aceitaria um letigioso. Ninguem a daria liberdade para cometer mais obscenidade, não havia pior pecado em casamento do que adultério, com direito a ser apedrejado até a morte.

Abla estala os dedos em frente dos olhos dele para que ele acordasse do transe. "Estas bem?" Ela pegunta.

"É que..." Ele diz e ri abafadamente. "Você esta a agir tão amável, que eu estou com medo."

"Yeah, eu guardei uma faca em baixo da minha almofada." Abla diz sarcástica e ri-se. "Eu normalmente fico preocupada quando alguém age mal comigo."

"Sempre foste tão malvada comigo que quase que não acredito."

"Para a tua informação eu sou muito amável. Todo mundo sempre disse que eu sou." Abla sorri.

"Tá bom, eu acredito em ti." Ele diz abanando a cabeça. "Agora eu tenho medo de te deixar sozinha."

"Porque?" Abla diz num sorriso abafado.

"Eu apenas deixei a casa por cinco minutos e você já estava incendiando ela e desmaiando pelos cantos."

"Que exagerado!" Abla ri-e. "O que tu sugeres? Que tem me mantido viva todo este tempo?"

"Eu não ia dizer isso, mas já que mencionaste. " Haroub brinca. "Eu sou como um herói nesta estória."

MIL E UMA NOITES no deserto (inter-racial)Onde histórias criam vida. Descubra agora