- Mãe, por favor, eu vou mudar.- Peço juntando as mãos e fazendo biquinho.
- Eu não vou mais cair nessa Alice.- Ferrou, a coisa tá feia, ela só me chama pelo nome quando está com raiva.- Não adianta você retrucar, nós iremos e acabou.
- Ahh.- Grito de frustração.- Você me odeia mãe.- Jogo contra ela, isso sempre funciona.
- Não vou mais cair nas suas.- Ela fala visivelmente triste.
- Desculpa mãe, por favor.- Peço quase chorando.
- Chega, já dei várias chances a você.- Ela diz e sai do quarto.
Me jogo na cama e abafo meu grito no travesseiro, o que eu irei fazer lá? Eu odeio aquele lugar, aquilo não é pra mim, sem sombra de dúvida.
Já sei! Irei falar com o meu pai, talvez ele me ajude, se é que ele não está nessa com a minha mãe. Que droga, eu odeio isso, eu não fiz nada de mais.
Depois de muito tempo deitada e mexendo em meu notbook, sai do quarto e vou para a cozinha, onde a Vanuza ainda esta colocando a mesa.
- Nem pense.- Diz minha mãe entrando na cozinha.
- Eu não ia falar nada.- Minto.
Mas ela sabe que eu iria reclamar a Vanuza pela demora, me sento na cadeira e fico esperando que ela termine, minutos depois, ela coloca a última travessa na mesa e nesse mesmo instante, meu pai chega.
- Papai.- corro até ele e o abraço.
- Oi amor.- Ele diz beijando o topo da minha cabeça.
- Vamos jantar paizinho.- Digo o puxando nem esperando sua resposta.
- Ih, aí vem coisa.- Ele diz rindo.
Meu pai sempre fica do meu lado, a minha mãe que sempre me implica, dizendo que eu sou mimada demais, onde já se viu? Eu? Mimada?
- Pode ir começando.- Ele diz depois que todos nós nos acomodamos na mesa.
- Não dê ouvidos a ela Sebastian.- Diz minha mãe olhando feio pra ele.
- Pai, tira essa idéia maluca da cabeça da minha mãe.- Peço piscando meus olhos inocentemente.
- Não posso amor, dessa vez eu tenho que concordar com a sua mãe.- Ele diz e posso ver que está com o coração na mão.
- Pai, por favor.- Finjo está chorando.
- Filha eu...- Ele deixa a frase no ar.
- Meu único pai, o único da face da terra, o meu amor. Vai pai.- Faço biquinho, esta funcionando, ele está quase cedendo.
- Ally, tente entender.- Ele diz olhando fundo nos meus olhos.- Eu te amo, e é por isso que eu estou concordando com a sua mãe.- Ele diz sério e essa sua posição, é desconfortável, se a minha mãe não tivesse feito a cabeça dele, eu iria conseguir convencê-lo.
- Viu Ally? Agora está confirmado, iremos partir amanhã a noite.- Diz minha mãe e eu faço cara feia.
- Por favosinho?- Me ajoelho no chão e junto às mãos.
- Chega Ally, isso é para o seu bem, dois meses fora das redes sociais, não vai matar você.- Ela diz agora séria.
- Ahh, eu odeio isso.- Grito de frustração e saio como um furação da cozinha.
Dois meses longe da minha vida, dois meses longe da cidade, não vou aguentar, quero ficar com o meu ipod, e nem isso eu vou ter direito quando eu estiver lá, eles querem ferrar com a minha vida, e estão conseguindo.
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Meu Cowboy
RomanceAlice é uma garota muito mimada e é arrastada por seus pais para passar dois meses na fazenda dos seus avós sem nenhum tipo de tecnologia, tendo que se adaptar aos costumes de lá. Ela cria ódio pelo zelador e para ele não é diferente, já que ele ode...