Capítulo 18

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- Amor? - Chamo por Charlie, que está sonolento ao meu lado.

- Diga, querida.

- E seus pais? Eles estão vivos? - Espero não ter tocado em nenhuma ferida do coração de Charlie.

Ele abre um sorriso encantador e afaga meus cabelos.

- Eles são ótimos! Moram em Curitiba, apenas os dois. Mas creio que são muito felizes assim.

Sorrio, imaginando os pais dele. Devem ser pessoas esplêndidas

 - Eu gostaria muito de conhecê-los. - digo, encarando seus olhos.

- Mesmo?! - Ele parece surpreso. Nunca deve ter apresentado ninguém a seus pais antes. Pelo menos, é o que eu suponho.

- Claro! Tem algum problema nisso?

Ele pula do sofá, com um grande sorriso no rosto.

- Lógico que não. Eu acho isso perfeito, Mary! Eles vão amar você.

Coloco um sorriso no rosto e me levanto, aproximando-me dele devagar.

- Vão me amar mais do que você me ama? - Falo em seu ouvido e logo senti suas mãos rodearem minha cintura e me abraçarem forte.

Charlie deposita beijos no meu pescoço até o meu ouvido, e então fala:

- Nunca ninguém vai te amar como eu te amo. - Ele mordisca o lóbulo de minha orelha e roça seu nariz em meu pescoço, me causando arrepios mais do que o normal.

Uma eletricidade anormal percorre meu corpo. Onde sou tocada por ele, sinto um choque altamente carinhoso. Não posso mais esperar. Preciso beijá-lo. 

Pego em sua nuca e o puxo mais para mim, enrolando meus dedos em seus cabelos sedosos e perfeitos. Nossos lábios se tocam e eu sinto uma explosão de sensações tomarem conta de mim. Ele explora minha boca, parecendo querer guardar todos os seus segredos nesse beijo.

- Você me tira do sério. - Ele sussurra junto a minha boca e eu dou um leve sorriso.

- E isso é bom, não é? 

Ele faz uma careta divertida e me dá um beijo na testa.

- É ótimo. 

Ficamos ali por mais algum tempo, antes de eu conseguir adormecer em seus braços. A dor em minhas pernas, já não era mais tão intensa e os braços de Charlie melhoravam qualquer coisa.


[...]


Acordo com vários beijos no pescoço. Ele sabe mesmo como me deixar de bom humor logo pela manhã.

Espere...manhã? Eu devo estar atrasadíssima!!

Pulo da cama e Charlie começa a rir do meu desespero.

- Que horas são?! - Digo, preocupada.

- Onze horas.

Arregalo meus olhos. Como pude dormir tanto? Preciso me apressar se eu quiser chegar no trabalho antes que as pessoas notem que eu não estou lá.

- Preciso me arrumar. Meu Deus! Charlie, eu...

Ele chega perto de mim e tapa minha boca com a mão. Ele me dá um sorriso terno e solta um longo suspiro.

- Relaxe, querida. Já liguei para seu escritório e disse que você não estava passando muito bem.  - Ele explica tudo calmamente, sem deixar que eu fale nada, e, só depois que termina, tira as mãos de minha boca.

Escrito pelo Destino.Onde histórias criam vida. Descubra agora