Mexendo na onça com vara curta

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Sophia

 Sai do auditório em direção ao carro gargalhando. Íamos em direção ao Ranger preto quando parei no meio de estacionamento. Automaticamente, os seguranças também pararam. Apontei pra onde meu possante estava estacionado.  

- Meu carro. – Vi a cara de surpresa do James quando bateu o olho no meu Impala 1967.

- Você absolutamente, não está dirigindo isso. – Ele disse espantado.

-Estou sim, e em breve ele estará idêntico ao Impala do Dean. –Disse rindo e cheia de orgulho do meu bebê.

- Essa lata velha? – Ele disse me arrastando em direção ao Ranger. –Me dê as chaves.

Imediatamente dei, com a gente funcionava assim, ele falava eu imediatamente obedecia.

- Por favor, não se desfaça dele, demorei muito pra encontra-lo. – Pedi com a voz embargada, se ele achasse que o carro não servia pra mim, ele se desfaria dele. Simples assim.

Ele jogou a chave pra um dos motoristas.

-Leve esse monte de ferro velho pra garagem do nosso apartamento. - Suspirei de alívio por que meu lindo Impala não teria um fim drástico, ainda não. - Viu, como eu posso ser razoável?

-Obrigada. – Agradeci, me mordendo de raiva por ele ser tão autoritário.

Nos acomodamos no Ranger, ele em nenhum momento soltou minha mão.

O carro seguiu rumo a mansão dos pais dele.

- Você vai ficar na mansão, ou no seu apartamento?

- Ficarei no "nosso" apartamento. Mas nos veremos diariamente.

- Não sei se será possível. A não ser que você vá todas as noites na casa da sua mãe. Você sabe, com a faculdade quase não terei tempo livre. – Lancei essa pra voltar ao assunto "não leve essa coisa de faculdade muito a sério".

- Eu sei o que você está tentando fazer, não vamos falar sobre isso no momento. Iremos falar quando chegarmos em casa. – Fodido, ele me conhecia bem. Olhei pra janela e esperei chegar. Não adiantaria insistir no assunto.

Percorremos o restante do caminho em silencio, ou quase em silêncio. Comecei a estourar bolinhas de chiclete, quanto mais ruidoso, melhor.

- Não tente. Você não irá me tirar do sério. – Ele murmurou bem baixinho, concentrado em seu celular.

Eu comecei a mascar o chiclete de forma mais ruidosa ainda e nojenta. Enrolava o chiclete no dedo, depois mascava e estourava. Por mais que ele tentasse manter a pose de controlado, no fundo estava o irritando.

Assim que o carro parou em frente à casa, abri a porta e desci.

Fui pra dentro e subi até meu quarto. Tenho que guardar forças para o confronto.

Esperei, esperei, esperei. Cerca de 1 hora depois desci até a sala onde estavam James e Tio John.

- Adivinha baby. - James me brindou com um lindo sorriso. – Mamãe está cozinhando pra gente, não é maravilhoso? - Ele estava animadinho de mais pro meu gosto.

- Ô, nem sei como controlar minha felicidade. – Dei um soquinho no ar.

-Senta aqui baby. – James sempre foi extremamente pegajoso. Não ele não tem problemas com toques e demonstrações de afeto. Nunca teve.

Sento e eles iniciam uma conversa interminável sobre negócios. Fico lá, olhando meu Facebook e conversando com as poucas amigas que fiz no ensino médio. James de vez enquanto olha a tela do meu celular. Ele não entende essas coisas de privacidade.

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