Passaram 2 dias desde o nosso término, parece pouco mas sinto como se fosse anos. Nem o Matt eu vi mais, ele até me mandava sms, mensagens nas minhas redes sociais, mas eu o ignorava. Não queria falar com ninguém.
Não vi Lukas, nem Carol, nem Daniel, nem Léo, nem Paulo. Ninguém, aquele mundo feliz em que eu vivia morreu. Agora só saio de casa para o trabalho, do trabalho para casa.
Uma vez quando estava a caminho do trabalho, vi um garoto parecido com Lukas, mas quando o toquei vi que não era.
Minha rotina se baseia em 5 coisas: trabalho, comida, dormir, chorar e comédia romântica.
Eu já ganhei 1,5 de peso, nada que me importe. Afinal não sou nenhuma garotinha fitness nem nada assim.
Tou vomitando muito ultimamente, com certeza é por causa da minha má alimentação.
Escuto batidas na porta e vou atender. Era Matt. Ele estava com alguns machucados, será que ele apanhou de alguém?
- Matt, o que aconteceu com seu rosto? - perguntei.
- Nada demais. Eu vim aqui por outro motivo. - ele falou entrando.
- Então diz. Não vejo nada que possa ser mais importante que isso.
- Sabe que sou seu amigo desde a escola né? Posso confiar em você mesmo?
- Claro que sim, diz logo tou nervosa. - falei sentando.
- Espero que você não me julgue. É que... Sabrina eu sou gay. - começou a chorar.
- Oi? Não pera, eu escutei direito?
- Sim, eu sou gay Sabrina. Olha tenho que te contar outra coisa...- fez uma pausa. - eu não posso dizer quem é. Mas tem uma pessoa que quer você longe do Lukas. Essa história toda de gravidez, é mentira. Ele tá sofrendo por não poder estar perto de você gata.
- Matt você bateu a cabeça né? Só pode...
- Não, eu tou falando sério. Sabrina acredita em mim. Eu juro como é verdade. Essa pessoa tem uma paixão platônica por Lukas, disse que é capaz de matar por ele. Me forçou a te beijar e tentar transar com você. Ainda bem que não quis.
Eu não conseguia falar nada. Corri pro banheiro e comecei a vomitar. Matt veio e segurou meus cabelos. Quase sinto cuspir minha alma dali.
- Desculpa Sabrina. Eu não quis mentir pra você. Eu só não quis morrer.
Matt ainda chorava. Suas palavras pareciam sinceras.
- Matt o que você vai fazer? Você não podia se arriscar.
- Oh linda, eu vou pra outro estado. Consegui dinheiro. Vou morar com minha Tia.
- Ai Matt. E quem é essa pessoa? É homem ou mulher?
- Não posso dizer, só o tempo vai te responder. Preciso ir. Tchau. - beijou minha cabeça.
Escutei a porta batendo. Chorei muito sem saber o que fazer. Se eu tentar ficar com Lukas ele ou ela pode me matar. Ou pior, matar o Lukas.
Tirei minhas roupas e fui tomar um banho bem demorado.
Fui até o quarto vesti uma roupa qualquer e corri para casa de Lukas.
Toquei a campanhia várias vezes até Lukas atender.
Assim que ele abriu a porta, sem dizer nada o abracei, como estava com saudades disso.
- Lukas preciso falar com você.
- Não dar vai embora. - Lukas quem tá na porta.
Vi Carol apenas de calcinha e sutiã abraçando Lukas. Senti nojo, logo soube que ela fez tudo isso.
Minha vontade de rasgar ela toda veio a tona. Afastei Lukas e comecei a esmurrar a cara de Carol sem dó algum. Na escola sofri bullyng então tive que arranjar alguma forma de me defender, fiz aula de box por um ano. Serviu pelo visto.
Carol desmaiou e eu fui tirada de cima dela.
Lukas olhava para mim. Achava que eu não sabia bater em ninguém pelo visto.
- Onde aprendeu a fazer essas coisas? - ele perguntou.
- Depois explico. Agora me ajuda amarrar essa coisa antes que ela acorde. - falei friamente.
Minutos depois Carol já estava presa com cordas. Ela começou a acordar e se debater.
- Conta tudo agora vadia. - eu disse.
Carol olhou para mim com desprezo total e cuspiu no meu rosto. Limpei com as mãos e passei no cabelo dela.
- Desgraçada. - não aguentei e chutei o rosto dela fazendo ela desmaiar de novo.
1 hora já se passará, pelo visto ela ia dormir o resto da noite. Mas só pra ter certeza peguei remédios para dormir no armário do banheiro e dei a ela.
(Nunca Mecham com Sabrina, ela é bem violênta)
