Minha mãe estava presa em cativeiro e sedada, o que não ajudava muito no caso de uma fuga. Aquele imprestável me deixou sair, mas se eu contasse à alguém ele ameaçou a matar eu, minha mãe e Lukas, eu não sabia o que fazer ou pra onde correr, então o máximo que eu ia conseguir era obedecer as ordens desse porco imundo.
No começo ele pedia apenas para que eu fosse aos roubos da tal gangue dele para avisar se vinha alguém, logo depois as coisas foram se complicando. Eu comecei a receber drogas e conferir o carregamento, depois comecei a enviar, e dentro de uma semana e meia eu já estava completamente envolvida nessa merda toda.
As brigas entre eu e Lukas eram incontáveis, eu estava ao lado dele, mas ao mesmo tempo, não estava. Até que foi o fim para ele.
Dias atuais...
Eu estava perdida e desolada, pedi demissão do meu emprego e aluguei uma casa pequena um pouco mais longe, mas era o suficiente para mim naquele momento.
Os dias passavam como vento, eu cada vez mais envolvida nessa merda, minha vida de "princesinha" tinha mudado. Eu não me reconhecia mais.
As vezes eu conseguia falar um pouco com minha mãe, ela mal ficava acordada, estava a todo tempo dopada em uma cama desconfortável. Passei por sua porta que ficava sempre aberta, fechei e sentei num banquinho que fica ao lado da cama. Segurei suas duas mãos e beijei cada uma delas, ainda tinham o mesmo cheiro de quando eu era criança.
-A gente vai sair dessa, eu prometo. -as lágrimas eram inevitáveis.
Ouvi o barulho de palmas lentas.
-Owwn, que lindo, agora pro trabalho garota.- o filho da puta falou num tom sarcástico.
Aos poucos fui me levantando e retomando minha posição ali.
Pov. Lukas
Eu já não tinha controle do meu corpo, eu estava todas as noites exceto hoje em baladas e bares tentando afogar minhas mágoas em qualquer piranha que eu encontra-se. Eu realmente tinha ligado o foda-se e minha vida era so curtição agora, como eu consegui perder tanto tempo com uma garota daquelas? Que nem gostar de mim gostava! Desconfiava de mim sempre, não tinha confiança para contar a porra do seu segredinho. Que tipo de pessoa faz isso? Brinca com os sentimentos do outros e não liga para nada.
-Pega põe gelo nisso. -disse daniel, estendendo o braço com algumas pedras de gelo num pano.
-Não preciso disso.
-Cuida antes que fique inchado.
Peguei o pano e botei em cima do olho.
O porque eu estar assim? Não faço ideia, eu não tinha bebido ainda mas minha cabeça doia tanto da noite passada que eu não tentei entender.
Tomei um banho e fui comprar bebida de novo. Como o mercado era perto dava pra ir a pé, catei os chinelos e fui.
No meio do caminho na volta eu juro ter visto ela, mas eu via ela em todo lugar e era apenas mais uma estranha que eu associava a ela. Sentei na ponta da calçada e continuei olhando enquanto bebia vodka.
Quando a garota virou reconheço ela realmente se parecia com Sabrina. Esfreguei os olhos para ver melhor e lá não tinha nada quando olhei de novo. Mais uma vez... apenas uma ilusão.
Pov. Sabrina
Se esconder de Lukas a cada vez que ele aparecia era uma tarefa difícil, parecia que ele estava a cada esquina que eu virava, ele adivinhava quando eu tinha que fazer algum "serviço" ou coisa do tipo?
Meu peito subia e descia a todo tempo com o medo escorrendo em meus dedos e testa em forma de suor, só de ver ele a poucos metros de mim de novo.
Senti uma mão me puxando e logo depois me abraçando, era Carol. Retribui o abraço.
-Ainda bem que você ta viva, vem preciso falar com você.
Sem que eu dissesse nada Carol me puxou e saimos correndo dali. Chegamos até um beco e paramos.
-Escuta, não faz nada do que ele te pede ta, eu já sei o que fazer.
Eu escutava cada parte do "plano" de Carol com atenção, não seria nada fácil, mas eu preferia tentar do que deixar tudo ficar pior do que já está ou continuar com isso.
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Acho que em dois ou três capítulos a fic acaba, aproveitem...
