Seis meses depois
Nós sabíamos que Leandro estava a nossa procura, mas como não tínhamos dinheiro o suficiente para todos saírem de Goiânia novamente e com o bebê da minha mãe recém nascido, então não era escolha ficar no estado.
Hoje moramos numa casa linda que alugamos temporariamente, os vizinhos são ótimos, e juro que se não estivesse fugindo de um maníaco eu até podia morar aqui com minha mãe, meu irmãozinho, Carol e seu namorado.
Observando pela janela eu via as pessoas ir e vir para lá e para cá o dia todo, uma garota com uma caixa enorme me chamou atenção, talvez eu tenha simpatizado com alguém depois de tanto tempo. Andei até a porta da frente abri e ofereci ajuda. Afinal, o fardo não é tão pesado quando muitos carregam.
- Obrigado pela ajuda com as caixas. -disse a garota de cabelos castanhos.
- De nada.
- Como é seu nome?
- ah, Polyana. -Sim, dei um nome falso, mas com tudo que o Leandro fez comigo e minha família já não confio mais em ninguém.
- O meu é Lavínia, sei que não perguntou mas ne... Você é nova por aqui? Eu nunca te vi antes.
- É, acho que sou, faz 3 dias que me mudei.
- Que estranho, não notei nenhum caminhão de mudança.
- É que a gente não gosta, acho melhor eu ir, tchau.
- Tchau, a gente se ver por ai.
Concordei com a cabeça e segui de volta para casa.
Quando anoiteceu eu sentei na calçada e fiquei observando o movimento novamente. E quando eu menos esperava a garota passou de novo, não sei se era alguém que Leandro mandou para me vigiar ou algo do tipo, mas quem quer que fosse eu ia descobrir essa noite.
- Oi Polyana, eu queria saber se você tem planos para hoje a noite.
- Na verdade eu não tenho, e então aonde vamos?
- Ah, eu vou passar em casa para ver meu irmão que chegou de viajem e vou saber se ele quer vir também, e depois passo aqui pode ser.
- Faz assim, vou me vestir e depois eu vou pra lá.
Ela concordou e assim fiz. Em 15 minutos estava esperando ela em frente sua casa.
- Polyana esse aqui é meu irmão, Lukas.
