POV. Sabrina
Depois de tudo que rolou, nos não voltamos mais no assunto. Hoje teria uma festa que acho que não vamos. Afinal, o clima não tava um dos melhores.
Eu consegui convencer Lukas de não chamar a polícia, e nesse meio, Lukas ficou puto comigo.
Eram 14:30 da tarde ainda então não tinha muito o que fazer. Tomei um banho rápido, vesti um shorts branco e uma blusa amarela, botei um pouco de dinheiro nos bolsos e sai.
Eu não era obrigada a ficar ali, sem falar ou fazer nada. Então acho que dar uma volta pode ser uma boa opção.
Vou andando na calçada me distraindo com uma pedrinha, até que olho para frente e vejo Carol sair de uma casa branca enfurecida. Ela olha para mim e desvia o olhar.
Se ela quer tanto meu mau, por quê não fez nada agora? E de quem seria essa casa?
Minha consciência dizia: não faz isso. Mas minha curiosidade era maior.
Na minha estupida tentativa de subir no portão e ver quem estava ali, cai de costas do chão, e acabei fazendo muito barulho.
Senti umas mãos leves me ajudando a levantar e antes mesmo de conseguir ver quem era já estava correndo junto com a pessoa. Ou melhor, sendo arrastada!
Entre um beco e outro eu finalmente consegui parar. De meus chinelos, apenas um sobrou. Minha blusa estava um trapo, rasgada a manga e em outras partes. Meu shorts estava sujo de terra.
Olhei para a pessoa que tinha feito isso comigo, e vi que era ela. Aquele seria meu fim? Num beco vestida em trapos? Eu não aceitaria morrer assim. Comecei a tentar gritar e a tentar correr, Carol me segurou e tapou minha boca.
Era agora, minhas memórias de infância vieram na mente, eu realmente estava ali para morrer. Tentei aplicar algum golpe, coisa que não ajudou porque ela me segurou com mais força ainda.
Por quê ela demoraria tanto para fazer uma coisa que a um dia atrás daria de tudo para fazer?
Aos poucos ela foi me soltando. Tirou um canivete do bolso de trás do shorts e foi andando até a entrada do beco de onde entramos.
Seus movimentos eram cautelosos e precisos.
Continuamos andando até eu finalmente chegar na casa de Lukas.
- Por que não acabou comigo quando teve chance?- Perguntei.
- Porquê eu te amo. Não anda mais por ali, as pessoas podem te machucar de verdade. Tchau Sá!
- Tchau.
As palavras podem ter sido poucas, mas só de saber que ela não quer me fazer mal, já é um grande alívio.
Abri a porta e todo mundo correu, todos falavam ao mesmo tempo e eu não entendia quase nada.
Lukas beijou o meu rosto todo.
- Ai anjo, eu tive tanto medo.- Lukas disse.
- De que?
- Ta doida, a gente pensou que tinha acontecido alguma coisa louca.- Daniel disse.
- Mas eu só sai por uns minutos, acho que nem por 2 horas.
- Amor, já ta de madrugada.
- Que? Ta louco? Não ta não.
Olhei na janela e realmente estava a escuro. Quantas horas eu havia passado ali?
Depois de muitas explicações, consegui finalmente tomar um banho e relaxar.
{Como eu disse, quarta. Chegamos a 5K vocês não sabem o quanto eu tou feliz, muito obrigado a todos que tiraram um pouco do seu tempo pra ler aqui ♡ amo tds, até domingo ou segunda.}
