Uma semana atrás...
Fui algumas vezes no mesmo local, e nunca ninguém estava lá. Tentei ficar o mais longe possível da casa. Ninguém entrava, ninguém saia. Isso já estava me dando nos nervos. Dessa vez eu ia fazer diferente.
Lukas já dormia do meu lado a mais de uma hora, era minha chance de sair no meio da madrugada.
Eram pouco mais de 4:00 horas da madrugada quando eu já estava vestida e pronta para ir.
Entrei em um rua e outra até chegar ao local, parei na mesma árvore de sempre e subi até sentar no galho mais forte dela.
As luzes da casa estavam ligadas e não apagadas como sempre. Alguns barulhos davam para escutar, e era como se alguém estivesse quebrando vidros no chão. Alguma coisa não estava normal.
Desci da árvore e fui até lá, agora eu conseguia ouvir uma voz alterada. Pulei o portão com o máximo de cuidado que consegui.
Olhei pela fresta da janela e eu so conseguia ver o mesmo homem do outro dia andando de um lado para o outro como se estivesse irritado.
O mesmo frio que senti na barriga naquele dia, senti na hora que ele olhou para a janela em que eu estava como se soubesse que eu estava vigiando ele. Me abaixei para que ele não me visse mas foi em vão. Ele realmente tinha me visto.
O homem alto abriu a porta e deu de cara comigo, e como se eu fosse uma pena ele me puxou pelo braço e me empurrou para dentro da casa. Não tinha muita coisa ali além de móveis velhos.
Olhei para trás e vi Carol com os olhos vidrados em mim como se eu fosse algum bicho que ela jamais tinha visto antes e a qualquer movimento eu podia destruir tudo que via pela frente.
- Deixa ela. -Carol falou.
O homem permaneceu em silêncio.
- Por favor, ela não tem nada haver com isso.
- Agora tem. E você sai daqui. Quero ficar so com a princesinha.
- Desculpa. -Carol sussurou como se fosse culpada de tudo.
A menina dos cabelos castanhos saiu pela porta o mais rápido possível.
O homem escroto e fedido veio até onde eu tava e segurou com força meu pescoço. Eu tentava respirar mas a cada vez que eu tentava ficava mais difícil.
- E então, o que a mocinha quer aqui? -sorriu e me soltou.
Eu tossia como um cão engasgado.
- Nada. -depois de algumas tentativas eu conseguir falar.
- Eu acho que não, se quiser trabalhar pra mim, esquece, já tenho gente suficiente pra isso.
- Eu não quero, tudo que eu quero é que você deixe a Carol em paz.
- Então você vai trabalhar pra mim.
- Eu disse que não vou.
- Mas vai.
- Você não pode me obrigar a fazer nada.
- Ah, certeza? Acho melhor você ver o quarto.
Eu não ia mover um músculo dali a não ser sair daquele lugar imundo. E de novo eu fui puxada pelo braço.
Ao entrar na sala a imagem a minha frente era uma das mais assustadoras que eu já tinha visto. Minha mãe estava ali deitada numa cama e algemada.
- Amo encontro de família.
Eu corri o mais rápido possível até ele com minhas mãos preparadas para enforca-lo. Mas quando cheguei até ele, ele conseguiu ser mais rápido que eu e me segurar pelo pescoço.
O que aconteceu em seguida foi tão rápido que mal deu tempo de raciocinar. E quando vi já estava com uma agulha enfiada no meu braço e aos poucos tudo foi escurecendo.
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Desculpa pela demora.
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