Fui para o colégio mais cedo, chegando lá, arrumei o pátio com bolas coloridas e o sinal bateu, agora é só esperar Meg chegar. Vimos ela no segundo andar entrando na sala, até que ela saiu com uma expressão estranha e de lá, nos viu.- Agora! - Dei o comando.
- Feliz aniversário! - Todos gritaram em coro.
Megan sorriu surpresa com tudo isso, desceu as escadas correndo e se jogou em mim em um abraço.
- Obrigada! - Ela disse enquanto me abraçava.
- Espero que goste - Entreguei meu presente a ela, ela abriu e se jogou novamente em mim.
Botamos os cordões e depois subimos para a sala de aula.
[...]
De costume, subi direto para meu quarto. Hoje será um dos bailes do colégio, meu traje está bem guardado no armário. Megan marcou de antes do baile, irmos para a casa dela tomar banho de piscina com os meninos.
- Já tá pronta? - Meu irmão disse do lado de fora, a porta estava fechada enquanto eu terminava de me arrumar.
- Quase - Respondi.
- Eu não vou não, pede desculpa pra Megan e fala que eu mandei um feliz aniversário.
- Não vai por quê? - Perguntei.
- Não tô me sentindo bem, acho que tô com febre.
- Tá, toma um remédio.
- Pode deixar.
Terminei de me arrumar depois de uns 20 minutos. Logo, fui para a casa de Megan. Por sorte, o clima estava ameno, nem tão quente, nem tão frio, pessoas andando pra lá e pra cá, um transito horrível (o que não é novidade), bares abertos com caras gastando o dinheiro todo com bebida ao em vez de gastar com coisa melhor; Estava o mesmo de sempre, a mesma cidade sem novidade alguma, apenas com o de sempre. Chegando na casa de Megan, todos já estavam dentro da piscina, menos Ian e Dean, que nem lá estavam.
- Entra Neens! - Disse Joseph sorrindo.
Tirei minha blusa e a joguei no canto. Fui tirando o short, enquanto o tirava escutei uma voz familiar, olhei por cima dos ombros e vi que era Ian. Joguei o short no canto, junto com a blusa e entrei na piscina. Ian estava sem camisa e com uma bermuda preta, seu cabelo caía por cima de seus olhos azuis claros que tinham um brilho fascinante, uma cor mediterrânea. Eu sempre me deparava com seus olhos, não importava quantas vezes mudasse o ângulo, para que direção me virasse. Naquele momento ele sorriu... Não pude deixar de ver como seu sorriso é lindo, fiquei olhando e reparando em como seus olhos brilhavam, eram olhos tão intensos que me prenderam. Não, ele nem se quer notou a minha presença, mas foi aí, neste instante, que meus olhos encontraram os seus. Ele sorriu e acenou com a mão, sorri de volta. Ele se sentou na borda da piscina e logo entrou.
P.O.V Megan
Todos os anos, assim que se aproxima a data do meu aniversário, um monte de pessoas vêm me perguntar o que eu vou fazer no dia, onde vou comemorar e etc. Bom, como esse dia não me agrada nem um pouco, o esperado é que minha reação não seja das melhores. É claro que não vou ofender ninguém com as minhas tentativas de resposta, mas fica difícil convencer as pessoas sobre esse meu gosto atípico, pelo menos para a maioria das pessoas. Gosto de ser lembrada todos os dias, e não somente no dia do meu niver. Gosto das pessoas que mesmo não convivendo diretamente comigo, prezam pela minha companhia. Não quero ser bajulada por ser minha data de nascimento, quero ser procurada por ser quem eu sou. Às vezes fico pensando porque eu não gosto de comemorar o dia que nasci. Pode parecer até contraditório, admito. Mas acho que o problema permeia o fato de EU ser o centro das atenções naquele dia. Pensando assim, acho que prefiro bajular do que ser bajulada. Acho cansativo dizer "obrigada, tudo de bom pra você também" várias vezes ao dia, até mesmo na semana, para os atrasadinhos que apesar de não serem pontuais, ainda têm memória. Uma coisa que acho sacanagem é aquele tipo de pessoa que nunca te liga para saber como você está, nunca conversa com você quando tem oportunidade, vir te dar os parabéns. Não to desdenhando ninguém, mas se pessoas assim não estão por perto quando deveriam, que é no dia-a-dia normal, porque resolvem aparecer só uma vez no ano? E acho que não gosto dessa data também porque é como se fosse um dia normal, nada muda, minha mãe trabalhando, meu pai também, só o que tenho são meus amigos. Nesse ano pelo menos alguma coisa mudou, porque ano retrasado eu fiquei trancada no meu quarto ouvindo música, dormindo, lendo e mexendo no computador, ainda não cheguei a esclarecer o motivo de eu não gostar desse dia, mas um dia eu descubro, de algum modo, de algum jeito, ou talvez, essa opinião até mude.
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O Melhor Amigo Do Meu Irmão.
RomanceO ano quase acabando, Nina, irmã de Paul, conhece Ian que é melhor amigo de seu irmão. E ele foi o primeiro melhor amigo de Nina, o primeiro que ela sentiu uma tentação. Mas tem um problema: Ian a considera uma irmã e Nina quer fazer de tudo pra mud...