Cap. 10

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Oiie gente, só queria agradecer, pk o livro está quase a chegar ás 500 visualizações, e para mim e isso vale muito, por isso obrigada!!! :)

.......

Não podia acreditar no que a médica estava a dizer. Estaria mesmo a falar a sério? Estaria eu curada do cancro? Saltei da cadeira e fixei-a nos olhos com o temor de que tudo aquilo não passasse de um sonho.

-Sim, você ouviu bem, está tudo bem consigo, por isso pode ir para casa - Sorriu-me.

Pois... ela não sabia que ainda à pouco tinha cancro e agora estava... curada? Esta palavra ecoava na minha cabeça. Olhei para o lado e surpreendi-me, a minha tia nem sequer erguia um sorriso de surpresa, estava estática e olhou-me com uns olhos sombrios.

Saímos apressadamente do hospital e quando chegámos a casa sentámos-nos as duas no sofá bege da sala de estar.

-Tia, posso fazer-te uma pergunta?

-Claro, querida.

-Porque não estás surpreendida como eu?

-É difícil de explicar, e acho que ainda não chegou a altura de te dizer - Levantou-se e saiu da sala, provavelmente indo para a cozinha ou para o seu quarto.

Suspirei com o pensamento do que ela me poderia estar a esconder, estava feliz... mas por outro lado não me sentia nada assim, ou fora uma ratoeira ou acontecera alguma coisa de muito esquisito! Estaria morta? Não, acho que não! A minha cabeça ficou por mil e depois lembrei-me de um dos meus sonhos muito esquisitos.

Aquele lobo que me mordera no pescoço era o mesmo que o sonho, e fizera o mesmo que o tal, contudo no sonho eu senti-me livre e agradeci-lhe... Talvez me tenha curado...? Não sei, existem tantas possibilidades irreais.

Levantei-me do sofá e corri para o meu quarto, jogando-me logo de seguida na cama e acabando por adormecer.

...............

Só conseguia ver um par de olhos que me seguia pela floresta, e depois acordei na mesma, toda nua e com arrepios por todo o corpo, uma vez que estava frio. Abracei os braços e escondi os peitos nus. Como fora ali parar? Porque estava nua? Não tinha resposta para nenhuma dessas perguntas, mas sentia-me cansada como se tivesse partido todos os ossos. Encolhi os ombros e estalei-os.

Alô, estás aí? - Ouvi uma voz igual à minha na minha cabeça e assustei-me.

-Quem és tu? - Girei a cabeça e não vi ninguém.

Eu sou tu... - Disse.

-Como é possível? Devo estar a sonhar, e vou acordar até ao momento em que saí do orfanato, nada disto aconteceu! - Gritei para mim mesma, prensando os braços contra os seios.

Ouvi galhos atrás de mim.

Vamos, estás aí toda nua, quer dizer, estamos...! - Disse a minha voz interior.

Corri toda nua, e finalmente cheguei até casa, entrei sorrateiramente e fui até ao meu quarto. Estava toda suja por isso tomei um duche, ensaboando-me muito bem, depois vesti umas jeans de ganga todas rasgadas, uma camisa vermelha e as botas salto-alto pretas. Passei um batom vermelho escuro pelos lábios e fiz o resto de uma maquilhagem muito bonita, mais para esconder uma nódoa negra que tinha ao pé do olho. Peguei na minha mochila e olhei para um despertador na mezinha de cabeceira da minha cama, ainda ia a tempo da escola! Desci para baixo depois de pentear os meus cabelos num risco de lado e segui de imediato para a escola.

Em vez de andar, uma vez que estava atrasada, corri. Corri mais do que alguma vez havia corrido.

Estás aí? - Perguntou aquela voz interior, ecoando na minha cabeça.

Vigiada- (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora