Diciannove

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Penúltimo capítulo. GENTE CHOCADA tá acabando rápido demais. Comentem bastante!!!

 leiam o cap com No Air - Jordin Sparks

-X-

Louis havia pensado. Sim ele havia.

Todos os pequenos momentos ele tinha relembrado, analisado cada detalhe com precisão. As possibilidades quase matemáticas em seu cérebro.

E a conclusão que ele chegou, foi a que o levou ao voo para a Itália em que ele estava. Inventou alguma viagem para seus pais e pegou o primeiro avião que havia disponível. 

Todos os sorrisos, os momentos quentes, os momentos frios... Tudo o levou a pensar que sim, ele estava se apaixonando por Harry, e Harry por ele. Poderia parecer insano, mas ele sentia em seu peito, ele reconheceu a paixão ardente que estava borbulhando cada vez mais forte em si.

Ele simplesmente reconheceu que não dava para evitar mais. Todos os erros já estavam feitos e, agora, está indo em busca dos acertos que só poderão ser completos se Harry estiver juntos. 

Louis não contém o sorriso ao parar no centro da saída de táxis do aeroporto de Roma, segurando com força a alça de sua mochila no ombro e um pequeno pedaço de papel rasgado onde está escrito o nome da rua e o número do apartamento do irmão. O endereço estava no computador de Jay e as senhas dela nunca foram tão difíceis, então...

Assim que consegue um táxi entre o mar de carros e pessoas estressadas ao telefone, ele entrega o pedaço de papel ao motorista e se acomoda no banco, olhando timidamente para os próprios dedos entrelaçados no colo enquanto o taxista careca e barbudo dá partida.

A cidade gigante somente colabora ainda mais para que ele se sinta pequeno, minúsculo. As sombras dos prédios construídos ao longo do trajeto escurecem o carro e fazem com que Louis sinta um pouco de medo. Ele não tem ideia de como as coisas serão e não sabe o que vai encontrar, mas as faíscas da esperança adormecida há muito tempo começam a tomar seu interior e a voz fraca e quebrada lhe diz que tudo pode dar certo.

Yeah, as coisas vão dar certo.

Enquanto houver essa pequena possibilidade, Louis se deixará ser movido por ela.

Já faz um bom tempo que ele não vê Harry e toda a saudade está se tornando quase palpável, aumentando e comprimindo seus órgãos de forma agoniante. Suas mãos estão suando e os cantos de sua boca estão começando a ficar doloridos por conta do sorriso que está carregando nos lábios já vermelhos de tantas mordidas ansiosas. 

Harry. 

Em algumas noites em que chovia muito e os trovões iluminavam o céu escuro de segundo em segundo, Louis se enrolava no cobertor e, nas pontinhas dos pés, atravessava o corredor para entrar no quarto de Harry. Ele dormia na cama do irmão e gostava de cair no sono enquanto se lembrava do dia que fizeram amor e tudo pareceu tão real. As mãos entrelaçadas, os olhares e os gemidos contidos presos no fundo da garganta. 

Todos os movimentos tiveram que ser silenciosos para que Jay e Mark não escutassem; mas não importou muito, até porque sua cabeça gritou o tempo inteiro. Seus pensamentos e sentimentos berraram, e ele se deu conta de que o que sentia por Harry não era simplesmente afeição e atração primitiva no momento em que as pupilas de Harry dilataram enquanto olhavam para ele. Os dedos longos apertaram os seus com tanta força que chegou a doer mais do que o aperto em seu peito.

Podia ser a intensidade do orgasmo o consumindo e deixando seus sentidos letárgicos, mas não... Não era. 

Os sentimentos são recíprocos. 

Kamikaze | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora