Fine (davvero l'ultima)

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Vocês me lotaram de lágrimas implorando *LUIZA, por favor não deixa a fanfic acabar assim!!!*

O capítulo anterior era pra ser o final, mas vi que muita gente não curtiu. Então, esse capítulo é feito para os românticos de plantão que querem o final feliz. 

A música desse último capítulo (de verdade agora) é Jungkook, paper hearts. Você pode não gostar de kpop mas a música é só um cover singelo da tori kelly, então pra vocês que não curtem, não se preocupem. É só vocal com violãozinho.

  — X — 

Louis havia acabado te der sua primeira briga com Tristan. Mais especificamente, sobre adotarem.

Subitamente, o moreno começara a agir estranho sobre, quebrando as esperanças de Louis de se estabilizar, ter uma família. Tristan simplesmente estava hesitante sobre a decisão, e assim, acabaram não se entendendo muito bem.

Agora Louis estava passando as mãos pelo cabelo e subindo as escadas do prédio em que morava. Ele suspirava e deixava o peso da tensão sair de suas costas. 

O pior da situação, não chegava a ser a própria discussão, mas sim o que vinha depois para o menor. E o que vinha depois, era refletir sobre sua vida, o que acabava resultando em pensar sobre Harry. E pensar sobre seu irmão definitivamente não deveria ser algo que ele devesse estar fazendo.

Lembrou-se como foi frio na última ligação que fizeram dias atrás. É claro que sua intenção não era ser ríspido como foi... Estava apenas, tentando seguir em frente.

Abrindo a porta do terraço, Louis finalmente pode sentir a brisa gelada o dar o ar que estava necessitando há algum tempo. Os pensamentos por segundos desapareceram de sua cabeça. Tudo o que via era as luzes bonitas dos prédios na noite estrelada. 

Louis costumava manter-se sempre um tempo só quando era menor. Acreditava que todos mereciam um tempo com si mesmo, com tudo ao seu redor. Tirar minutos apenas para apreciar a sua existência, como o ar tocava sua pele, o céu extenso... Fazia eras que não o fazia.

Parece que naquele momento, estava na hora de se reconectar. Não pensou duas vezes antes de deitar-se no chão de cimento gelado. Puxou seu celular e fone, apertando em alguma música suave enquanto encarava o céu estrelado. 

Por meros segundos pode ser capaz de fechar os seus olhos e relaxar, mas, como sua intuição era rápida como a de ninguém, sentiu uma presença. Ele bufou pesado, implorando para que Tristan saísse dali. Ele continuou em silêncio, esperando que uma hora o namorado fosse se cansar, sentir frio e ir para a cama.

Mas, para a sua mais futura surpresa, não era Tristan ali.

Harry, havia dado seu ultimato á Nick no mesmo dia mais cedo, terminando o seu casamento com o homem. No mesmo segundo, sem mesmo pensar e finalmente fazendo algum sentido se isso fosse possível, comprou uma passagem e voou o mais rápido que o avião conseguiu para o irmão mais novo.

Aquele sentimento não poderia sufocá-lo mais. Era impossível sobreviver sentindo a ardência no peito e o vazio no estômago, e ele sabia que Louis sentia-se da mesma forma.

Não pensou que fosse ser tão difícil, mas ali naquele momento, encarando a face bem desenhada de Louis sorrindo levemente e balançando seu dedo suavemente no som da música, acabou por ficar mais ansioso.

Os cachos caíam pelos seu rosto, ele não usava coque naquela noite. Também fazia tempos que seu cabelo não ficava solto. Os fios ali eram livres para voarem ao ritmo da ventania. Ambos permaneceram mais um momento naquela sensação, até Louis finalmente abrir os olhos. Pode observar alguém parado, encostado. As mãos no bolso, e cabelos grandes voando.  

Não se esforçou para virar o pescoço, a emoção do momento o pregava ao chão. 

  — Eu estou sonhando? 

 Harry  negou, se sentando lentamente na borda final do parapeito do prédio. Ele estava tremendo. Nervoso como nunca. Louis retirou seus fones um por um, a música ainda sendo audível pelo volume absurdo do celular. 

O menor suspirou fundo preparando-se para o grande choque emocional que estava prestes a ter.

Sem ao menos esperar um segundo, levantou-se em um pulo. Com passos decididos foi até o irmão mais velho, o encarando durante alguns segundos, analisando seus olhos conflituosos. E então finalmente, puxou Harry para si em um abraço caloroso e avassalador. 

Os braços do maior rodeavam todo o corpo de Louis, o apertando com tanta força que ele mal podia se mover. Mas naquele momento, ele não estava sem fôlego. 

Ele estava respirando pela primeira vez em meses.

  — Você entende? — Louis olha para cima com seus olhos marejados, enquanto leva a mão de Harry ao seu peito, o mostrando seu coração palpitando. 

Harry podia sentir os sentimentos de Louis em sua palma, seus dedos formigando pela intensidade do gesto. Ele apenas assentiu hipnotizado, levando a mão de Louis ao seu coração imitando seu gesto. 

Eles podiam sentir as respirações misturando-se ao pouco espaço que seus rostos tinham. Mas, dessa vez, não era a boca que estavam encarando. Eram os olhos. Os olhos mostrando tudo o que haviam escondido todos esses meses. Todos os sentimentos reprimidos. A atmosfera sexual não existia. Era algo muito mais puro e muito mais verdadeiro do que apenas carícias cruas.

  — Eu amo você. — Harry segreda. Seu tom convicto, não deixando a suavidade do momento esvair-se por nenhum momento.

Ali estava. Tão simples. 

Louis deixou um sorriso genuíno tomar conta de seu rosto. As ruguinhas ao redor de seus olhos nunca estiveram tão ressaltadas como naquele momento. Ele não pode evitar a lágrima tímida que escorreu pelo rosto.

Ele mordeu o lábio inferior tentando controlar o seu sorriso, enquanto olhava para baixo rapidamente, com Harry repetindo seus gestos. Eles pela primeira vez estavam encabulados na presença um do outro. A presença dos irmãos para ambos era confortável. Sentiam-se como se estivessem pulando em diversas piscinas de bolinhas.

  — Eu amo você. — Louis completa, o respondendo. 

Naquele exato instante não existia nada que os impedissem de grudar os lábios lentamente, e algo os dizia que não haveria problema por um bom tempo. O suficiente para que pudessem desfrutar da companhia um do outro.

O mais baixo sentia-se como um completo adolescente. Suas penas pareciam não ter raiz com o chão. A gravidade já não fazia mais sentido, já que sua cabeça estava voando na parte mais alta das nuvens.

Aqueles gestos eram tão necessários. Necessários até para que pudessem se manter saudáveis. Poderia não fazer sentido, poderia estar sendo antecipado, mas para eles estava sendo simplesmente perfeito, e ninguém poderia estragar isso.

  — Não vou te deixar ir agora que te tenho. — o cacheado afirma, apertando ainda mais Louis contra seus braços. — Não vou permitir que me tirem você.

— Não faça isso.— acena com a cabeça, a deitando no peito do irmão.

Harry suspira, olhando para ele novamente.

— Eu entendo porque você se chama Kamikaze agora.— escorrega a língua pelos lábios, abrindo seu melhor sorriso. Ele observa Louis o olhar com mais atenção e então desliza seus dedos pelas bochechas frias do menor. Finalmente, ele conclui. — Ficar longe de você é mesmo um suicídio.

Kamikaze | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora