Capítulo 04

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- Então, era você...? - Pergunta nervoso.

- Não a assombração. - Revira os olhos.

- Depois conversamos, vá para o seu quarto. - Se senta.

- O senhor manda. - Irônica, e faz o que ele manda.

- O que estava fazendo na sala, hein, maninho? - Sorrindo malicioso.

- Vá para o inferno. - Bufa. - Quero você bem longe, da minha enteada.

- Quer ela só para você, é isso?

- Deixa de ser um cretino, ela será como uma filha para mim. - Encarando o irmão, a sua frente.

- Filha gostosa pra caralho, né? - Rindo. - Não tem nada que me impeça de me envolver com ela.

- Ah tem, tem sim. Eu. Você não vai chegar perto dela, com essas intenções.

- Cara vai se foder, Maria é muito gostosa, e acha que não vou comer ela, porque você não vai deixar? - Irritado.

- Esse é o seu problema, seu idiota. Quer come-la e joga-la fora, como faz com todas.

- Igual fazemos. - O corrige.- Com ela posso até firmar.

- Que porra! Que não entende, que ela deve ser como uma sobrinha.

- Mais não é, ela não tem meu sangue, liberada pra comer. - Ri.

- Ela não é carne. - Se irritando, ainda mais. - Geraldo, se não se afastar de Maria, paro de pagar suas contas. Agora suma da minha casa, antes que eu te pague, seu verme.

Estevão sobe as escadas, e vai tomar banho. Antes de ir falar com sua enteada, durante o banho ia preparando um discurso, para que ela não o dedurasse para sua esposa. Assim que sai do banho, leva um susto ao ver Maria, na sua cama, com os seus preservativos em mão. Ele toma-os de sua mão, e começa a encara-la.

- Porque estava com minhas camisinhas? - Sério.

- Queria uma. - Diz normalmente.

- Pra que? - Nervoso.

- Para que se usa uma camisinha? - Revira os olhos.

- Com quem iria usa-la? Já arrumou amantes na escola? - Irado.

- Seria namoradinhos, no caso. Mais não. - Suspira.

- É isso que quer, em troca do seu silêncio? - Respira fundo.

- Acha que pediria isso? Se eu quiser transar eu Transo, sem precisar de sua idiota permissão. Porém o que irei lhe pedir tem algo a ver. - Sorrindo.

- O que seria? - Cruza seus braços.

- Vá ao meu quarto de madrugada, e lhe direi.

- O quê? Está louca.

Maria solta uma risada, a qual respondia, a sua pergunta.

- Se eu não for?

- Contarei tudo a Juliana, sua decisão. Você quem sabe.

- Está bem, eu...eu irei. Mas olha lá o que irá pedir.

- Nem fará diferença em sua vida, agora se vista, tem uma cidade a me mostrar. - Sai sorrindo.

Estevão quebra um vaso caro de Juliana, por raiva. Menina insolente. Vai para seu closet, e veste uma roupa qualquer. E vai até o quarto de Maria, e a vê diante do espelho, retocando a maquiagem.

- Podemos ir? - A olhando.

- Não me tornei a sua dona Estevão, para ficar assim. - Engancha seu braço no dele. - Podemos ir.

Eles saem a pé, ele mostrava tudo a ela. Por incrível que parecesse as coisas entre eles já não estavam mais estranhas, dizer que pareciam pai e filha seria exagero, estavam mais para namorado, ainda mais o jeito que Maria o tocava, o jeito que se olhavam.

Eles jantam em uma lanchonete. Comendo pizza junto a refrigerante. Depois vão para casa. Ambos vão para seu devido quarto.

***

Maria ainda não havia dormido, estava ansiosa a espera de Estevão. Houve o barulho da porta ser aberta, era ele enfim. Que demora.

Estevão tranca a porta, se aproxima da cama, e ascende o abajur, que ficava ao lado da cama.

- Pensei que estivesse dormindo. - A empurra pro lado na cama, e se deita ao seu lado.

- Tá fria essa parte. - Sussurra.

- Não precisa sussurrar, sua mãe toma remédio pra dormir. - A puxa para si, se aquecendo nela, já que seu corpo estava gelado.

- Sai. - O empurra. - Ta gelado.

- E você de lingeries. Sabia que eu ia vim, porque não pos um pijama? E ligou o aquecedor? -A olhando, encolhida.

- Não gosto de aquecedores. - Sorri. - E não gosto de pijamas. - Morde os lábios.

- OK... Fala o que quer em troca de silêncio? - A olhando.

- Bem, eu sou virgem, e to quase com dezoito anos, é estranho isso. Eu quero que transe comigo.

- Não! Está louca? É a filha da minha esposa. É ir baixo demais.

- Prefere ir baixo ou ser descoberto? - O olhando.

- Eu não sei. - Respira fundo. - Eu não posso fazer isso com você. Mais na frente irá se arrepender disso.

- E se não me arrepender? - Beija o pescoço dele.

- Eu que irei. -A afasta. - Quando encontrar o homem certo, irá sim, pode ter certeza disso.

- Não existem homens certos. Se existir, serei experiente para ele. - Suspira. - Não quero ser sua amante. Só uma vez, afinal só se perde uma vez a virgindade. E é isso que quero em troca do meu silêncio.

- Minha resposta é não, porque veio pedir justamente para mim? -A olhando nos olhos.

- Porque você é o único que quer me proteger, e que será cuidadoso. Se fosse com seu irmão iria me machucar.

- Porque usou meu irmão como exemplo. - Revira os olhos.

- Porque ele é um que poderia fazer esse favor, sem choramingar, igual você.

Um silêncio se espelha pelo quarto
Eles ficavam se encarando, sem dizer nada. Maria até com os olhos fazia seu pedido louco.

- Vai pensar, com carinho? - Pergunta, Maria.

- Não. - Direto.

- Pensa sem carinho mesmo. - Leva sua mão ao membro dele.

- Para com isso. - Irritado. - Irei te levar a um psicologo garota. - Sai da cama, com seu pau duro, literalmente.

The Stepfater (O Padrasto).Onde histórias criam vida. Descubra agora