12-Desenho

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-Você é virgem?

Dei um sorriso de constrangimento e desviei o olhar.

-Então... - ele pensou um pouco - não vamos fazer hoje. Vamos esperar mais um pouco.

Assenti com a cabeça e ele me beijou. Ficamos nos beijando por um bom tempo. Minhas mãos tocaram cada parte do seu corpo, fazendo, assim, eu descobrir seus pontos fracos.

Coisas que o excitam: ser arranhado na costa, ter seu pescoço acariciado, ser mordido na orelha e no ombro.
Coisas que o fazem rir: fazer movimentos circulares com os dedos em sua barriga, falar ao pé de seu ouvido e ser beijado no nariz.

-Agora sei seus pontos fracos. Você está nas minhas mãos - disse a ele.

-Será mesmo? - Victor deu um sorriso safado.

Como eu estava por cima dele, ele me jogou ao seu lado. Fiquei um pouco assustado pelo movimento rápido que fez. Seus olhos me encararam, depois ele foi beijando todo o meu corpo. Quando chegou lá em baixo, pôs sua mão por cima da minha cueca e apertou o meu pau. Soltei um gemido e meu corpo todo ficou mole. Ouvi sua risadinha e fiquei com vergonha.

-Isso não vale -  disse.

Ele continuou a rir e depois deitou do meu lado. Ficamos em silêncio. Muitas coisas passavam pela minha cabeça: nada! Eu só estava feliz pelo o que estava acontecendo. Era algo extremamente novo para mim.

Virei de lado e fiquei olhando para ele, que encarava o teto. Acho que ele percebeu que eu o estava admirando e virou de lado. Sabe aquela sensação de se sentir bem, feliz, completo? Pois é! É isso que eu senti. Meu dia podia ter sido um fiasco, mas aquela noite... foi uma das melhores.

Só pra quebrar o gelo, perguntei:

-Seus pais perguntaram para você desse seu machucado na boca?

-Eles ainda não viram. Toda vez que eu estou perto deles, aperto os lábios e sempre que falo, começo a olhar para baixo.

Ele deu uma risadinha e eu também.

-Matheus?

-Diga.

-Agora você pode me dizer quem era aquele garoto?

-Era o Fábio, aquele que nos viu beijando na piscina.

-E por que você estava com ele?

-Acho que o bicho do ciúmes te mordeu.

Ele riu e eu também.

-Eu fiz uma besteira com ele e mais um menino aí...

-Que besteira?

-Não é nada disso que você está pensando. É que eu não devia ter falado uma coisa sobre o Fábio para o Lucas. Nós dois saímos para eu poder contar a ele o que eu havia feito.

-E o que ce fez?

-Uma hora eu te explico, tá bem?

Ele assentiu com a cabeça e ficamos nos olhando. Entrelaçamos nossos dedos e continuamos assim por um bom tempo. Eu estava para dormir quando...

-Acho que está tarde - disse ele.

-Deve ser mesmo.

Procurei meu celular pelo quarto,  que devia estar em algum canto dali. Quando eu o achei, estava caido no chão. Acho que estava na minha bermuda e quando o Victor a tirou, deve ter saído do bolso. Desbloqueei a tela e vi as horas.

-1:30.

-Nossa! - disse ele.

Me deitei ao lado dele e o abracei.

O Garoto Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora