13-Sofá

300 22 4
                                    

Percebi que ele ficou nervoso. Chegamos perto deles e o apresentei ao Victor.

-Victor, esse é o cara da piscina e também, o mesmo cara que você viu ontem, Fábio.

Victor me olhou confuso e, tive a leve impressão de que, ele havia ficado com vergonha do que havia feito comigo ontem, tudo por causa do seu ciúmes.

-Fábio, esse é o Victor, o meu... - eles ficaram me olhando - Ah, você sabe da história.

Me sentei ao lado do Victor e tentei ocupar todo o espaço no sofá, impedindo ele de sentar ao meu lado e obrigando-o a ir sentar ao lado do Lucas.

Ele fez uma cara, mas mesmo assim foi. Os dois se cumprimentaram com sorrisos de uma mistura de constrangimento e vergonha.

Continuamos a assistir o filme, mas o clima ali estava estranho. Peguei meu celular do bolso e mandei duas mensagens: uma para o Fábio e outra para o Lucas. Porém com o mesmo conteúdo, dizendo:

"Aproveita

Percebi eles pegarem, todos nervosos, os celulares deles e lerem a mensagem. Fábio me olhou discretamente e bloqueou a tela do celular. Depois, virou-se para a TV. Lucas me respondeu e depois deixou o celular cair no colo.

Meu celular vibrou.

"Como assim?

Olhei para ele e dei um sorriso do tipo: não precisa me agradecer!

-Victor, me ajuda a fazer mais pipoca? - disse.

Ele me olhou confuso e eu revirei os olhos para os dois no outro sofá. Ele ficou sem entender nada e eu me levantei, puxando-o junto comigo. Antes de desaparecermos na cozinha, olhei para eles dois e seus rostos pareciam de cachorrinhos dizendo: por favor, não me abandona!

Dei um sorriso malicioso e sumi.

-O que foi? - perguntou Victor.

Fui até o balcão, peguei um copo e deixei em cima. Fui a geladeira, peguei uma jarra com água e me servi.

-Eu quero deixar eles dois sozinhos.

-Por quê? - disse ele se aproximando de mim.

-Resumindo: o Fábio gosta do Lucas e o Lucas do Fábio. Eu bolei um planinho para fazer eles ficarem hoje.

-Agora você virou cupido, foi? - disse ele, dando um sorriso.

-Se tudo der certo, queridinho, pode começar a me chamar de Matheus Cupido - sorri e guardei a jarra na geladeira.

-Pensei que fôssemos ficar sozinhos - sussurrou, me abraçando por trás, causando-me um leve susto.

Virei para a frente dele e seus braços continuaram envoltos de mim.

-Me desculpa, eu tive de mentir para você vir. Eu não queria ficar segurando vela.

-Então... - ele suspirou - e agora?

-E agora o quê?

-Acho que os dois vão demorar lá na sala.

-E...?

-Eu queria poder ficar a sós com você.

-Olha, tem duas opções: os fundos ou aqui!

-Os fundos - disse ele num sorriso malicioso.

-Claro que não! Eu estava só brincando.

-Oras, por que não?

Dei um sorriso leve quando ouvi o sotaque dele.

O Garoto Da Casa Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora