Hoje é o dia. Logo quando acordei, liguei para o Victor. Ele estava com uma voz carregada de sono. Me desculpei e perguntei se ele gostaria de ir torcer por nós. Reclamou um pouquinho, mas aceitou. Quando terminei de arrumar minhas coisas, fui ao quarto da minha mãe, dei uma abraço nela e sai. Victor já me esperava na frente da casa dele com uma mochila nas costas. Passaríamos pouco mais que dois dias fora. Quando me aproximei, começamos a andar em direção ao ginásio.
Chegando lá, Fábio, Lucas e Carlos já nos esperavam. Uma menina e o técnico também nos aguardavam.
-Até que enfim. - disse Fábio.
-Nem estamos atrasados.
-Eu sei. - disse ele dando um risada.
-Ei, Matheus, faz favor. - chamou Carlos.
-Oi Carlos. - disse.
-E aí... Matheus, essa é minha namorada Esther. Esther, esse é o meu amigo Matheus.
-Prazer. - disse, levantando a mão e fazendo um leve aceno.
-Prazer, Matheus. Ouvi falar muito de você. - disse ela.
-Espero que somente coisas boas. - sorri.
-Ela vai nos acompanhar para torcer por nós hoje. - disse Carlos.
-Que bom. Agora temos dois torcedores na arquibancada. - disse.
Esther somente balançou a cabeça, afirmando e sorrindo. Ela era uma garota pouco maior que eu. Tinha olhos castanhos, luzes loiras em seu cabelo moreno e liso. Devia ter entre 18 e 20 anos.
-Vamos lá pessoal, entrar no ônibus? - falou o técnico.
Fábio e Lucas sentaram na última fileira das poltronas do microônibus. Eu e Victor na penúltima. Carlos e Esther duas fileiras a frente e o técnico em um banco próximo ao motorista.
Colocamos nossas mochilas em um compartimento acima de nossas cabeças e retiramos apenas um cobertor, pois estava frio. Ainda era madrugada quando saímos. Todas as provas seriam realizadas hoje. Tanto a individual quanto o revezamento. Fiquei pensando se conseguiríamos passar para as regionais com a nossa equipe de revezamento.
⏳
Esther estava com a cabeça apoiada no ombro do Carlos, que por sua vez estava com sua cabeça apoiada no vidro da janela; o técnico estava tomando café; o burburinho atrás de mim e do Victor havia cessado; e Victor, ao meu lado, dormia de frente para mim. Ele se mexeu e depois, de olhos fechados, ficou procurando algo debaixo do cobertor que cobria nós dois. Senti sua mão gelada na minha. Ficou segurando-a e acho que depois dormiu.
Mal fechei os olhos e quando abri, vi todo mundo me olhando, já com as mochilas nas costas.
-Já chegamos? - perguntei.
-Sim. - disse Victor.
-Mal dormi. – disse, me virando para a janela tentando ter mais alguns minutos de sono.
-Vamos logo. - disse Victor me puxando.
-Deixa ele dormir um pouco. Vai precisar de energia para daqui a pouco. - disse Carlos.
-Enquanto ele dorme, vamos confirmar nossas inscrições. - ouvi o Fábio dizer. E foi só isso.
⏳
-Eu gosto muito de você.- minha voz parecia de uma criança.
-Cala boca! Quando eu for embora você vai me esquecer.- havia um menino na minha frente. E ele estava chorando.
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O Garoto Da Casa Ao Lado
RomanceSentimentos á flor da pele, borboletas no estômago e uma certa excitação. Arrepios pelo corpo e uma troca de olhares capaz de seduzir a qualquer um. Um olhar marcante e penetrante atingindo o auge. Um toque capaz de eletrizar cada parte mais distant...