Capítulo três - Você é minha.

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— Luan calma, todo o mundo sabe que ela é sua fiel, não é meninas? - Elas assentiram e vazaram mas sem esquecer o olhar de deboche.

— Sua fiel? Seus amigos têm piada. - Ele olhou para mim e lançou um olhar e um sorriso de gozo.

— Mas é assim, já falei para você que fora das portas de casa você é minha fiel.

— Se não?

— Você sabe o que acontece e você tem de ser comportar como uma dama e nem vem, se eu escolhi você é porque quero fazer boa figura, você sabe falar, sabe estar, é responsável e eu gosto disso e é linda e então você sabe.

— Fazemos um acordo, ok?

— Você me deixa ir a escola, fazer faculdade e eu sou o que você quiser fora das porta de casa.

— Combinado, agora vem comigo buscar comida se não ainda arranja outra porrada. - A gente se levantou e fomos até um casal que estava ali.

— Arranjou uma patricinha, Luan?

— Não confunda alguém com conhecimento, cultura, classe e saber estar com uma patricinha. - Respondi ao garoto que me olhou, Luana olhou para mim e se riu.

— Na moral, estava brincando.

— Normalmente só se brinca com quem se tem confiança.

— Sem esquema, estava testando você, arranjou uma mina com personalidade. - Ele olhou para mim e piscou o olhou a Luan viu e seu olhar mudou logo, o ponto fraco dele era as pessoas lhe desrespeitarem, pouco a pouco eu descubro mais dele.

— É, ele até tem bom gosto, né amorzinho? - Ele sorriu e eu sorri de volta, ele pegou e entregou um prato para Luan e a seguir para mim e a gente se sentou numa mesa.

— Onde está os talheres? Não tem prato de vidro?

— Isso aqui não é restaurante não.

— Então não vou comer, acha que vou comer com as mãos? Ainda por cima num prato de plástico? Queridinho não sou que nem essas meninas sem classe daqui.

— Então dá para mim mesmo. - Entreguei meu prato para ele e ele comia que nem um esfomeado.

— Você come sempre assim?

— Assim como?

— Que nem um esfomeado?

— Ó para de frescura patricinha.

— Não me chama de patricinha seu favelado.

— Chamo sim patricinha.

— Patricinha, patricinha e patricinha.

— Você se vai arrepender seu vagabundo. - Seus olhos mudaram logo de expressão e senti a sua mão no meu braço fino e a força nele estava me machucando demais.

— Me solta, está me machucando.

— Já falei para você não me chamar vagabudo. - Eu cheguei a minha cara na cara dele até nos lábios tocarem e olhei bem nos olhos dele.

— Vagabundo. - Ele não aguentou a pressão e me agarrou no cabelo e me puxou até a um canto, ele esbofetiou a minha cara e ela estava ardendo.

— Já falei para você não me chamar vagabundo.

— Vagabundo. - Falei e cuspi na cara dele, quando ele sentiu o meu cuspo na cara dele, os seus olhos viraram fogo e ele me empurrou com muita força contra a parede, bati nela e com força mas não se ele não ia ficar a rir, ele estava me olhando e eu cheguei perto dele e cuspi na cara dele novo.

— Toma vagabundo, acha que eu vou apanhar e você se fica a rir? Então continua só achando. - Então ia sair de lá e ele me puxou pelo cabelo.

— Solta o meu cabelo seu vagabundo de merda. - A cada vez que eu o chamava vagabundo a sua raiva crescia e ele não mediu a força e me atirou para o chão me dando um soco, botei a minha mão a cara e os meus olhos ganharam vida e muita raiva.

— Você mereceu. - Me falou ele.

— Já viu o dono do morro ser chifrado pela sua própria fiel na sua frente?

— Já viu você não ir mais na faculdade? - Como ele podia fazer chantagem com isso, depois de eu ter dito que a escola era a única coisa que me ligava à minha mãe.

— Sabe porque ninguém fica com você? Porque você é chantaguista, é um monstro, é um frio e insensivel e é por causa disso que você está sozinho.

— Quem falou que estou sozinho?

— Eu falo, você está sozinho porque você é um monstro e eu odeio você.

— Eu vivo bem com isso, sabe?

— Acha que sua vidinha de princesa não é má, essa gente te você tem nojo passa bem pior que você e mesmo assim não ficam ai chorando pelos cantos que nem você.

— Pelo menos eu não me aproveito da fragilidade dos outros para depois jogar na cara deles.

— E eu não tenho paciência para aturar patricinha cheia de frescura que nem você.

— E eu não tenho paciência para um brutamontes e favelado que nem você.

—Ótimo.

— Ótimo.

— Pode me levar para casa agora?

— Vou mandar o yago te levar. - Ele assubiou e logo Yago veio ao nosso encontro.

— Leva ela para casa.

— Ok, vem. - Yago foi só buscar o carro e eu fiquei ali com o Luan.

— Te vejo em casa. - Não respondi e sai dali, a minha cara e a minha cabeça estavam doendo, no carro as lágrimas foram mais fortes do que eu, eu pensei que ele fosse alguém do bem e o tinha visto como um ser humano e agora ele é apenas o mesmo otário, brutamontes de sempre.

— Não liga, ele no fundo é gente boa. - Falou Yago.

— Não importa, já nada importa.

— Tem de ter paciência com ele.

— Sabe, não tenho idade para tomar conta de gente adulta.- Cheguei em casa, depois de ter agradecido ao Yago, subi tomei um banho bem quente e vesti um vestido pijama e me deitei, acho que só preciso de ler e de um bom chá, vi mais umas coisas no celular e fiquei lendo no Wattpad, já eram 5 da manhã e o tempo se passou a correr, desci as escadas e o brutamontes estava perdido de bêbado caído no chão e eu fui até lá, e eu tentei pegar nele mas ele era muito pesado.

— Luan colabora, você é muito pesado. - Ele se segurou no meu ombro e juntos fomos até ao banheiro, liguei o chuveiro e logo ele reclamou

— Está fria caralho.

— Tem de ser. - Ele estava todo molhado, tirei a sua blusa e as suas bermudas e sua box, a água que descia pelo seu corpo era sem dúvida chamativo, peguei no gel de banho e lhe dei banho, ele estava perdido de bêbado que estava nem abria os olhos.

— Vem, vou te deitar na cama. - Peguei na toalha e sequei todo o seu corpo menos o seu sexo, vesti-lhe um box e deitei-o na cama.

— Agora veja se descansa, amanhã tem um longo dia pela frente.

— Maju?

— Primeiro dia que está comigo e já está dando apelido.

— Sim, você é minha. - Nem bêbado esse menino ganha vergonha na cara.

— Continua sonhando.

— Fica aqui, até eu adormecer.

— Tá bom. - Liguei a televisão e ele se deitou sobre as minhas pernas, não demorou nem 15 minutos para adormecer, quando vi a sua cara amassada e seu respirar calmo, me levantei lentamente, beijei sua testa e fui para o meu quarto, me deitei na cama, estava morta de sono.

A vendidaOnde histórias criam vida. Descubra agora