— Luan calma, todo o mundo sabe que ela é sua fiel, não é meninas? - Elas assentiram e vazaram mas sem esquecer o olhar de deboche.
— Sua fiel? Seus amigos têm piada. - Ele olhou para mim e lançou um olhar e um sorriso de gozo.
— Mas é assim, já falei para você que fora das portas de casa você é minha fiel.
— Se não?
— Você sabe o que acontece e você tem de ser comportar como uma dama e nem vem, se eu escolhi você é porque quero fazer boa figura, você sabe falar, sabe estar, é responsável e eu gosto disso e é linda e então você sabe.
— Fazemos um acordo, ok?
— Você me deixa ir a escola, fazer faculdade e eu sou o que você quiser fora das porta de casa.
— Combinado, agora vem comigo buscar comida se não ainda arranja outra porrada. - A gente se levantou e fomos até um casal que estava ali.
— Arranjou uma patricinha, Luan?
— Não confunda alguém com conhecimento, cultura, classe e saber estar com uma patricinha. - Respondi ao garoto que me olhou, Luana olhou para mim e se riu.
— Na moral, estava brincando.
— Normalmente só se brinca com quem se tem confiança.
— Sem esquema, estava testando você, arranjou uma mina com personalidade. - Ele olhou para mim e piscou o olhou a Luan viu e seu olhar mudou logo, o ponto fraco dele era as pessoas lhe desrespeitarem, pouco a pouco eu descubro mais dele.
— É, ele até tem bom gosto, né amorzinho? - Ele sorriu e eu sorri de volta, ele pegou e entregou um prato para Luan e a seguir para mim e a gente se sentou numa mesa.
— Onde está os talheres? Não tem prato de vidro?
— Isso aqui não é restaurante não.
— Então não vou comer, acha que vou comer com as mãos? Ainda por cima num prato de plástico? Queridinho não sou que nem essas meninas sem classe daqui.
— Então dá para mim mesmo. - Entreguei meu prato para ele e ele comia que nem um esfomeado.
— Você come sempre assim?
— Assim como?
— Que nem um esfomeado?
— Ó para de frescura patricinha.
— Não me chama de patricinha seu favelado.
— Chamo sim patricinha.
— Patricinha, patricinha e patricinha.
— Você se vai arrepender seu vagabundo. - Seus olhos mudaram logo de expressão e senti a sua mão no meu braço fino e a força nele estava me machucando demais.
— Me solta, está me machucando.
— Já falei para você não me chamar vagabudo. - Eu cheguei a minha cara na cara dele até nos lábios tocarem e olhei bem nos olhos dele.
— Vagabundo. - Ele não aguentou a pressão e me agarrou no cabelo e me puxou até a um canto, ele esbofetiou a minha cara e ela estava ardendo.
— Já falei para você não me chamar vagabundo.
— Vagabundo. - Falei e cuspi na cara dele, quando ele sentiu o meu cuspo na cara dele, os seus olhos viraram fogo e ele me empurrou com muita força contra a parede, bati nela e com força mas não se ele não ia ficar a rir, ele estava me olhando e eu cheguei perto dele e cuspi na cara dele novo.
— Toma vagabundo, acha que eu vou apanhar e você se fica a rir? Então continua só achando. - Então ia sair de lá e ele me puxou pelo cabelo.
— Solta o meu cabelo seu vagabundo de merda. - A cada vez que eu o chamava vagabundo a sua raiva crescia e ele não mediu a força e me atirou para o chão me dando um soco, botei a minha mão a cara e os meus olhos ganharam vida e muita raiva.
— Você mereceu. - Me falou ele.
— Já viu o dono do morro ser chifrado pela sua própria fiel na sua frente?
— Já viu você não ir mais na faculdade? - Como ele podia fazer chantagem com isso, depois de eu ter dito que a escola era a única coisa que me ligava à minha mãe.
— Sabe porque ninguém fica com você? Porque você é chantaguista, é um monstro, é um frio e insensivel e é por causa disso que você está sozinho.
— Quem falou que estou sozinho?
— Eu falo, você está sozinho porque você é um monstro e eu odeio você.
— Eu vivo bem com isso, sabe?
— Acha que sua vidinha de princesa não é má, essa gente te você tem nojo passa bem pior que você e mesmo assim não ficam ai chorando pelos cantos que nem você.
— Pelo menos eu não me aproveito da fragilidade dos outros para depois jogar na cara deles.
— E eu não tenho paciência para aturar patricinha cheia de frescura que nem você.
— E eu não tenho paciência para um brutamontes e favelado que nem você.
—Ótimo.
— Ótimo.
— Pode me levar para casa agora?
— Vou mandar o yago te levar. - Ele assubiou e logo Yago veio ao nosso encontro.
— Leva ela para casa.
— Ok, vem. - Yago foi só buscar o carro e eu fiquei ali com o Luan.
— Te vejo em casa. - Não respondi e sai dali, a minha cara e a minha cabeça estavam doendo, no carro as lágrimas foram mais fortes do que eu, eu pensei que ele fosse alguém do bem e o tinha visto como um ser humano e agora ele é apenas o mesmo otário, brutamontes de sempre.
— Não liga, ele no fundo é gente boa. - Falou Yago.
— Não importa, já nada importa.
— Tem de ter paciência com ele.
— Sabe, não tenho idade para tomar conta de gente adulta.- Cheguei em casa, depois de ter agradecido ao Yago, subi tomei um banho bem quente e vesti um vestido pijama e me deitei, acho que só preciso de ler e de um bom chá, vi mais umas coisas no celular e fiquei lendo no Wattpad, já eram 5 da manhã e o tempo se passou a correr, desci as escadas e o brutamontes estava perdido de bêbado caído no chão e eu fui até lá, e eu tentei pegar nele mas ele era muito pesado.
— Luan colabora, você é muito pesado. - Ele se segurou no meu ombro e juntos fomos até ao banheiro, liguei o chuveiro e logo ele reclamou
— Está fria caralho.
— Tem de ser. - Ele estava todo molhado, tirei a sua blusa e as suas bermudas e sua box, a água que descia pelo seu corpo era sem dúvida chamativo, peguei no gel de banho e lhe dei banho, ele estava perdido de bêbado que estava nem abria os olhos.
— Vem, vou te deitar na cama. - Peguei na toalha e sequei todo o seu corpo menos o seu sexo, vesti-lhe um box e deitei-o na cama.
— Agora veja se descansa, amanhã tem um longo dia pela frente.
— Maju?
— Primeiro dia que está comigo e já está dando apelido.
— Sim, você é minha. - Nem bêbado esse menino ganha vergonha na cara.
— Continua sonhando.
— Fica aqui, até eu adormecer.
— Tá bom. - Liguei a televisão e ele se deitou sobre as minhas pernas, não demorou nem 15 minutos para adormecer, quando vi a sua cara amassada e seu respirar calmo, me levantei lentamente, beijei sua testa e fui para o meu quarto, me deitei na cama, estava morta de sono.
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A vendida
RomansaMaria Júlia, uma garota de 17 anos que vive com seu pai. Perdeu sua mãe com 14 e desde então vive para pagar as contas, devia ser seu pai mas ele é viciado no jogo. Ele devia para para Luan, o temido dono do morro. Um dia ele ia ajustar contas com...