2.1K 186 136
                                    

Mas um dia qualquer na escola, as coisas vão normais. Aula no laboratório, e eu adoro mecher com aqueles bichos estranhos.

— Pra vocês não ficarem com quer e ficarem conversando sem fazer lição, vou tirar o nome de vocês. – o professor disse e colocou a mão em um potinho com papéis. — Josh e.... Brianna.. – o que?! Isso é brincadeira, só pode! — Thay e Chloe.... – droga. — Jessica e Jesy... – ele não.. Ele não... — Chandler e... – não — Emma. – droga! — Formem as duplas, coloquem as máscaras e comecem a descecar o sapo. – fizemos o mesmo.
— Essas pernas parecem.. – Chandler disse
— Da nossa professora do 2° série – dissemos juntos e rimos.
— Ela precisaria de uma bota cano alto – ri.
— Ou fazer uma cirurgia pra diminuir as pernas. – rimos de novo, esqueci o quanto era bom ouvir essas risadas.

Fizemos tudo, a aula acabou e depois fomos pra sala.

*Intervalo*

— Vi você rindo com o Chandler, voltaram a se falar? – Josh perguntou.
— Ah.. Não, foi só um comentário bobo – ri.
— Hum..
— O que foi?
— Nada.
— Porque o "hum" – imitei ele.
— Por nada.. – ele ficou quieto e de cabeça baixa, por um segundo achei que fosse ciumes, mas não tava com cara de ser ciumes.

A aula acabou e fui pra casa, quando abri a porta a casa estava revirada.

— Tia?! Tia?! Você tá aqui?! – digo entrando e vejo alguém gemendo, vou até o quarto e minha tia estava toda machucada, sangrando precionando a mão na barriga. — Tia! O que aconteceu aqui?! – tirei a mão dela da barriga vendo um corte profundo, provavelmente foi uma facada.
— Hos...pital. – ela desmaiou.
— Tia!!! – em um movimento rápido peguei meu celular e liguei pra ambulância.

...

Já no hospital o detetive Joe, um grande amigo da minha tia veio falar comigo.

— Você tem idéia de quem tenha feito isso com a Jessie?
— Eu não tenho... Ela não é de conversar comigo, e que eu saiba ela não tem inimizade com ninguém, eu só a encontrei jogada no quarto esfaqueada. Pensei que pudesse ser um assalto, mas não levaram nada.
— Está bem..
— Joe...
— O que?
— Descubra quem fez isso com ela.
— Pode deixar – ele assentiu e saiu.

40min depois.

Ela já havia chegado da emergência e estava no quarto.

— Em?... – Chandler entrou no quarto.
— Oi..
— Ela está bem?
— Eu não sei.... – acabou escorrendo uma lágrima do meu olho. — Ela é a única da família que esteve comigo esse tempo... E se eu perder ela... – comecei a chorar.
— Ei.. Vai ficar tudo bem.. – ele me abraçou.

Chandler ficou comigo durante 2 horas, até que minha tia começou a acordar e Chandler me acordou pois eu estava cochilando na cadeira de cansada.

— Tia? – passei a mão na cabeça.
— Emma, você está bem?... – ela diz fraca.
— Eu estou tia... Como você está?
— Fique longe... – ela diz fraca.
— Longe de que tia?
— Dos.. – ela começou a tocir e seu aparelho indicou que seu coração estava parando.
— Tia?!
— Peço que saiam por favor – a médica disse e entraram uns 5 enfermeiros na sala.
— Vem.. Vamos..
— Ela não pode morrer – desabei no braço de Chan.
— Vamos – ele me tirou da sala. Quando saímos eu ouvi um "Piiiiiiiiiii....." e era a maquina... Ela.. Morreu..
— Tia... – senti tudo embassar e eu cair.

Abri os olhos com dificuldade por conta da claridade da luz, olhei para os lados e vi Chandler cochilando, mas estava segurando minha mão.

— Chan? – apertei a mão dele.
— Em? – ele acordou num despero — Você está bem?
— Estou... Eu desmaiei?
— Sim..
— Ela.. Morreu? – ele engoli seco e nem precisou responder para que eu soubesse a resposta. Ficamos em silêncio por longos segundos.
— Porque as pessoas morrem? – acabou escorrendo uma lágrima pela minha bochecha.
— Ela está em um lugar melhor agora... – ele pegou minha mão.
— Emma? – Josh entrou no quarto e eu soltei a mão do Chandler, mas ele percebeu.
— Oi..
— Você está bem? – ele veio até mim.
— Eu vou ficar.
— Dona Emma Miller? – um médico entrou na sala com uma prancheta na mão.
— Eu
— Pelos exames que fizemos, você muito desidratada, e vai ter que ficar aqui no máximo uns 2 dias tomando soro e em observação, tudo bem pra você?
— Ok... – assenti.
— Eles vão te levar pra um quarto. – assenti e ele saiu.
— Você pode buscar umas roupas pra mim Chan?
— Claro – ele se levantou. — Fica bem – me deu um beijo na testa.
— Eu vou tentar... – ele sorriu fraco e sair da sala.
— Voltaram a se falar – Josh disse e se sentou na cadeira que antes Chandler estava.
— Agora eu acho que sim..
— O que houve?
— Minha tia morreu... – peguei a mão dele.
— Meu Deus! Meus pêsames.
— Obrigado.. Então... Você tem andando estranhos esses dias..
— Eu quero te contar uma coisa, mas não é a melhor hora pra contar...
— Desembucha Josh – o encarei.
— Eu... Eu fui aceito em uma faculdade em Londres e... É.. Eu enviei esse currículo antes de te conhecer... E eu não sei se vou.
— O que?! Vai Josh... Não é uma oportunidade que se tem todos os dias, e eu não quero que perca por minha causa.
— Mas...
— Eu já estou acostumada Josh, as pessoas vão embora da mina vida de um jeito, ou de outro, em uma certa hora.
— Você sabe que eu posso ficar.
— Mas não vai, agora vai, arruma suas coisas e vai seguir seu sonho. – apertei sua mão sorrindo sem mostrar os dentes.
— Eu te amo Emma – ele me deu um beijo na testa.
— Eu infelizmente não posso dizer o mesmo...

...

No dia seguinte..

10:00 a.m

— Olha eu tô bem – me explicava rindo sem humor com Thay preocupada.
— Não ri garota, eu fiquei preocupada, só não deve dou uns tapas porque você está nessa maca – ela me fuzilou com os olhos.
— Eu quero ir embora hoje, já estou melhor e vou no enterro da minha tia – disse me levantando.
— Você não está 100% recuperada – disse a enfermeira — Mas eu vou ver o que posso fazer – ela saiu da sala.

...

A mulher conseguiu trazer a alta pra mim e eu vou embora hoje. Fui pra casa, tomei um banho e fui pro enterro, estava lá uma grande parte da minha família que eu ainda não conhecia.

— Descansa em paz tia Jessie. – joguei a flor no caixão e fui abraçar Chan. Quando fui virar vi um homem de preto do outro lado do cemitério. Que estranho.

...

Com certeza essa foi uma das piores semanas da minha vida.

— Você vai morar com quem agora? É menor de idade, não pode morar sozinha. – Thay perguntou enquanto caminhávamos até em casa.
— Eu não sei... – paramos no quintal. — No testamento a casa está pra mãe dela, ou seja, minha vó, mas ela mora no Rio, provavelmente a casa vai ficar quitada.
— Ah..
— Emma! Nós podemos conversar? – Gina me chamou.
— Eu já volto – disse pra Thay e fui pra perto de Gina.
— Eu soube que sua tia morreu, meus pêsames... Ela era uma ótima pessoa.
— Ela foi esfaqueada Gina... E eu vou descobrir quem foi que fez isso.
— Deixa isso de lado Em, você pode se ferir também – disse séria.
— Ok – eu com certeza não vou deixar isso quieto.
— Eu estive pensando... E... Eu queria conversar com você sobre uma coisa séria.
— O que aconteceu? Pode falar.
— Eu já conversei com o William e... Nós queremos te adotar. Tomamos essa decisão depois de saber que você não teria pra onde ir.
— O-oque? – gaguejei.
— O que você acha?
— Eu... amei a idéia! Você faria isso por mim? –a abracei. — Você sempre foi uma mãe pra mim e agora... Vai ser praticante uma! Obrigado por tudo tia/mãe – rimos.
— Você merece – ela deu um beijo na minha testa.

Best Friends • Chandler RiggsOnde histórias criam vida. Descubra agora