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Acordei, tomei um café rápido, estou muito anciosa para ir nessa casa.

— Vai comigo? – disse pra Chan.
— Isso é uma coisa de família, mas se precisar, é só ligar.
— Obrigado Chantilly. – brinquei e ele revirou os olhos.

É agora ou nunca! Entreguei o papel com o endereço pro taxista e lá vamos nós. Depois de uns 10 minutos nós chegando, a casa era enorme, tinha um quintal maior ainda e uma piscina gigante no mesmo, conferi se era ali mesmo, e era. Peguei o taxista, desci do táxi e toquei a campainha.

— Com quem gostaria de falar? – a mulher perguntou no intefone.
— Com Jenny Miller Collins..
— Quem é?
— Diz que é uma conhecida.

Entrei na casa e a mulher falou pra esperar na sala/escritório da Jenny. Observava tudo com muita precisão, era tudo muito grande, muito chique e organizado.

— Olá, gostaria de falar comigo? – a mulher elegante entrou na sala.
— Lembra de mim?..
— Você seria?... – ela diz tentando lembrar.
— Emma, Emma Miller.
— Emma... – ela diz me olhando de cima a baixo e me abraçou, não retribui.
— Acho que você me deve muitas explicações.
— Sente-se – a mulher se sentou na cadeira assim como eu.
— Por favor, sem enrolações.
— Bom... Eu acho que já passou da hora de você saber toda a verdade... – suspirou. — Quando eu tinha entre 14/15 anos, eu conheci o seu pai, éramos muitos jovens, não sabíamos o que viria pela frente e esse namorinho de escola, eu acabei engravidando, mas não podia cuidar de você, além de ser muito nova, não tinha dinheiro pra te sustentar, seu pai? Simplesmente sumiu me deixando grávida. Sua vó sempre foi rica, sempre teve muito dinheiro, mas em castigo para mim, não quis me sustentar, então eu pedi para Jessie que cuidasse de você, no começo ela ficou indecisa, mas aceitou. Anos se passaram, eu perdi contato com a Jessie, e eu imaginava que você não queira mais saber de mim, depois que eu consegui um trabalho na empresa da minha eu consegui dinheiro pra te sustentar, mas aí já era tarde demais, e.... Você me encontrou, eu quero te pedir desculpas por tudo Emma, eu nunca quis te deixar sem uma mãe, mas.... Aconteceu.
— E você sabe alguma coisa sobre o assassinato da Jessie?
— Não, mas estamos atrás de quem fez isso.
— Vai demorar um tempo para que eu me acostume com a idéia de que você seja minha mãe, e vai demorar pra mim te desculpar, eu vou embora – me levantei.
— Fique! Depois de tanto tempo... Não quer passar um tempo com sua mãe?
— Você não é minha mãe.

Eu sei, eu posso estar sendo injusta, mas eu não consigo acreditar nessa história. Voltei pra casa, cheguei lá e só estava Grayson.

— Oi Gray – disse colocando minha bolsa em cima da mesa.
— Oi Em, posso te fazer uma pergunta?
— Todas que quiser. – me sentei.
— Você gosta do Chandler?
— Como assim?
— Tipo namorado e namorada?
— Não – ri. — Eu e Chan crescemos juntos e nada foi além de amizade, porque essa pergunta Gray?
— Eu tenho uma amiga na escola... Mas eu não sei se oque eu sinto é só amizade..
— Faz assim, você se sente bem quando está com ela?
— Sim, o meu coração dispara quando ela chega perto de mim.
— Hum.. Está bem, e você não tem medo que se vocês tivesse algo mais que amizade poderia estragar a amizade de vocês?
— Eu nunca pensei nisso.
— Os pequenos detalhes, podem fazer uma diferença grande, pense nisso – pisquei.
— Obrigado Em – ele sorriu e subiu as escadas.

2 dias depois..

Cheguei da escola com Chan e vi uma carta na caixa de correio.

— De quem é?
— Eu não sei – disse e virei a carta e estava escrito com letras miúdas "Jenny Miller Collins" — É... Da minha mãe – é estanho dizer isto.
— O que diz?

Abri a carta e fui lendo.

— Dona Emma Miller, gostaria que você comparasse na festa de aniversário da cidade amanhã na prefeitura com a segunda família mas antiga de Atlanta, a família Riggs. Será um prazer ver você lá. Com atenção, Jenny M.
— Segunda família mais antiga de Atlanta? Eu não sabia disso – Chan fez careta.
— Nem eu...
— Você vai? – entramos em casa.
— Não sei se devo, fui muita grossa com ela esse dias, mas acho que essa festa pode trazer uma reaproximação nossa.
— Isso foi um sim?
— Sim, eu foi um sim.

Procurei saber mais sobre Atlanta e as famílias mais antigas são "Os Miller" "Os Riggs" se não fosse essa carta, eu nunca saberia disso. Já no dia seguinte, a festa da cidade, vai ser na prefeitura, ou seja, no centro da cidade e Gina, William, Chandler e Grayson também vão. Chamei Thay e ela disse pra me encontrar lá. Me arrumei e fomos pra festa, na entrada da prefeitura já vi Jenny.

— Você veio! –ela sorriu. — Você está deslumbrante.
— Sim eu vim... Obrigado e.. eu queria me desculpar por aquele dia, eu entendi, você não podia cuidar de mim na época e...
— Não precisa pedir desculpas. Família Riggs!! É um prazer reencontra-los!
— Reencontra-los? – olhei para Gina.
— Foi só um modo de falar – Jenny falou sorriso. — Agora.. Você pode vir comigo? Eu quero te mostrar uma pessoa, Entrem – ela abriu espaço para que nós entrássemos. Ela me levou até dentro da prefeitura e me guiou até uma garota, a garota veio sorrindo até nós

 Ela me levou até dentro da prefeitura e me guiou até uma garota, a garota veio sorrindo até nós

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— Mãe, a família Riggs já chegou? – a garota perguntou.
— Mãe? – olhei pra garota e depois para Jenny.
— Emma, esse é April, sua irmã.
— Minha, irmã? – a encarei seria.
— Irmã? O que? Como assim? – "April" olhou Jenny de cima a baixo.
— Depois de ter você – Jenny me olhou — Dois anos depois eu tive April, e eu já trabalhava e tive como sustentar ela.
— Aí meu Deus. – abracei April. — Eu tenho uma irmã! – a apertei.

Encontrei Thay depois de um tempo. Depois disso ficamos conversando sobre muitas coisas, nós três na verdade, eu, Chan, Thay e April.

— Ei, Nós vamos na Life In Color em Miami semana que vem, o que acha de ir com a gente? – Chandler perguntou.
— Verdade – assenti
— Ótima idéia! Adorei! Você sabe onde me procurar – ela piscou — Eu vou falar com algumas pessoas e já volto – ela deu costas.
— Eu tenho uma irmã! – fiz um 'o' com a boca e Chan riu.

...

— Olha aquela garota – Chandler apontou pra uma garota que estava do lado de fora da prefeitura. — Gata né? – ele bebicou o uísque.
— Primeiramente – peguei o copo da mão dele — Você só tem 16 anos, e segundamente – disse e bati no mini chandlito dele, o mesmo ficou gemendo de dor, Thay riu.

Best Friends • Chandler RiggsOnde histórias criam vida. Descubra agora