Capítulo 11

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Acordou e sentiu mãos delicadas e macias sobre seu peito, olhou em baixo da coberta e viu os dois corpos nus e colados, deu um pulo da cama.

NÃO, ELE NÃO PODERIA TER FEITO AQUILO. DROGA!

Porque Maite tinha que estar tão bonita e sedutora na última noite? Foi ao banheiro e olhou seu corpo, tinha marcas como arranhões, unhadas e mordias desde o pescoço, passando pelos ombros, pela barriga e peitoral. Agora ela pensaria que tudo mudaria entre os dois e não isso não haveria possibilidades disso.

Continuava a ser a mesma Maite inocente, boba e chata de sempre só havia descobrido que ela era boa de cama mas jamais deixaria aquilo acontecer novamente, NUNCA. Tomou um banho frio e cenas da noite passada vinham como flashs em sua cabeça, jamais que imaginara que Maite poderia ser uma mulher quente e envolvente como na noite passada. Saiu do banho enrolado em uma toalha e viu Maite sentada na cama olhando para o teto, com cara de pensativa. Passou direto para o closet e fingiu não a ver.

- MAITE! - gritou do closet e ela foi correndo até ele - prepare meu café da manhã e ande logo que estou atrasado.

- Tudo bem, estou indo. Algum pedido especial de comida?

- Faça um bom café da manhã e estarei satisfeito - disse seco e fez sinal para que ela saísse.

Maite chorava enquanto preparava a refeição, pensou que talvez as coisas depois da noite que tiveram pudessem mudar um pouco mas não, ele continuava a ser o mesmo William frio de sempre. A única coisa que lhe alegrava é que ele havia ficado excitado com ela e só, porque poderia muito bem ser coisa de momento com um homem em abstinência.

- Está pronto William, pode se servir - ele assistia a um noticiário na televisão e fingiu que não a ouviu, Maite voltou a cozinha e comia tranquilamente enquanto pensava sobre coisas inuteis e só percebeu quando foi jogada bruscamente contra o chão.

Sentiu dores no joelhos e percebeu que tinha batido as costas com força na pia. Olhou para William e ele ria debochadamente dela que mal conseguia se levantar, tamanha a dor que sentia.

- O que eu fiz dessa vez pra você ter feito isso? - perguntava indignada enquanto ele se sentava para comer.

- Nada, só não quero a sua companhia para comer, só sua presença por perto já me enoja e me tira a vontade de comer qualquer coisa - saiu da cozinha se arrastando com o corpo e mancando pela perna direita, provavelmente teria destroncado alguma coisa.

Foi até o quarto chorando e desabou sobre a cama, se ele sentia nojo porque havia ido para a cama com ela na última noite? Porque tinha que o amar tanto? Ele não poderia simplesmente pedir para ela se retirar? Não, ele era o arrogante e prepotente William Levy, ele tinha que fazer ela se sentir dolorida e humilhada de alguma forma, pegou alguns analgésicos, tranquilizantes e tomou. Logo o efeito dos remédios apareceu e ela dormiu profundamente.

William se sentia amargurado, admitia que havia exagerado ao empurrar Maite e vê-la machucada daquela forma, ela mal conseguia andar. Lembrou-se da promessa que fizera três anos atrás ao pai dela, aquilo consideravelmente não era um tratamento de rainha, longe disso.

'Você não é um homem de verdade William, não pode nem cumprir simples promessas como tratar bem sua esposa' pensava com si mesmo.

Ouvia soluços altos enquanto comia e mesmo não querendo se culpava por machuca-la profundamente. Quando terminou subiu ao quarto e viu que ela dormia ao lado de algumas cartelas de remédio. Chegou mais perto e os examinou, certo alguns eram analgésicos bem fortes mas eram, olhou em sua perna e estava bem rocha pela batida. Continuou olhando os remédios, tudo bem até encontrar soniferos e tranquilizantes. Então era isso que Maite fazia ao invés de arrumar a casa? Tomava remédios para dormir? Toda a pena que tinha dela foi embora e saiu irado de casa, não voltaria tão cedo.

Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )Onde histórias criam vida. Descubra agora