Último Capítulo

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Narrado por William.

Maite ainda ficou mais cinco dias com as bebês internada, por terem nascido prematuras ainda precisavam ficar em observação. Mas finalmente havia chegado o dia de levá-las para casa e mostrar para as minhas filhas o seu novo lar.

Cheguei na recepção do hospital as oito da manhã e disseram que ela ainda estava no quarto, agradeci pela informação e subi até lá as pressas. Bati a porta de leve e quando abri encontrei minha princesa terminando de arrumar as bolsas.

- Bom dia meu amor - A abracei por trás e lhe dei um selinho demorado. - Você parecia tão cansada quando eu sai daqui mais cedo, que fiquei até com pena de te acordar.

- E onde você foi quando saiu?

- Fui em uma panificadora comprar aquelas besteiras que eu sei que você ama e depois passei em casa pra ajeitar tudo.

- Não vejo a hora de deitar naquela cama e dormir durante horas enquanto você faz o trabalho que eu fiz esses dias todos, cuidar de gêmeas cansa muito.

- Você não me acordou porque quis.

- Não te acordei, porque agora é você que vai ficar no meu lugar.

- E desde quando dos meus mamilos sai leite de bebê ou qualquer tipo de leite? - Perguntei indignado e ela riu.

- Quando perceber que elas estão com fome me acorde. - Me deu um outro selinho e fechou a última bolsa. - Agora vamos logo, não aguento mais ficar aqui. - Andou até os pequenos berços que o hospital oferecia e pegou Estrella no colo. - Vem meu bebê, a gente vai te levar pra conhecer nossa casa, é sim - Fez voz de bebê e Estrella riu para ela. - Você gosta de rir é sua linda? Coisa gordinha que eu mais amo - Continuou rindo e eu me aproximei.

- Vem com o papai, vem? - Esticou os bracinhos e riu mais ainda quando a peguei no colo - Viu meu amor ela prefere a mim do que você.

- Prefere nada, só tá assim porque é você que faz mais gracinhas. - Deu língua e pegou Charlotte que estava um pouco sonolenta, mas abriu os pequenos olhinhos quando foi tirada do berço - Desculpa atrapalhar seu quase sono filha, não fica brava com a mamãe, eu te amo muito - Beijou sua bochecha e passou a mão por seu rosto delicado.

- É incrível como elas não se parecem nem um pouco. Uma tem olhos cor de mel e a outra pretinho, Estrella é agitada como você e Charlotte é calma como eu.

- Elas são nossa mistura perfeita Will, só que de duas forma diferentes. - Assenti e pegamos tudo para irmos embora.

No caminho Maite foi no banco de trás caso acontecesse algo, só que por incrível que pareça, quando liguei o carro e comecei a andar elas dormiram e só acordaram quando já estávamos em casa. Entramos e eu coloquei elas no carrinho, ligando a televisão em seguida.

- Você vai subir pro quarto?

- Primeiro vou comer aquelas coisas que estão lá na cozinha, depois eu vou. - Correu até lá e voltou com a boca cheia de bolo e um pratinho com outra fatia.

- A gravidez passou mas a fome extravagante não. - Zoei.

- Ninguém mandou comprar aquilo tudo, eu é que não vou desperdiçar comida - Sentou no meu colo enquanto eu procurava algum canal de desenhos idiotas, sei que elas não entendem nada mas antes isso do que a programação que os canais abertos passam hoje em dia, não queria minhas filhas crescendo e vendo besteiras. - Quer um pedaço?

- Quero sim - Colocou um pouco na minha boca e me beijou em seguida.

- Vou tomar um banho decente e depois descansar um pouco, qualquer coisa me chame - Levantou e mandou um beijo no ar, subindo as escadas.

- Agora somos só eu e vocês - Puxei o carrinho para o meu rumo e sorri largo. - Acho bom vocês não chorarem, se não a mamãe não vai conseguir descansar - Dois pares de olhos pequenos brilharam para mim e eu apenas sorri encantado, não acreditava que aquelas coisinhas tão perfeitas, eram fruto do meu amor com a mulher da minha vida, a mesma que um dia eu desprezei e maltratei mesmo já sendo minha esposa e que agora me proporcionava a maior felicidade que eu já tive, a vida ideal que todo homem sonha em ter - Papai ama vocês duas muito, muito, muito mesmo.

Beijei a bochecha de cada uma e fiquei ali por horas e horas admirando-as. Parei para pensar e me orgulhei de mim mesmo ao olhar o cotidiano da minha vida, o mesmo homem que um dia dizia odiar a mulher com quem era casado, o mesmo homem que não prestava pra nada além de beber e farrear, hoje aprendeu a amar, a reconquistar, e tem uma família perfeita ao lado da mulher que esteve praticamente sempre ao seu lado e que não trocaria isso nem por todo dinheiro e glória do mundo, sorri ao pensar que esse homem sou eu, Maite havia me transformado em algo melhor, Maite havia mudado a minha vida e dado um brilho e cor a ela, Maite era e sempre será a mulher que eu quero ver todos os dias ao acordar e na hora de dormir. E só agora eu acreditava apesar de tudo, que milagres acontecem, e a transformação da minha vida era um.

Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )Onde histórias criam vida. Descubra agora