Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )

Capítulo 36

Já fazia pouco mais de uma semana que Maite e William haviam voltado de viagem. Se viam durante a noite, de manhã e no horário de almoço, ela sempre recebia inúmeros presentes e ele sempre ganhava mimos e beijos, tinham o casamento perfeito.

- Que horas é a sua consulta hoje pequena?

- Quatro da tarde, você vai?

- Lógico, não perderia o primeiro ultrassom do nosso bebê por nada.

- Mas se você tiver muito ocupado com uma alguma reunião ou compromissos eu vou entender.

- Nada é mais importante que minha família e se eu tiver alguma coisa há essa hora, pode ter certeza que eu largo tudo pra ir.

- Coisa linda - Depositou um beijo na bochecha dele e se levantou da mesa. - Preciso ir agora, quer mais alguma coisa? - Se aproximou dele que também se levantava e ajeitou o terno que ele usava.

- Quero um beijo da minha esposa, isso vale?

- Com toda certeza - Atacou os lábios dele em um beijo calmo que transmitia todo o carinho que sentiam pelo outro. - Você fica lindo com esse terno. - Deu mais um beijo rápido.

- Vamos almoçar juntos hoje?

- Sim, mas hoje quero ir a um lugar diferente.

- E onde seria?

- Quero almoçar no shopping. - Sorriu como uma criança.

- Pois nós vamos ao shopping.

- Oba! Nós podemos comprar muito chocolate também?

- E aquele assunto de comida saudável?

- Vou ficar gorda de qualquer jeito, quando nosso filho nascer eu volto pra academia até ficar gostosa de novo - se gabou e riu alto em seguida.

- Que convencida! - a puxou para perto e a levantou no ar. - Você fica gostosa de qualquer jeito amor, mesmo quando estiver com um barrigão de quase nove meses, vai estar perfeita só por ter carregar uma filha nossa ai dentro.

- Bobo, e você nem sabe se é uma menina, pode ser um meninão bem lindo como você.

- Eu sinto que é uma - Deu de ombros e a colocou de volta no chão. - Já está passando da hora de eu ir pra empresa, quer carona?

- Quero não tô a fim de dirigir hoje - Buscou a bolsa no quarto e foi até a garagem onde William a esperava com o carro já ligado. Foram o caminho inteiro cantando as músicas que passavam no rádio

- Quando eu desocupar, eu te ligo pra gente ir almoçar - Abriu a porta e pegou algumas coisas no banco de trás. - Nós te amamos muito - Voltou ao banco da frente e deu mais um selinho nele.

- E eu amo vocês - Deu um beijo no ventre dela e se despediram.

- Bom dia senhorita Perroni.

- Bom dia Ully, tem muitos compromissos para hoje?

- Não, precisa marcar uma entrevista com um político famoso, revisar algumas matérias, enfim o de sempre.

- Ainda bem, tenho consulta na ginecologista durante a tarde.

- Espero que seu filho venha com muita saúde.

- Amém. Vou estar na minha sala, se alguém vier anuncie para mim, a não ser que seja meu esposo ou uma das minhas amigas e se você precisar me chame também.

- Sim senhora, mais alguma coisa?

- Não, obrigada - Sorriu e foi até sua sala.

Já eram quase meio-dia quando William entrava pelas portas da editora, entrou no elevador apertando o botão do último andar.

- Oi, a Maite está ocupada agora? - Perguntava a uma mulher que estava em uma pequena sala.

- Não, e o senhor quem é? - Percebeu interesse demais da parte dela, mas ignorou.

- William Levy, sou o marido da Maite - Parte do sorriso dela murchou.

- Perdão, o senhor pode entrar não precisa ser anunciado, é por ali - Ela apontou, praticamente voou até a sala dela. Abriu a maçaneta sem pressa e a encontrou anotando algum papel.

- Incomodo?

- Claro que não amor - Se levantou e andou até ele, dando um selinho em seguida. - Por que não me ligou? Eu mesma te encontraria na portaria.

- Tava ansioso pra te ver logo - Colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha - Podemos ir agora?

- Aham - Foi até a mesa pegar sua bolsa, estendeu a mão a ele e saíram - Ully, vou sair pra almoçar e devo voltar em uma hora, qualquer coisa me ligue.

- Pode deixar - Viu Ully olhar de forma diferente para William e sem perceber agarrou o braço dele e deu um beijo em seu ombro, em seguida o arrastou até o elevador.

- Por que a secretária estava te olhando daquele jeito?- Soltou o braço dele assim que entraram.

- E eu vou saber? Simplesmente cheguei e perguntei se você estava ocupada, desde que eu falei que era seu marido ela ficou estranha.

- Espero que essa seja a verdade mesmo - Cruzou os braços e se afastou um pouco.

- Deixa de ser boba, jamais olharia para alguém como ela quando eu amo outra bem mais bonita e encantadora - A puxou de volta e a abraçou.

- Eu sei, mas é que a gravidez me deixa mais sensível e eu tenho medo de te perder.

- Você não vai, pode ter certeza - Selaram os lábios rapidamente e em seguida chegaram ao térreo.