– ... É eu me lembro bem, acabei levando um baita tombo e todo mundo que estava lá viu. Acho que nunca passei tanta vergonha na minha vida - todos riam enquanto Maite contava um caso de quando era adolescente, até ela mesma.
William se viu paralisado olhando para ela, tinha uma gargalhada tão pura e gostosa aos ouvidos de qualquer um, não a via tão feliz e contente há tempos e isso era bom, tirava um pouco da sensação que ele sentia ao pensar que talvez ela teria uma ótima vida se não fosse por ele, encontraria alguém que a amasse de verdade e que fizesse o oposto do que ele fazia. Divórcio? Por mais que não gostasse nem um pouco de Maite e a achasse irritante ele não teria coragem de fazer isso, tudo bem que se pedisse seria um adeus a enorme herança de toda a família Levy mas era algo a mais que isso, nem ele sabia o que era e nem queria descobrir.
– Mas 'cês' já vão ? - Perguntava a única sobrinha de Maite que tinha apenas 4 anos, Maite assetiu – Fica mais um pouco, por favor titia?
– A titia não pode meu amor, tio William precisa acordar amanhã cedo para trabalhar e já está um pouco tarde.
– E 'cê' tio William, fica mais um pouco com ela, por favor? Você quase não trás ela aqui e eu sinto falta dela, sabia? - Todos riam da forma indignada como ela falava e William não sabia como reagir.
Nunca havia se dado bem com crianças, na verdade em grande maioria elas o odiavam, nunca entendia o que acontecia ele tentava se aproximar e brincar com algumas e elas se afastavam, estranhou que Isa não o tratava de forma diferente. Deveria ser somente uma criança que aprendeu a agradar os mais velhos.
– Não dá hoje lindinha, realmente preciso acordar bem cedo amanhã mas eu dou a minha palavra que na próxima semana eu levo ela pra te visitar. Pode ser? - William se ajoelhou na altura dela e fez carinho em seu rosto.
– Pode sim. Xura de mindinho? - fez sinal com o menor dedo da mão e William sorriu.
– Juro de mindinho - fez o sinal com o dedo fazendo o juramento. Maite olhava encantada, nunca vira William assim com crianças. Sempre que ela falava de crianças perto dele, o mesmo a mandava calar a boca e sumir da frente dele. – e quando você quiser, eu posso te levar na nossa casa pra você ficar um bom tempo com a sua tia, tá? - Isa sorriu e pulou em cima de William para um abraço apertado e ele correspondeu na mesma intensidade.
– Ai, tá me esmagando tio - William a soltou e depositou um beijo na bochecha dela.
– Desculpe princesinha.
Maite o olhava encantada nunca tinha visto William ser fofo e carinhoso com ninguém, nem com uma de suas amantes, uma vez que acidentalmente vira uma cena nada agradável para seus olhos e para o coração. Espantou os pensamentos e voltou a prestar atenção na conversa.
– Você é um cara legal William. Fico feliz que minha irmã tenha encontrado um marido bom como você - Pedro o irmão mais velho dela e pai de Isa falava.
– Também fico feliz que Deus tenha me dado alguém como sua irmã. A melhor pessoa que eu poderia encontrar para me casar. Digo-lhe isso todos os dias pela manhã e a noite, não é amor? - Maite sorriu espantada, como William conseguia ser tão cara de pau? Mal lhe dirigia palavras, olhe lá coisas bonitas como essas.
– É verdade, você é o par perfeito pra mim. Eu te amo - selaram os lábios em um selinho molhado e demorado.
– ECA! Ver beijo assim é nojento - pararam ao ouvir a voz dela e entrelaçaram as mãos.
Terminaram de se despedir de todos e foram até o carro com as mãos da mesma forma, já que no pensamento de William alguém poderia ver e desconfiar. Abriu a porta do carro para ela e foram em silêncio até chegar em casa.
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Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )
DiversosMaite Perroni e William Levy foram casados durante três anos, ela o amava e nunca negou, já ele era frio, a traia, a espancava quando chegava em casa bêbado e sempre deixava bem claro que só se casou com ela para garantir toda a herança de sua famíl...